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Eleições 2020

Cesinha: "Criciúma precisa do Coronel Cosme"

"Se a gente fosse de sexo diferente, eu casaria com ele, tamanha a nossa sintonia", contou o candidato a vice-prefeito pelo Podemos
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 29/09/2020 - 16:35 Atualizado em 29/09/2020 - 16:49
Cesinha e Cosme nesta manhã, na Som Maior / Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito
Cesinha e Cosme nesta manhã, na Som Maior / Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito

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Ele tentou algumas vezes ser vereador de Criciúma. "Me elegi uma, em 2000, fui o azarão daquela eleição", recordou Pedro César Faraco, o Cesinha. "Três vezes eu fiz votação para me eleger mas faltou legenda para o partido", referiu. Agora, a fase é outra. Cesinha abriu mão do convite do Podemos para concorrer de novo à Câmara. Acabou candidato a vice-prefeito.

"Eu recebi um convite dos integrantes da Executiva do Podemos, até para que eu pudesse fazer parte da coordenação, me convidaram para ser candidato a vereador. Vereador eu não quis, já passei por várias eleições, eu queria terminar o ciclo político com mandato em 2016, não consegui. Parei com a política, me envolvi com a minha empresa, sou microempresário no ramo de joias e semijoias. Fiquei quatro longos anos afastado da política, e esse ano fui visitado pela Executiva do Podemos e quis Deus que eu tivesse a oportunidade de ser candidato a vice de um prefeito que hoje é uma novidade na cidade", detalhou.

Cesinha abriu, na manhã desta terça-feira, 29, a série de entrevistas da Rádio Som Maior com os candidatos a vice-prefeito de Criciúma. As participações serão no programa Agora, entre 9h15min e 9h55min, com perguntas da equipe da Som Maior, do 4oito, convidados e ouvintes. O próximo entrevistado será o Dr. Allison Pires (PSL), que estará no estúdio na próxima terça-feira, 6.

Sintonizado com o prefeito

O vice demonstrou, nos 40 minutos de entrevista, total sintonia com o seu candidato a prefeito, o Coronel Cosme Manique Barreto. "É um candidato a prefeito com 37 anos de Polícia Militar, comandou a região sul do Estado, com mais de 600 mil habitantes. Ele se credencia com o seu vasto conhecimento de administrador para poder também administrar a cidade", frisou. "Eu nem conhecia o Coronel Cosme. Pela sua simplicidade e humildade, o carinho que ele tem da população depois dos debates, a forma como conduziu o debate, uma pessoa muito prudente", revelou.

Cesinha reconheceu uma certa surpresa com o perfil do candidato a prefeito do Podemos. "Eu até me surpreendi, falando em coronel, fala em militar, pensei num jeito austero, uma pessoa complicada, mandona, e na verdade o coronel é uma pessoa simples, que escuta. Ontem estivemos visitando um empresário e ele teve a humildade de pedir ideias para Criciúma, a gente aceita, vamos escutar. Uma pessoa humilde. E precisamos, hoje, de ter na prefeitura de Criciúma uma pessoa que seja simples, que fala a linguagem do povo, que tenha intimidade com a população. Ele conhece a cidade, pois como militar ele andava pela cidade. Só falta entrar e fazer uma gestão ótima para Criciúma", esmiuçou.

"Eu casaria com ele"

Ainda sobre sintonia com o cabeça de chapa, Cesinha fez um comentário que foi do engraçado ao curioso. "Nós nos entendemos. Se fôssemos homem e mulher, nós casaríamos, de tanto que nos entendemos. Conseguimos ter uma empatia", disse, não escondendo o sorriso com a brincadeira. "Ele é uma pessoa maravilhosa, é a pessoa que Criciúma precisa. Se todos os criciumenses pudessem ter a oportunidade de conversar com esse homem, mudariam de ideia", destacou. "Ele poderia ter a vaidade pessoal de um comandante, um coronel, de já estar na reserva, chegando a esse patamar da PM. Ele é muito bem relacionado com todos os policiais e oficiais, eu vejo o carinho que os policiais tem com ele. Os oficiais também", emendou.

Elencando algumas das realizações do seu candidato a prefeito, Cesinha afirmou que Cosme "trouxe a Rede de Vizinhos, que hoje conta com quase 20 mil residências, e aquelas pessoas que tem aquela plaquinha no portão de casa, nos prédios, onde está escrito Rede de Vizinhos, ali tem o dedo do Coronel Cosme Manique Barreto. Ele pensa na cidade, conseguiu reduzir o índice de criminalidade, que era alto". "Uma pessoa que gerencia uma corporação, em uma região toda na segurança, como ele conseguiu fazer, com maestria, tendo a aceitação da sociedade, dos empresários, lá da comunidade, do presidente da Associação de Moradores, dos segmentos sociais, esse é o mote do Coronel Cosme Manique Barreto", enalteceu. "Quando conheci o coronel eu pensei que ele vinha para fazer uma revolução na segurança pública, e eu vejo o coronel falando em cidade digital, em pessoas felizes, eu vejo o coronel falando na preocupação que ele tem com os cidadãos. Eu vejo a preocupação dele com a arrecadação, de trazer novas empresas para poder ter uma nova geração de empregos", completou.

Criciúma atualmente

"Nós podemos mais", salientou várias vezes o candidato a vice, certamente antecipando um dos slogans da campanha do Podemos em Criciúma. Quando indagado a respeito da gestão atual, do prefeito Clésio Salvaro (PSDB), Cesinha fez um retrospecto. "Não só o Salvaro, mas outros prefeitos que trouxeram a cidade até 2020, em 2021 vai entrar um próximo comandante. Tivemos pessoas muito interessantes que antecederam, que fizeram muito pela cidade. Tivemos o exemplo de Algemiro Manique Barreto que foi um baluarte, que entregou Criciúma para o início do futuro, projetou a cidade 50 anos, e esses 50 anos chegaram. Houve outros prefeitos que não tiveram, depois, a felicidade de projetar a cidade para mais 50", respondeu.

Ao elencar alguns tópicos do plano de governo do Coronel Cosme, o vice citou os projetos para o trânsito da cidade. "Temos os gargalos na Avenida Centenário que precisam ser resolvidos, nós assumindo vamos estar ao lado de pessoas competentes, que entendam desse assunto", constatou. "Eu sou formado em Direito, entendo de leis, mas a cidade precisa de bons gestores, temos tudo aqui. Nosso candidato a prefeito tem, no plano de governo, uma cidade digital", emendou.

Cesinha dedicou alguns minutos a salientar o projeto de cidade digital que a chapa do Podemos defende. "Imagine o ouvinte marcar o agendamento da consulta, dos exames pela internet. E o bom disso é que vamos unificar dentro das unidades de saúde, vão cruzar os dados e saber que uma unidade de saúde tem um certo número de agendamentos, vai observar que outras tem menos, pode fazer o agendamento lá na Quarta Linha, ou lá no 24 Horas da Boa Vista, a pessoa está doente e precisando naquele momento. Se tiver um agendamento com dez dias de antecedência, vai ficar mais feliz", detalhou. "Transformando em uma cidade digital onde a pessoa terá na palma da mão as ações de governo. Sendo os munícipes, a Câmara de Vereadores, os empresários, os segmentos sociais vão poder acompanhar de perto as ações do governo, do Cosme e do Cesinha. Não só na área da saúde mas também em todas as secretarias, tendo essa acessibilidade que a pessoa consiga fazer os trabalhos sem sair de casa. Isso é o futuro chegando", observou.

Cesinha preparado

"Eu me sinto apto para assumir a prefeitura. Eu tenho um currículo muito bom. Eu fui gerente de um banco, fui vereador, fui secretário municipal, eu sou microempresário há 12 anos, eu cheguei a ter 180 vendedores de Tijucas a Sombrio, dando a oportunidade de essas pessoas incrementarem a renda familiar", enalteceu.

O vice bateu, ainda, na tecla da atenção ao microempresário. Ele é um que atua nessa área. "Eu como microempresário vejo a dificuldade que os microempresários estão passando. Se passar pela Rua Araranguá vai ver a situação triste, de empresas que fecharam. Houve 141 mil mortes de CPFs com a pandemia, e as mortes de CNPJ?", indagou. "Eu quero ser a voz dos microempresários. Nós podemos estar em Brasília conversando com os deputados, os ministros, para que a gente consiga trazer algum tipo de verba que possa tirar eles dessa situação. Quem está conseguindo passar por esse período, certamente no ano que vem vai ficar melhor. É lamentável para Criciúma, que deveria estar preocupado em trazer empresas", reforçou.

Sobre os planos do Podemos para Criciúma, Cesinha mencionou que "o nosso plano de governo tem três pilares: economia forte, trazendo empresas, vendendo a cidade para investidores, trazendo o emprego. Investir na educação, ter diálogo com os professores que estão largados, tristes, infelizes, temos que deixar esse povo mais feliz. E com a tecnologia que está vindo, vamos transformar essa cidade em uma cidade digital, a população vai ficar mais feliz". "Teve que vir uma pandemia para a gente saber que existe tanto dinheiro nesse país, agora soubemos que tem. Se precisar mudar a legislação, vamos pedir para os nossos deputados", comentou o candidato.

Houve um momento, quando tratava das consequências econômicas da pandemia, que Cesinha chorou no ar. "Ia ser um ano promissor. A minha empresa ficou fechada 45 dias, 45 dias sem trabalhar, com 180 vendedores sem vender. Isso foi cruel para nós", disse, em seguida interrompendo a fala com a voz embargada pela emoção. 

"A cidade tem que continuar"

Questionado pelo médico Renato Matos sobre a continuidade das medidas de precaução com o coronavírus a partir de janeiro - o especialista citou que muitos estudiosos não acreditam que em janeiro estaremos livres do coronavírus, uso de máscara ainda será necessário - Cesinha respondeu se será ouvido pelo prefeito e qual a sua posição sobre a proteção na pandemia de Covid-19.

"Temos que observar também a própria Medicina. Eu concordo de que tem que usar a máscara, tem que manter o distanciamento das pessoas, nós devemos ter os cuidados mesmo que a pandemia se encerre, para que a gente possa manter as pessoas tranquilas, que as pessoas não fiquem muito tempo na rua, que as pessoas tenham também essa consciência de que estamos vivendo um problema atípico", disse Cesinha. "Mas a cidade tem que continuar. Quando eu me emocionei, eu me coloquei na situação de um trabalhador demitido, pessoas que precisam do trabalho para sobreviver", sublinhou. "Temos sim que dar continuidade na cidade, nos habituar com esse novo normal, que seja um melhor normal. Que consigamos ser capazes de assimilar essa pandemia. As pessoas ansiosas, isso vai ainda muito longe", completou.

Cesinha garantiu que essa é, também, a posição do cabeça de chapa do Podemos. "O prefeito Cosme, sendo um militar, ele também tem o seu entendimento que precisamos continuar, a cidade não pode parar. Respeitando o distanciamento, uso da máscara, álcool. Nós vivemos um momento diferente de outros anos. Ele vai me escutar sim, temos entrosamento, se fôssemos de sexos opostos eu casaria com ele. Foi uma empatia muito grande", emendou. Nesse instante, ao frisar o "casamento", o coronel Cosme apareceu na Rádio Som Maior, em uma breve visita, acenando da recepção em direção ao estúdio e apontando para a sua aliança, aos risos.

Porto Seco e continuar obras

O presidente da União das Associações de Bairros de Criciúma (UABC), Edson Paiol, encaminhou uma pergunta. Ele questionou a posição do candidato do Podemos quanto ao Porto Seco de Criciúma, que requer investimentos para operar plenamente. "Nós não vamos fugir de nada. Temos que sentar no nosso gabinete na prefeitura e fazer o que tem que ser feito. Vamos estudar essa possibilidade com pessoas que tenham consciência, capacidade de trazer essas informações. É um projeto grande, um projeto polêmico, que tem que existir no nosso município mas precisamos ter o cuidado de trazer pessoas que tenham conhecimento", respondeu. "Vamos tratar esses assuntos com os experts nesses assuntos", completou. 

O climatologista Márcio Sônego indagou Cesinha Faraco sobre a continuidade de obras iniciadas em governos anteriores. "Alguns prefeitos que assumem a prefeitura e olham uma obra inacabada, eles não terminam pois não querem eternizar o nome do antecessor. Mas o dinheiro não é nosso, tem que ser terminado pois é um dinheiro público. Se é bom para a cidade, vemos tantas obras feitas, tantos prefeitos assumiram e não terminaram", respondeu, citando satisfação com a abordagem do tema. "Nós não temos vaidade pessoal. Esse problema, de que os prefeitos que sucederam outros prefeitos, que deixaram obras inacabadas, são prefeitos que tinham sua vaidade pessoal, deixando de lado as questões políticas, deixando de lado o interesse público, deixando de lado também a forma com que a comunidade iria utilizar esta suposta obra", relatou.

Apoio a Bolsonaro

Cesinha é apoiador do presidente Jair Bolsonaro. "A partir do momento em que ele elegeu-se presidente, é o presidente dos brasileiros, que surpreendentemente está fazendo um trabalho invejável, muito bom para a sociedade. Hoje a gente tem visto as ações do presidente, ele tem feito um trabalho muito bem feito", elogiou.

Mas Cesinha destacou que, sendo vice-prefeito, vai recorrer ao Governo Federal para pedir apoio aos empreendedores, que sofrem com as consequências da pandemia. "Agora ele (presidente Bolsonaro) teve o desprazer de entrar em um ano de 2020 que seria um ano promissor nas três esferas, federal, estadual e municipal, ele teve essa pandemia, essa batata quente na mão dele, e soube levar com muito carinho, trazendo muitas verbas para os microempresários, está certo que tem muitos com restrição, que ainda precisa ver essa questão, que não podem chegar a esse tipo de ajuda pela restrição do CNPJ. Isso a gente vai ver quando assumir a prefeitura, buscar algum tipo de ajuda, pedir uma anistia temporária", disse.

O primeiro vice evangélico

O candidato a vice do Podemos contou que é o primeiro evangélico candidato a vice-prefeito na história de Criciúma. "Eu sou o primeiro vice-prefeito evangélico da história de Criciúma. Eu nasci e me criei na Santa Luzia, sou o primeiro vice-prefeito da Santa Luzia", contou. "Eu sou evangélico há 53 anos, tenho 61 anos. Na questão social, nós temos mais de 150 denominações em Criciúma, igrejas temos muito mais, só a Assembleia de Deus tinha 80 igrejas. As igrejas fazem um trabalho social magnífico, e nós também vamos buscar parceiros. Eles estão lá no bairro, na frente do problema", destacou.

Cesinha prometeu espaço para as igrejas na futura gestão. "Eles estão vivenciando a questão dos dependentes químicos, da prostituição nos bairros, das pessoas com vulnerabilidade social. As igrejas prestam um serviço social totalmente gratuito. As igrejas fazem um trabalho de ressocialização, e eles vão, trabalham durante o dia, os pastores de igrejas pequenas, e à noite fazem visitas nas casas, vão para o culto, eles tem esse carinho com a população. Quero ressaltar a todos os pastores, às igrejas que trabalham com a parte social, que eles vão ter voz e vez", finalizou.

Ouça a entrevista de Pedro César Faraco no Agora clicando no podcast abaixo:

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