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Um passo contra a extinção da Eletrosul (VÍDEO)

Audiência pública em Florianópolis reforça posição catarinense contra determinação de fusão com a CGTEE
Por Denis Luciano Florianópolis, SC, 13/05/2019 - 16:19 Atualizado em 13/05/2019 - 16:23
Fotos: Eduardo Guedes de Oliveira / Agência AL
Fotos: Eduardo Guedes de Oliveira / Agência AL

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Em audiência pública proposta pela Assembleia Legislativa (Alesc), e realizada nesta segunda-feira em Florianópolis, esteve em discussão o futuro da Eletrosul, a subsidiária catarinense da Eletrobrás que vem sendo alvo de um processo lançado em Brasília de fusão com a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), empresa do mesmo segmento no Rio Grande do Sul que vive severas dificuldades.

"Fizemos um encaminhamento positivo, a favor de Santa Catarina. A CGTEE é deficitária em R$ 4 bilhões e a bancada federal catarinense tomou uma posição única, fechada. Queremos a Eletrosul como está, em Santa Catarina e de Santa Catarina", destacou o deputado federal Daniel Freitas (PSL), que participou dos debates.

Situação da Eletrosul foi discutida também em reunião do governador com parlamentares catarinenses hoje

O governador Carlos Moisés, que tratou do tema com os parlamentares catarinenses, assinou um documento de apoio. "No documento, endereçado ao presidente Jair Bolsonaro, o governador pede uma audiência com deputados e senadores para mostrar a intenção de Santa Catarina, de manter a Eletrosul como está. Não queremos perder a Eletrosul para o Rio Grande do Sul", enfatizou Freitas. Ouça o que disse o deputado sobre as discussões.

Na prática, o Governo Federal pretende incorporar a Eletrosul à CGTEE. “É um assunto que nos causa muita preocupação", reconheceu o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB), que preside o Fórum Parlamentar Catarinense, que tomou parte da audiência de hoje na Alesc. "Se isso acontecer, nós vamos perder R$ 60 milhões de Fundo de Participação dos Estados por ano, porque o movimento econômico passará a ser registrado no Rio Grande do Sul", enumerou. A Eletrosul conta, atualmente, com 1,2 mil empregados e lucro líquido de R$ 207 milhões. Já a CGTEE possui 350 funcionários e registrou prejuízo de R$ 562 milhões no ano passado.

Trabalhadores temem demissões com incorporação da Eletrosul pela CGTEE, do Rio Grande do Sul

Os representantes dos trabalhadores da Eletrosul marcaram posição na audiência pública. "Não sabemos nem se teremos que mudar de estado, aderir a um programa de demissão, muito menos o impacto para a economia local", criticou o coordenador geral do Sinergia (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis e Região), Eduardo Back. Dos 1,3 mil funcionários da Eletrosul em Santa Catarina, 600 estão na Grande Florianópolis.

A deputada Luciane Carminatti, proponente da audiência da Alesc, citou que a previsão do Governo Federal é promover a incorporação da Eletrosul à CGTEE ainda em maio. "Isso trará perdas para Santa Catarina. Queremos conclamar nosso povo a defender a Eletrosul, os empregos, a renda e a receita de ICMS para o nosso Estado", apontou.

Deputada Luciane Carminatti falou em nome da frente parlamentar

A Alesc formou a Frente Parlamen tar em Defesa da Eletrosul, que conta, além de Luciane, com os deputados Jessé Lopes (PSL), Coronel Onir Mocellin (PSL), Marlene Fengler (PSD), Neodi Saretta (PT), Marcius Machado (PR), Fabiano da Luz (PT), Fernando Krelling (MDB) e Valdir Cobalchini (MDB). Confira a audiência pública no vídeo.

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