Um grupo de criciumenses está trabalhando no desenvolvimento de um teste mais rápido e preciso para o diagnóstico do novo coronavírus. Chamado de Fast Diag, o estudo tem como base a tese de doutorado de uma estudante da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), e foi contemplado com R$ 100 mil pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) para ser desenvolvido. A ideia foi apresentada no programa 60 minutos desta segunda-feira, 8.
Trabalhado por um Laboratório Biotécnico criciumense, o projeto é liderado pelo professor doutor Ricardo Andrez Machado e busca ser mais assertivo nos diagnósticos. “A ideia é tentar diminuir esse prazo para se ter o resultado dos testes atuais e melhorar a qualidade dele. Proporcionar um maior número de positivos que realmente sejam confirmados, e não que sejam falsos positivos”, declarou.
Atualmente, a grande maioria dos testes da doença utilizam de moléculas do próprio vírus para se chegar ao diagnóstico. Acontece que, segundo o médico, a molécula inteira é extremamente parecida com outras doenças, fazendo com que o corpo, às vezes, já tenha produzido anticorpos para determinado mal - configurando um falso positivo.
“Estamos usando de bioinformática: computadores para selecionar o que é específico desse novo coronavírus e utilizar aquele específico para o diagnóstico. Em cima disso, com um pouco de nanotecnologia, a gente vai acelerar esse processo e ter uma resposta mais rápida”, pontuou Ricardo.
Por trabalhar com soros, ou seja, amostras de sangue de pacientes e não testes presenciais, a execução do projeto não possui tantas barreiras pela sua frente. A intenção, segundo Ricardo, é fazer algo tão rápido e prático quanto um exame de gravidez - e com preços semelhantes.
“A ideia inicial é termos algo próximo ao teste de gravidez: uma membrana que, se marcar duas fitas vermelhas, anuncia que está ou não grávida. Tentaremos identificar o grau de quantidade do vírus que a pessoa tem, pela faixa de cor que irá aparecer, até para ser passado na forma de um tratamento mais ideal. A grande vantagem disso é que essa tecnologia pode ser utilizada depois para novos surtos. Tendo um teste bem específico, saberemos dizer se houve uma mutação do vírus futuramente ou não”, destacou.
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