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[Áudio] Praia Grande: O que fez o balão subir novamente?

João do Balão, campeão brasileiro de balonismo, aponta falha no sistema de alívio de ar e perda brusca de peso como possíveis causas

Por Fernanda Zampoli 23/06/2025 - 08:28 Atualizado há 1 minuto
Foto: Divulgação/João do Balão
Foto: Divulgação/João do Balão

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A rápida elevação do balão logo após um pouso forçado, seguida de um incêndio e da queda que resultou na morte de oito pessoas em Praia Grande, no sábado (21), pode estar relacionada a uma combinação de fatores técnicos, conforme análise do piloto e campeão brasileiro de balonismo João Justo, conhecido como João do Balão. Com mais de dois mil voos acumulados, ele acompanhou a tragédia do ar, enquanto conduzia outro grupo de passageiros.

Segundo Justo, uma das hipóteses levantadas é a falha ou impossibilidade de acionamento da corda do tápito, dispositivo responsável por liberar o ar quente da cúpula e, assim, reduzir a sustentação do balão durante o pouso. “O que acarretou o balão subir de novo? Pode ter sido que a corda foi puxada, mas o fogo rompeu ela, e o balão lacrou novamente”, explicou. Ele detalha que, se a cúpula se fecha após uma tentativa de abertura, o ar quente fica retido, o que permite ao balão voltar a subir.

Outro fator que pode ter contribuído foi a saída de pelo menos dez passageiros logo após o pouso forçado. “Isso representa uma perda de cerca de 700 quilos de peso. Se o balão ainda estava com ar quente acumulado e sem alívio pela abertura superior, ele teria impulsão suficiente para subir novamente de forma violenta”, acrescentou.

Justo também mencionou que há relatos de um foco de incêndio iniciado próximo ao cockpit, na base do cesto, o que pode ter comprometido o controle dos queimadores e o acesso aos mecanismos de emergência. “A investigação vai apontar se houve falha no equipamento ou impossibilidade de acionamento por conta das chamas”, disse.

Apesar da tragédia, o piloto reforça que o balonismo é uma atividade segura e com histórico confiável na cidade. “Foram mais de 40 mil voos desde 2017 em Praia Grande, este foi o primeiro com vítimas. A fatalidade precisa ser investigada com todo o rigor, mas não pode descredibilizar o trabalho sério que se faz aqui”, afirmou.

Para ele, entender tecnicamente o que ocorreu é essencial para que a atividade siga com ainda mais segurança. “O balão não é perigoso. Mas qualquer falha precisa ser corrigida. A aviação ensina isso: cada acidente precisa deixar um aprendizado para que nunca mais aconteça”, concluiu.

Ouça na íntegra a entrevista do campeão brasileiro de Balonismo, João Justo, o João do Balão: 

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