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Irmã Cristiane Michels celebra seus 60 anos de vocação religiosa

Da Vila Maria ao Hospital São José, a trajetória da religiosa inspira por sua dedicação, fé e espiritualidade

Por Redação Criciúma, 26/05/2025 - 11:01 Atualizado em 26/05/2025 - 11:17
Foto: Divulgação
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Na casa simples da Vila Maria, interior de Nova Veneza, a fé sempre esteve presente no dia a dia da família de onze irmãos. Rezar antes das refeições, ao acordar e antes de dormir fazia parte da rotina que ajudou a moldar o caminho de Irmã Cristiane Michels. Foi nesse ambiente de oração, harmonia que a vocação foi sendo despertada. Neste mês de maio, Irmã Cristiane celebra seus 60 anos de vida religiosa. Uma caminhada trilhada com fé, simplicidade, coragem e muito amor. Integrante da Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, ela dedicou grande parte de sua missão ao cuidado de pessoas no Hospital São José, em Criciúma, onde ainda hoje atua na pastoral hospitalar.

"Desde criança, lembro que meus pais nos ensinavam a rezar antes das refeições, ao acordar e ao dormir. Essa vivência de fé foi me moldando. Várias congregações visitavam meu avô, que era muito conhecido na comunidade, mas só quando vieram as Irmãs Escolares de Nossa Senhora, me senti tocada. Sempre fui devota de Nossa Senhora. Minha mãe sempre dizia que quando a gente busca Nossa Senhora, ela sempre nos ajuda. Por isso escolhi a congregação", relembra Irmã Cristiane. Aos 15 anos, iniciou sua formação religiosa em Forquilhinha. E com a mesma determinação, deu início também ao seu sonho de ser professora.

A docência marcou os primeiros anos de sua missão, lecionando em diferentes cidades do Rio Grande do Sul. Mas o desejo de cuidar das pessoas por outros caminhos foi crescendo. Foi assim que nasceu a vontade de se tornar enfermeira, ainda que, no início, nem todos acreditassem em sua vocação para a saúde. "Disseram que eu não tinha jeito. Pedi para fazer um estágio no Hospital São José e, depois de 15 dias ali, todos disseram: nota 10! Aí eu soube: era isso que eu queria", aponta.

 Formação como auxiliar de enfermagem

O primeiro passo foi a formação como auxiliar de enfermagem e, depois, aos 36 anos, concluiu a faculdade de Enfermagem em Tubarão. Foi gerente de enfermagem do Hospital São José e professora na escola técnica de enfermagem, assumindo o ensino e a coordenação de equipes. Sua trajetória também a levou para longe: passou sete anos e meio em Brasília e mais um período em Curitiba, trabalhando na Pastoral da Criança e viajando por diversos países. Conheceu a Alemanha, onde estão as raízes da congregação, e visitou Roma, aprofundando-se ainda mais em sua missão.

Retornou ao Hospital São José em 2001, onde reassumiu a docência e a coordenação da enfermagem. Mais tarde, com a pandemia, se dedicou integralmente à Pastoral Hospitalar, onde atua até hoje. Visita aos doentes, leva a eucaristia aos pacientes, organiza momentos de oração, escuta e acolhe as famílias. "Às vezes chamam a gente só para rezar. Já vi curas da alma acontecerem ali, quando alguém da família perdoa ou é perdoado. Isso me toca profundamente", compartilha.

São muitas histórias, muitos rostos, muitas vidas que cruzaram seu caminho. E apesar dos desafios, a certeza de que sua escolha foi a certa nunca deixou seu coração. "Faria tudo de novo. Claro que tive dúvidas e dificuldades, mas nunca deixei de rezar. A oração sustenta a vocação, qualquer que seja: religiosa, matrimonial, profissional. Sem isso, não se supera os desafios", afirma.

Ao longo deste ano, Irmã Cristiane tem celebrado sua caminhada em diferentes momentos e lugares: dia 31 de janeiro, ainda no início do ano, com a comunidade hospitalar, dia 4 de maio com a comunidade religiosa e as companheiras jubilares em um retiro. E, no fim do mês, dia 31 de maio, reunirá sua família para uma celebração especial.

"É preciso acolher as pessoas como elas são. Ninguém é igual. Amar, perdoar, escutar. A vida religiosa me ensinou isso. E continua me ensinando todos os dias", finaliza.

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