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Não tem fato novo suficiente para cogitar volta de Moisés

Polícia Federal não tem poder para condenar, nem absolver
Por Adelor Lessa 28/10/2020 - 06:54 Atualizado em 28/10/2020 - 08:04

Tenho ouvido desde ontem que o relatório da Polícia Federal pode absolver Carlos Moisés no Tribunal Especial do Impeachment e permitir sua volta ao cargo em pouco tempo.

Mesmo que isso se firme como tendência, soa estranho.

Afinal, Gaecco, Ministério Público e Polícia desnudaram a fraude dos r$ 33 milhões, nos mínimos detalhes.

A CPI da Assembléia responsabilizou o Governador, porque é ordenador primário.

E nada disso mudou.

O relatório da Polícia Federal registra que não foram encontradas provas que Moisés participou diretamente da operação dos respiradores.

Mas, Policia Federal não condena, nem absolve.
Polícia Federal não julga, não tem poder para isso.
Polícia Federal busca provas, levanta indícios, que vão para o inquérito, que vai servir de base para Ministério Público e Judiciário.

A Polícia Federal não encontrou a digital do Governador na operação, ele não teria apertado o botão, não fez a ordem de pagamento, mas ele é o ordenador primario, é o chefe do governo.

Se no governo foi feita operação com um grupo criminoso para desviar com r$ 33 milhoes dos caixa do estado, ele também é responsável.

Se o governador não apertou o botão, mas o seu governo fez a operação, é porque ele não tinha controle/comando do governo. Então, não tinha capacidade para governar.
Ele é o responsável final pelo governo. É o avalista, quem vai pagar a conta se der problema.

Na iniciativa privada, se dá prejuizo na empresa, o dono paga a conta.
Na gestão pública, os gestores são instados a pagar.

Quase todos os ex-prefeitos da região estão respondendo na justiça por processos que apuram prejuízos aos cofres publicos, ou já estão condenados a pagar.

Além disso, de acordo de novo com Gaecco e Ministério Público, o mesmo grupo que fez a operação que desviou os r$ 33 milhões também havia pilotado a operação do hospital de campanha de Itajai, que evolveria mais r$ 80 milhões.

E tem mais desvios e ilicitudes anotadas e denunciadas.

Moisés está sendo julgado por tudo isso, pelo chamado conjunto da obra.

Além dos r$ 33 mlhões, e do hospital de campanha, tem as decisões tomadas de forma isolada, sem ouvir ninguém, que colocaram em risco segmentos importantes do setor produtivo e ameaçaram a economia do estado.


Enfim, não há fato novo que tenha alterado a situaçãp de Moisés.
Pode ter alterado a circunstância política depois da posse da vice, Daniela Reinehr como governadora. Mas isso é outra coisa. Não em relação com os fatos que ameaçam Moisés.

Se ele estava na linha de tiro, ele continua na mesma condição.

A conclusão da Polícia Federal não elimina o prejuízo, não traz de volta os r$ 33 milhões, nem dá anistia para ninguém.

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