Joinville é a primeira cidade reconhecida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), como a única cidade de SC que implementou todos os serviços de assistência social para a abordagem dos moradores de rua. O município criou uma base de atendimento a essa realidade, e a partir das medidas tomadas, já teve bons resultados. A informação foi passada pelo prefeito de Joinville, Adriano Silva, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, nesta quinta-feira (5). Conforme o prefeito, atender a todos os requisitos preconizados pela política pública foi determinante para estruturar o plano de abordagem aplicado na cidade.
Para executar os serviços de assistência social, a prefeitura classificou uma estratégia para atuação efetiva da abordagem, dividindo as pessoas em situação de rua em três perfis distintos, sendo eles: os desalojados por questões ecônomicas, dependentes químicos, e pessoas com comportamentos criminosos. E para cada perfil, terá uma aboragem diferente.
Para a situação econômica, é considerada a mais fácil de atender. "A gente já da um encaminhamento para o emprego e logo essas pessoas estabelecem a sua vida e conseguem seguir adiante", comentou o prefeito. Já no caso dos dependentes químicos, pode ocorrer a recusa das pessoas. "Desde novembro do ano passado, nós fazemos internações voluntárias, em que eles ficam três meses internados para uma desintoxicação severa, e são encaminhados para as comunidades terapêuticas e depois encaminhados para o mercado de trabalho", ressaltou.
A abordagem mais complexa, segundo ele, são os moradores com vínculo criminoso, pois segundo a prefeitura, são aqueles que são liberados na audiência de custódia. "Aquele morador que pode causar furtos, causar delitos, e mesmo a guarda municipal conseguindo prender, não há prisão preventiva para esses crimes, e a pessoa volta para as ruas", comentou Adriano.
Orientação a população
Além da abordagem do estado com os moradores de rua, é necessário uma comunicação aberta com os moradores. O ponto reforçado pelo prefeito, é de evitar a distribuição de alimentos diretamente nas ruas, para manter o controle e o vínculo social com os assisitdos. Como estratégia de abordagem, os refeitórios populares cumprem com essa função, permitindo que os serviços públicos identifiquem quem está em situação de vulnerabilidade e possaqm agir de forma direcionada. "A comunidade joinvillense está participando. Se eles recebem marmita de alguém, a gente nem sequer sabe que ele existe na cidade, e dessa forma, não conseguimos trabalhar", destacou.
Ouça o que disse o prefeito de Joinville, Adriano Silva:
[Áudio] Joinville é reconhecida por ações eficazes com população de rua
Cidade recebeu destaque do TCE por ter todos os serviços de assistência social

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo