Foi notícia na segunda-feira da semana passada, 21, a prisão de duas mulheres por desvio de carnes da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc). Na ocasião, a Polícia Civil tratava as denunciadas como receptadoras, adiantando que uma delas se tratava da nutricionista funcionária da própria entidade. De pronto, foi notícia a localização de 40 quilos de carne de frango da Afasc que deveriam servir às crianças das creches do município.
A direção da Afasc agendou para esta segunda-feira, 28, às 17h, uma entrevista coletiva em sua sede para esclarecer mais detalhes sobre a investigação que culminou na Operação Bocas Famintas da Polícia Civil. Na última quinta-feira, 24, em entrevista à Rádio Som Maior, o diretor-executivo da Afasc, Adriano Boaroli, informou que a nutricionista denunciada no episódio estava afastada das suas funções. “Num primeiro momento, em que tivemos o conhecimento de que a mesma fazia o transporte em carro particular sem condições, nós a afastamos por uma semana. Ontem, data de retorno, ela não compareceu", informou.
Antes, a advogada Priscila Serafim Proença, responsável pela defesa da acusada Renata Manique Barreto, garantiu que sua cliente nada tinha a ver com os desvios de carnes da Afasc. "O que aconteceu ontem foi uma diligência de busca e apreensão em desfavor da outra conduzida e na cooperativa que faz o fornecimento de carnes e outros gêneros para a Afasc. Quando o delegado chegou na cooperativa, a Renata estava lá para fazer um levantamento de uma documentação cotidiana. O delegado a convidou para acompanha-lo. Ela, de boa fé, atendeu ao convite e ele a conduziu até a casa da taxista, onde foram apreendidos 50 quilos de carne, que estavam na residência da taxista, que nada tinha a ver com a Renata ou com desvio de carnes da Afasc", disse, na ocasião.
Porém, uma nova etapa da Operação Bocas Famintas, na última sexta-feira, 25, implicou mais as acusadas. Conforme o delegado Túlio Falcão, responsável pelo caso, compradores das carnes desviadas relataram contatos com as citadas. No mesmo dia, houve a prisão do proprietário de um restaurante que comercializava as carnes. "Vários dos que ligaram informaram ainda quantos quilos adquiriram, fomos até locais apanhar ou eles vieram até a delegacia trazendo as carnes de pronto", comentou o delegado.
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