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A marca negativa do segundo turno

Confira o editorial desta quarta-feira (19)

Por Adelor Lessa 19/10/2022 - 07:59 Atualizado em 19/10/2022 - 15:10

O segundo turno já tem uma marca.
Uma marca abominável.

O assédio eleitoral.

Isso ocorre quando o empregador age para coagir, ameaçar ou prometer benefícios para que seu empregado vote em determinado candidato.

Estamos voltando aos tempos do voto no cabresto.
Cabresto, do latim capistrum, que significa "mordaça ou freio”.

Enfim, é o patrão ameaçando o empregado se não votar no candidato que ele mandar.
Estamos voltando aos tempos dos coronéis.

Todos estão de acordo? Aprovam isso?

Isso é dos tempos do império, da República Velha.
Inaceitável nos tempos de hoje.

Para quem gosta de falar do nordeste.
Em tempos outros, lá atrás, essa era uma prática recorrente desde os tempos do Império lá no Nordeste, faixa mais carente do país.

Mas, hoje, o assédio eleitoral, a volta da prática do cabresto é maior forte por aqui.

O Sul do país, que chamamos Sul Maravilha, é onde tem o maior número de casos.
Em todo o país, até ontem, 447 denúncias foram registradas.
No Sul do país, há 171 casos.

E ainda fica pior:
Os três estados do Sul também ocupam a primeira, segunda e terceira posição no ranking por estado.

Só em Santa Catarina, são 54 casos.
Paraná é líder no ranking nacional, com 64 casos.

Da semana passada pra cá, houve um crescimento de 160% de denúncias registradas.
Dados oficiais.

Aqui no Sul do estado, uma empresa de Braço do Norte foi notificada porque demitiu funcionários depois do primeiro turno, porque os funcionários teriam votado em quem o dono da empresa não queria.
O caso ganhou repercussão nacional 

Vergonhoso isso.
Absolutamente inadmissível essa prática em pleno 2022, em pleno século 21.

O eleitor tem que ter a liberdade no momento do voto, para que possa, com sua consciência, escolher o melhor candidato. 

Que fique claro, se ainda existe dúvida:
Assédio moral é crime, está claramente tipificado em lei.
E como crime será combatido, e denunciado.

Agora, cá entre nós, se já está assim, imagine se tivesse comprovante do voto em papel.
Se o eleitor pudesse levar com ele o comprovante do voto dado.
O tamanho da pressão. 

Enfim, que todos tenham em mente que na hora do voto, na cabine, é só você e Deus.
Vote. E vote em quem sua consciência mandar.

Ouça o editorial completo:

 

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