A entrega da revitalização do Monumento ao Mineiro, na Praça Nereu Ramos será realizada na próxima quinta-feira (27). A iniciativa é do Governo de Criciúma, por meio da Fundação Cultural (FCC) e conta com o apoio do Sindicato dos Mineiros na Extração do Carvão, Pedras e Areias de Santa Catarina (Sindmineiros), que adotou o monumento, do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc-Carvão+), da Ferrovia Tereza Cristina (FTC) e da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (Satc). O ato acontecerá às 10 horas.
A revitalização foi viabilizada por meio do Programa de Adoção de Logradouros Públicos, regulamentado pela Lei Municipal nº 5.265/2009, que autoriza entidades a contribuírem com a conservação de espaços públicos. “A revitalização do Monumento ao Mineiro é um gesto de respeito à nossa história e aos trabalhadores que ajudaram a construir Criciúma. É uma homenagem que fortalece o sentimento de pertencimento da nossa gente e reafirma o compromisso do Município com a preservação do patrimônio cultural”, ressalta o prefeito de Criciúma, Vagner Espindola.
Para o presidente do Sindmineiros, Djonatan Elias, a revitalização reforça o orgulho da categoria e a importância histórica da mineração para Criciúma. “O Monumento ao Mineiro representa a força, o suor e a coragem de homens e mulheres que ajudaram a construir a cidade. Falar de Criciúma é falar dos trabalhadores do carvão, da luta por direitos e de uma história marcada por muito esforço. Ver esse espaço revitalizado é uma forma de reconhecer tudo o que essa categoria fez e continua fazendo pela nossa região”, afirma.
A presidente do Siecesc-Carvão+, Astride Barato, destaca que a revitalização vai muito além da parte estética. “A preservação desse monumento é muito importante como forma de manter viva a história e a ligação de Criciúma com o setor carbonífero. Uma homenagem aos mineiros e as carboníferas que promoveram e promovem o desenvolvimento da cidade e de toda região. Por isso ficamos felizes de contribuir com essa revitalização, ainda mais quando Criciúma completa seu centenário de emancipação político-administrativa”, comenta Astride.
Projeto arquitetônico
A obra contemplou uma requalificação completa do entorno do monumento, com recuperação das muretas, reorganização dos acessos e melhorias estéticas funcionais. A proposta desenvolvida pela arquiteta da Satc, Erica Vecchietti, unificou o monumento ao canteiro principal, garantindo um espaço mais integrado e facilitando a circulação dos visitantes. O acesso foi ampliado, com a construção de rampa e degraus adequados, permitindo maior acessibilidade do público ao local.
A área também foi revitalizada com acentos de madeira, restauração da estrutura de concreto e dos elementos que compõem o memorial, incluindo as placas e bustos em homenagem a figuras importantes da história carbonífera, como Giacomo Sônego, Henrique Lage, Sebastião Toledo dos Santos e Paulo de Frontin.
O projeto contempla, ainda, a instalação de um QR Code, permitindo que os visitantes acessem o histórico completo do monumento diretamente pelo celular. Já a picareta e o gasômetro da estátua do mineiro foram doados pelo artista plástico Sérgio Brody. De acordo com a presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Cristiane Maccari Uliana Zappelini, a revitalização garante que a história da mineração continue sendo contada e valorizada.
“O Monumento ao Mineiro é um dos símbolos mais importantes da identidade cultural de Criciúma. É um trabalho que une preservação, memória e cuidado com o patrimônio da cidade, fortalecendo o vínculo da comunidade com sua própria trajetória”, destaca a presidente.
Sobre o Monumento ao Mineiro
Também conhecido como Monumento aos Homens do Carvão, foi inaugurado em 29 de dezembro de 1946 na Praça Nereu Ramos, em frente a Catedral São José, no Centro de Criciúma. O Monumento ao Mineiro, projetado pelo arquiteto Fernando Jorge da Cunha Carneiro, foi erguido em comemoração aos 33 anos de implantação da indústria carbonífera no Sul de Santa Catarina (1913-1946), e possuía um pedestal de nove metros de altura, simbolizando o reconhecimento aos operários da mineração. A atividade moldou a identidade da cidade e impulsionou o progresso de toda a região carbonífera.
A figura representada até hoje na estátua é do mineiro Manoel Costa, escolhido como símbolo desses trabalhadores que, com força e dedicação, sustentaram uma das principais potências econômicas do município. Em 1971, a escultura foi transferida para a Praça Etelvina Luz, onde permanece atualmente, preservando a memória da mineração e homenageando os trabalhadores que marcaram a história e o desenvolvimento da cidade.
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