A Dexco informou, nessa terça-feira (3), a redução de sua produção no Sul de Santa Catarina, e encaminhou cerca de 120 demissões na região, sendo aproximadamente 30 na unidade de Urussanga e 90 na unidade de Criciúma. As medidas já serão tomadas a partir desta quinta (5), e irão provocar um impacto de até R$ 6 milhões no comércio local.
Em entrevista ao Programa Adelor Lessa nesta quarta (4), o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Franke Hobold, lamentou a situação, mas destacou a força do setor produtivo na região. "Nós estamos em uma região com uma diversidade bastante grande econômica de vários setores. São setores pujantes na nossa região que podem absorver essa mão de obra que está sendo desligada do setor cerâmico", contou Hobold. "Isso talvez seja a grande vantagem competitiva da nossa região", continuou.
Para ele, apesar da cerâmica ser o setor mais forte quanto à exportação, outras áreas apresentam grande crescente. "Temos setores como o plástico, como o metalúrgico, como o próprio vestuário que vem numa crescente, vem se fortalecendo cada vez mais", pontua Hobold.
Segundo o presidente da Acic, a redução nas operações na região não faz sentido, mesmo com o alto custo de manutenção e transporte. "Não adianta você concentrar em uma outra região do país, onde é muito forte a produção, se você não tiver mão de obra disponível lá", avalia. "Você vai produzir onde você tem um conjunto de fatores que façam você produzir naquela região. E nós acreditamos que o sul, principalmente, é muito forte essa questão da boa mão de obra", conclui Franke Hobold.
Ouça, na íntegra, a entrevista do presidente da Acic: