Já se passaram setenta anos e eu nem me dei conta.
Volto no tempo e lembro da minha infância na Içara.
Na mente me vem três imagens bem marcantes, o colégio Cristo Rei, a construção da Br 101 e o golpe de 64.
Um pouco mais tarde, o clube Ipiranga, o Jeri , o ônibus que pegávamos todos os dias para estudar em Criciúma.
Depois veio a mudança para Araranguá, e lembro de como estranhei esta cidade.
Cidade que hoje amo com todas as minhas forças.
Aqui fiz muitos amigos, casei, tive meus três filhos e construí uma história.
E que história eu tenho para contar para os netos.
Sou muito tranquila com a idade, com meu corpo e com a consciência.
Sou oque sou, do jeito que quiz ser.
Quando se chega aos setenta anos as coisas começam a ficar mais calmas sem precisar dar muita explicação.
Pra mim nunca foi uma tortura a opinião das pessoas a meu respeito, seja ela para o bem ou para o mal.
Pouquíssimas vezes me acrescentou, confete demais me cansa e críticas demais são insatisfações pessoais.
Sigo sem perseguir o tempo e meu mantra agora è PAZ.

Blog Beth João
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