O Tigre viveu uma montanha-russa na Série B. Saiu do fundo da tabela para encantar o Brasil com uma arrancada meteórica, chegou à liderança com autoridade, mas nas últimas rodadas perdeu o rumo — e precisa reencontrar o espírito competitivo que o levou ao topo.
Três jogos atrás, o Criciúma fez uma das suas atuações mais emblemáticas ao vencer o Coritiba fora de casa, mostrando intensidade, entrega e uma competitividade absurda . Mas desde então, o time oscilou. Foram nove pontos disputados, apenas um conquistado. O aproveitamento despencou de 62% para 13%, e há motivos claros para isso.
O Criciúma nunca foi um elenco estrelado, mas sempre foi um time com comando, agressivo corajoso . Eduardo Baptista construiu uma equipe que joga com o coração no limite, baseada em intensidade física, foco mental e competitividade no mais alto grau. Quando o Criciúma baixa a rotação, perde a essência — e a diferença técnica pesa.
As trocas também explicam parte da queda. A saída de nomes como Marcelo Benevenuto, um zagueiro de nível Série A, e a chegada de reposições ainda em adaptação reduziram a consistência defensiva. O treinador pede padrão, mas o elenco sente o impacto da maratona e das suspensões. O desgaste é real, e o grupo sente.
Agora é hora de ajustar os parafusos, recuperar a sintonia fina e reativar aquele “modo Tigre” — o da entrega total, do suor, da competição máxima . O torcedor, que sempre foi o combustível dessa equipe, será essencial nesse momento de reconstrução emocional e competitiva.
O acesso ainda é possível, mas vai exigir tudo outra vez: força, foco e acreditar.
Chegou a hora de reagir. Dá-lhe, Tigre!