O mês de dezembro começou e com ele a Campanha Viva Mais- Dezembro Laranja. A campanha, que tem por objetivo alertar e conscientizar para a importância de prevenção do câncer de pele, tem o Programa do Avesso como casa. Quem deu início a Viva Mais deste mês, foi a dermatologista Luana Rocha, que deu dicas sobre o sol e cuidados com a pele.
“(O câncer de pele) Não se dá exclusivamente pelo sol. Existem substancias químicas que com a exposição podem desencadear alguns tipos do câncer de pele”, explicou a médica.
Luana ressaltou a importância de usar filtro solar em dias de chuva. Ela apresentou uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia que diz que um dos grandes erros dos brasileiros é não usar o filtro todos os dias.
“Outro erro é só se proteger com o filtro solar. A gente precisa de proteção com chapéu com aba larga, usar magas compridas quando for se expor ao sol”, disse.
A dermatologista ressaltou que até em dias nublados se passa radiação, então é possível que a longo prazo o câncer de pele se desenvolva. Outro assunto que ela esclareceu foi a fatoração dos filtros solares.
“O 60 não é exatamente o dobro do 30, ele protege um pouco mais. Mas o mais importante que isso é reaplicar o filtro solar a cada duas ou três horas. Mesmo os a prova d’água, porque ele não dura tanto tempo, ele é um pouco mais resistente. Até porque a gente transpira”, comentou.
Luana explicou uma regra para quantidade de filtro solar: meia colher de chá para rosto e pescoço e uma colher de chá para tronco e pernas. Ela explicou ainda que existem pessoas com maior chances de ter câncer de pele. “Pessoas de pele clara, cabelo claro, que se queimam e não se bronzeiam, pessoas com sardas são o principal alvo do câncer de pele”, revelou.
A dermatologista ressaltou que o sol não é prejudicial, mas sim a longa exposição à ele. “A gente tem que tomar certos cuidados. O sol traz a vitamina D. E o sol que estimula essa vitamina é o nocivo, mas você tem que pegar um pouquinho dele, é cinco minutos, é o suficiente para estimular a vitamina D”, contou.
Mais perigoso
De acordo com Luana, existe um tipo de câncer de pele que é mais perigoso: o melanoma. “Ele ocorre em áreas que não estão expostas ao sol, porque existe um fator genético. Nesse caso é preciso fazer um diagnóstico precoce para não levar o paciente a óbito”, disse.
Já o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, segundo a dermatologista, estão relacionados a exposição ao sol.
Câncer mais comum
Luana destaca que o câncer de pele é o mais comum. “Nos últimos anos, a cada ano tem 147 mil novos casos. Estima-se que em 2030, no Brasil, tenham 27 milhões de novos casos e 17 milhões de óbitos por causa do câncer de pele”, revelou.
Bronzeamento
O bronzeamento artificial é contraindicado. “O risco de câncer de pele melanoma aumente em 20 vezes, que é o pior”, comentou. Já sobre as desejadas marquinhas de biquíni também podem te levar a ter câncer de pele, já que se fazem através da exposição prolongada ao sol. “Tem lugares aqui na cidade e região que fazem isso, e uma falta de respeito ao cidadão. É um alerta”, esclareceu.
Crianças
Os dermatologistas pedem que a criança não seja exposta ao sol da beira de praia até os seis meses de idade. Depois disso, só em horários apropriados e por curto período. “O guarda sol não deve ser de náilon, sim de uma trama mais fechada. Tem roupinhas próprias e também o filtro solar”, comentou a dermatologista.
Como identificar câncer de pele?
“Normalmente surge uma manchinha nova na pele, normalmente é uma pápula, uma bolinha perolada ou acastanhada, com vasinhos sobre ela que começa a doer e sangras. Ou lesões que a pessoa já tem e que começam a mudar de cor, se tornam assimétricas, as bordas se tornam irregulares”, contou a dermatologista.
E completou ensinando uma regra chamada ABCDE: “Que é a lesão que é assimétrica, que tem bordas irregulares, múltiplas cores e diâmetro maior que 0.6mm e que sofreu mudanças recentes. Essas são características do melanoma. O carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular tem outros sinais”, comentou.
Dezembro Laranja
Segundo a dermatologista, a Campanha Dezembro Laranja começou em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. “A gente vem notando uma melhora e uma conscientização. É como tudo aos poucos as pessoas vão se conscientizando. Hoje as pessoas chegam no consultório pedindo filtro solar, coisa que não acontecia há dez anos”, contou.
DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!