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Síndrome do Transtorno Explosivo Intermitente ou Síndrome do Pavio Curto

Por Henrique Packter 23/01/2023 - 10:00 Atualizado em 23/01/2023 - 10:52

Síndrome do Transtorno Explosivo Intermitente ou Síndrome do Pavio Curto, ou de Hulk, Síndrome do Transtorno Explosivo Intermitente: é característica da pessoa que se irrita com facilidade; qualidade de quem se enfurece ou se enraivece facilmente.

Pavio curto é sinônimo de agressivo, irritadiço, genioso, irascível, colérico.

Cresce o número de assassinatos no Brasil, hoje em torno de 41 mil mortes anuais. Talvez em grande parte fruto da guerra de facções, fomentado por usuários que não veem o sangue escorrer quando cheiram uma carreira de cocaína.

Dados do Itamaraty em 2020 davam conta que 4,2 milhões de brasileiros estão lá fora, isto que somente no primeiro trimestre de 2021, 10 mil brasileiros correram a buscar refúgio no exterior.

O abismo se aprofunda após bebermos da cultura do medo, com a corrupção, a leniência com bandidos, a inoperância de certos órgãos ditos público (hoje siglas partidárias como tantas outras), os presídios lotados, contra a glamourização das drogas e a desimportância à educação, uma imprensa esquecida dos grandes problemas pátrios.

O governador em exercício no RS, Ranolfo não queria ficar muito tempo longe do estado porque não tinha vice. O próximo na linha de sucessão, o presidente da Assembleia, era candidato à reeleição, como deputado. Na ausência do governador o Executivo ficaria nas mãos da desembargadora Iris Helena Nogueira, presidente do Tribunal de Justiça.

Em SC já aconteceu fato similar. Sendo governador Espiridião Amin e vice Henrique Córdoba, viajam ambos ao exterior. O Executivo deveria, pela ordem sucessória caber a Epitácio Bittencourt, presidente da Assembleia, que também viaja imediatamente para não ficar inelegível. Assume, então, Francisco May Filho, presidente do Tribunal de Justiça, por pouco menos de 1 semana. Na sexta-feira à tarde, vê-se ele sem qualquer dinheiro nos bolsos e resolve sair do Palácio Cruz e Souza, atravessar a praça e recorrer ao Banco do Brasil, exatamente em frente e ter algum numerário para o fim de semana.

Imediatamente o chefe da Casa Militar do governo do Estado posta-se atrás do governador advertindo-o que ele não pode sair sem escolta ou sem a sua guarda pessoal. Francisco May Filho não era pessoa muito fácil. Olha o militar de cima abaixo e diz:

- Se você me seguir, um passo que seja, considere-se demitido! Sabe lá o que é aguentar a gozação dos manezinhos nos meses que virão?

BITTENCOURT, Epitácio - dep. fed. SC 1983-1986. Nascido em Imaruí (SC) em 30.11.1928, filho de Pedro Bittencourt e de Margarida Matos.

Em Florianópolis formou-se técnico em contabilidade pela Academia de Comércio de SC. Foi professor primário em Imaruí e tesoureiro dos Correios na capital catarinense. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Florianópolis. Iniciou sua trajetória política em 1951, vereador de Imaruí pela legenda do Partido Social Democrático (PSD). Em janeiro desse mesmo ano assumiu a presidência da Câmara Municipal, função que exerceu até dezembro de 1954. Na qualidade de presidente da Câmara, esteve à frente da prefeitura de março de 1951 a dezembro de 1954, em virtude de licença do prefeito Pedro Manuel Albino para tratamento de saúde.

Deputado estadual pelo PSD (1954), iniciou seu mandato em 1955, reelegendo-se em 1958 e 1962 na mesma legenda. Com a extinção do pluripartidarismo e a instalação do bipartidarismo (Ato Institucional nº 2 – 27.10.1965), filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Nessa legenda foi reeleito para mais quatro mandatos consecutivos.

Durante esse período, foi líder da Arena na Assembleia Legislativa de SC entre 1972 e 1973; ocupou, por alguns meses, o cargo de secretário estadual de Justiça em 1974 e foi terceiro-secretário da Assembleia em 1975 e 1976. Findo o bipartidarismo e a consequente reorganização do quadro partidário em novembro de 1979, ingressou no Partido Democrático Social (PDS), agremiação de apoio ao governo que reuniu a maioria dos antigos arenistas. Nessa legislatura, entre 1980 e 1981 foi líder do partido na Assembleia e também presidente da casa. Entre 10 e 27.01.1982, quando presidia a Assembleia, exerceu interinamente o governo de SC, no impedimento do governador em exercício Henrique Córdova (1982-1983).

Em novembro de 1982 foi eleito deputado federal pelo PDS, empossado em 1º.02.1983. Ausentou-se da sessão da Câmara de 25.04.1984, quando foi votada a emenda Dante de Oliveira, que propunha o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República em novembro daquele ano. A emenda não obteve número de votos indispensáveis à sua aprovação, faltando 22 para que o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado. No Colégio Eleitoral, reunido em 15.01.1985, Epitácio Bittencourt votou no candidato do regime militar, Paulo Maluf, derrotado pelo oposicionista Tancredo Neves, eleito novo presidente da República pela Aliança Democrática, união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal. Adoecendo, Tancredo não chegou a ser empossado na presidência, falecendo em 21.04.1985. Seu substituto, o vice José Sarney, já vinha exercendo interinamente o cargo desde 15 de março.

Nomeado para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de SC, Epitácio Bittencourt cedeu a Francisco Bastos sua vaga na Câmara dos Deputados em junho de 1986. Vice-presidente do TCE catarinense em 1988 e presidente entre janeiro de 1991 e janeiro de 1993.

Faleceu em Florianópolis no dia 10.07.1995.

Era casado com Helena Prada Bittencourt, com quem teve quatro filhos. Um deles, Pedro Bittencourt Neto, também seguiu a carreira política, exercendo mandato de deputado estadual entre 1983 e 1999, ano em que foi eleito deputado federal.

FRANCISCO MAY FILHO  Nasceu em 18 de junho de 1924, em Lages/SC.

Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Catarina, no ano de 1951.

Concluída a formação, ingressou na magistratura e atuou como Juiz Substituto na comarca de Chapecó/SC. Posteriormente, foi Juiz nas comarcas de: Joaçaba; Concórdia; Curitibanos; Criciúma; e Florianópolis.

Em 1971, recebeu nomeação para o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), sendo Presidente do Tribunal no biênio 1982-1984. 

Na condição de Presidente do TJSC, governou interinamente o Estado catarinense por alguns dias no ano de 1982, na ausência do titular, Henrique Córdova, que se encontrava em viagem ao exterior.

Entre 1979 e 1982, presidiu o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC).

Faleceu em 15.04.2018, em Florianópolis/SC, aos 94 anos de idade.

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