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[Áudio] Criciúma 100 Anos

Ouça o documentário produzido pelo jornalista Nei Manique

Por Redação Criciúma 100 Anos , 09/06/2025 - 09:26 Atualizado em 20/06/2025 - 08:47

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Episódio 09

A relação de Altair Guidi com o ex-prefeito Manique azedou logo após a posse em fevereiro de 77.
Altair reclamou das dívidas do antecessor e brigou também com vereadores, com o partido, com a CDL e com a Acic.
Tudo por causa de um tributo criado 10 anos antes que nenhum prefeito tivera a coragem de cobrar.
Altair cobrou e a chapa esquentou.

Em 1967, o prefeito Ruy Hülse sancionou lei regulamentando o uso de placas e painéis na frente de lojas e indústrias.
O tal tributo ficou no faz-de-conta até Altair assumir e cobrar.
A reação do empresariado foi tão imprevisível quanto fulminante.
Da noite pro dia, placas sumiram e painéis foram simplesmente borrados - ou chapados - por tinta.
 


Episódio 08

A campanha eleitoral de 1976 foi uma das mais violentas no estado.
Na pacata Lauro Müller, um cabo eleitoral foi assassinado a tiros.
Em Criciúma, espoletas de dinamite mandaram pelos ares dezenas de outdoors, uma ação atribuída a apoiadores dos dois candidatos da Arena.
Era o tal fogo amigo antecipando o resultado das urnas.

https://creators.spotify.com/pod/show/adelorlessa/episodes/CRICIMA-100-ANOS---EPISDIO-09-e34glnb

O candidato do MDB, Murilo Canto, foi o mais votado. 
Em números redondos, cravou 15 mil votos ou 42% do total.
Bertoldo Arns recebeu 9.900 e Altair Guidi 10.900. 
Na soma, a Arena obteve mais de 20 mil votos elegendo Altair por uma diferença pequena à frente de Bertoldo.
No teste das urnas, Altair passou raspando.





Episódio 07

Desde 1966, as eleições no Brasil adotavam o bipartidarismo, sistema com apenas dois partidos.
Quem tinha simpatia pelo regime militar, votava na Aliança Renovadora Nacional, a Arena.
Quem não tinha, votava no Movimento Democrático Brasileiro, o MDB ou Manda-Brasa, como apelidado.
Só que o tal jeitinho brasileiro foi usado para aliviar as divergências paroquiais.

A fim de acalmar os ânimos, o regime admitia uma tal de sublegenda nas eleições municipais.
Em Criciúma, o MDB uniu-se em torno de um candidato único, o deputado Murilo Canto.
A Arena lançou dois.
O engenheiro Bertoldo Arns com apoio de fortes grupos econômicos e o arquiteto Altair Guidi com  respaldo do prefeito Manique.
Logo, o circo iria pegar fogo e - no caso e literalmente - fogo amigo.

 

 


Episódio 06

O calendário de 1976 incluía eleições municipais em todo país, exceto nas capitais, estações termais e fronteiras.
Numa época em que não havia reeleição de prefeitos, fazer o sucessor era uma questão de honra.
Foi o que levou muita gente a deixar as obras mais importantes para o último ano do mandato.
Em alguns lugares e às vezes, dava certo.

Em Criciúma, o prefeito Algemiro Manique e seu vice Fidélis Back tinham encerrado 1975 com a  Avenida Luiz Lazzarin, a ligação do Centro com o Rio Maina.
Em 76, inauguraram a Avenida Axial, a Rodoviária, o Acesso Centro à BR-101 e dois anéis viários na Cidade Mineira.
Eram obras pra mais de metro, como se dizia. Só faltava o teste das urnas.



 



Episódio 05
Dezembro de 1975 agregou uma ótima notícia para um grupo de amigos em Criciúma e uma péssima para outro. 
A boa: a formatura de uma turma de Direito do Centro de Ciências Jurídicas do Vale do Itajaí - mais tarde, Univali.
Na colação de grau, Aírson Soares da Rosa, Carlito Dal Toé, Jairo Frank, José Dagostin, Lúcio Nuernberg e o ex-prefeito Nélson Alexandrino.

A má notícia ganhou o nome de guerra de Operação Barriga Verde.
Em poucas horas, 38 pessoas ligadas ao Partido Comunista Brasileiro foram presas em várias cidades catarinenses.
Só em Criciúma, cerca de uma dúzia. 
Relatos de maus tratos geraram apreensão, mas em poucos meses todo mundo voltou pra casa. 
Um final de ano tenso, mas bem menos do que a campanha eleitoral do ano que estava pra começar.
 



Episódio 04

O cinquentenário da emancipação colocou Criciúma na era das telecomunicações. 
Uma semana antes, a Telesc ativou a nova central telefônica com o sistema DDD, a discagem direta à distância.
A novidade conectou a cidade às capitais e principais centros do país, mas exigiu que a população se acostumasse à troca de números.
De apenas 4 dígitos para 6, todos começando pela dezena 33.

O up tecnológico foi completado naquele 4 de novembro na agência dos Correios.
Apesar do feriado municipal, o gerente Apolinário Tiscoski abriu as portas para inaugurar a primeira cabine pública de telex.
Numa troca de mensagens, os prefeitos de Criciúma e Feira de Santana, na Bahia, reafirmaram a amizade entre o Sul e o Nordeste.



Episódio 03

A coincidência nas datas e as devidas pompas merecem registro. 
Assim como neste ano, o  4 de novembro de 1975 caiu também numa terça-feira e, pela primeira e única vez, feriado. 
No cinquentenário da emancipação de Criciúma, escolas e comércio suspenderam as atividades. 
Algo inédito numa data que ninguém voltaria a comemorar nas décadas seguintes. 

Naquele feriado, o prefeito Algemiro Manique e seu vice Fidélis Back inauguraram um busto de Marcos Rovaris na Praça Nereu Ramos. 
Licenciado do futebol profissional, o Comerciário enfrentou o Próspera num amistoso de portões abertos no Heriberto Hülse. 
Uma missa campal lacrou a programação das Bodas de Ouro do município.

 


 




Episódio - 02
Meio século após a emancipação e já perto dos 90 mil habitantes, Criciúma respirava ares de rápido crescimento.
Um ousado projeto de reurbanização previa uma avenida de sul a norte retirando a Estrada de Ferro do Centro. 
Vinda de longe, a reivindicação de substituir os trilhos pelo asfalto agora se tornava uma obsessão. 

Arrancar os trilhos do Centro não seria difícil. Para onde mandar a Dona Maria Fumaça, outra conversa. 
Um novo ramal - chamado de Variante - teve que ser implantado. 
E em abril de 1975, vagões abarrotados de carvão seguiram do Pinheirinho na direção da Primeira Linha e Içara. 
A tão sonhada Avenida Axial entrava, finalmente, no radar da cidade.

 



Episódio - 01
Até 1900, o limite entre os municípios de Tubarão e Araranguá passava por onde se localiza a sede do clube Mampituba.
Naquele ano, Urussanga separou-se de Tubarão e 25 anos depois Criciúma deixou Araranguá.
A Lei Estadual 1.516 sacramentou a emancipação no dia 4 de novembro de 1925. 
Em 1948, a grafia do nome da cidade mudou. E Cresciúma virou Criciúma.

O território de Criciúma ia de Nova Veneza, no Costão da Serra, até Balneário Rincão. 
Contava com 8.500 habitantes, mas um número bem menor elegeu Marcos Rovaris seu primeiro prefeito.
Natural de Bergamo, o italiano Marco seria também um marco na história do município.
Pena que seu mandato tenha sido cruelmente abreviado pela Rebentona de 1930.

Ouça o documentário produzido pelo jornalista Nei Manique:


 

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