Moradores do bairro Capão Bonito, uma comunidade agrícola de Criciúma, localidade em que será instalada uma megaestrutura para recuperação de pessoas em situação de rua que sofrem com dependência química, estão descontentes com o projeto. Parte deles está na Câmara de Vereadores para protestar contra a implantação da chamada Central do Recomeço, anunciada na última segunda-feira (15).
"A entidade que estava antes, uma clínica, a gente sofreu com furtos, incômodos, invasões de propriedade privada e, além disso, nosso bairro não possui uma unidade básica de saúde e ele quer implantar uma casa de passagem. Como é que a gente vai atender essas pessoas se nem temos uma unidade básica de saúde, uma coisa que qualquer localidade precisa?", afirmou André Manenti, morador, ao 4oito.
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O complexo, com cerca de 21 mil metros quadrados, deve atender a população em situação de rua de Criciúma. O terreno ainda não foi adquirido pela prefeitura, já que precisa da aprovação da Câmara dos Vereadores. A votação para dar andamento à aquisição ocorre em uma sessão extraordinária nesta quinta-feira (18). O projeto da Central do Recomeço prevê um espaço com dormitório para até 40 atendimentos, com permanência de até três meses.
Moradores protestam contra a Central do Recomeço
"No bairro Pinheirinho, com casas cercadas, já há muito problema, então, no Capão Bonito, que muitas cercas são só cinco fios de arame, qual segurança que a gente vai ter? A nossa rua não tem asfalto. Eles deveriam ver, primeiro, o que o bairro precisa, para depois quererem implantar ideias", desabafou o morador.
Na Central do Recomeço, serão centralizados os serviços ofertados na Casa de Passagem do bairro Pinheirinho, como a Central de Empregos e o CAPS AD (Álcool e Drogas).
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