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Mauro Boianovsky

Pediatra e nutrólogo clinicou em Criciúma entre 1958 e 1969
Por Henrique Packter 05/03/2024 - 17:19 Atualizado em 05/03/2024 - 17:23

Tenho escrito sobre o Dr. David Luiz Boianovsky, pediatra e nutrólogo que clinicou em Criciúma entre 1958 e 1969. Casado com Rosa Nuch Boianovsky, o casal teve 4 filhos: Mauro, André, Celso e Daniela. André e Celso são oftalmologistas em Brasília. David morreu em acidente aéreo quando embarcava em SP no aeroporto de Congonhas, rumo ao RJ. O voo teve duração de 20 segundos e vitimou cem pessoas.

DAVID LUIZ BOIANOVSKY

Considero David Luiz – e sobretudo – ao programa SATC, por ele criado para minimizar os números absurdos alcançados pela mortalidade infantil em nossa região, como no país, uma das maiores, senão a maior figura humana em nosso meio. Foram 10 anos de trabalho e planejamento. Resolvido esse problema intolerável, David Luiz Boianovsky mulher e filhos, deixam Criciúma e se instalam em Brasília onde, entre outras atividades, ele cria o PAT, programa destinado a alimentar o funcionário das empresas de maneira higiênica, acessível e diária. O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) é programa governamental de adesão voluntária, instituído em 14.04.1976. Ainda em execução é o mais longevo programa do governo federal em todos os tempos. O objetivo principal do programa é a melhoria das condições nutricionais dos trabalhadores visando promover a saúde e prevenção das doenças profissionais, por meio da concessão de incentivos fiscais. Sua gestão é compartilhada entre o Ministério do Trabalho e Emprego, a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda e o Ministério da Saúde. Grande sucesso até hoje, nutre mais de 20 milhões de funcionários de empresas instaladas em nosso país.

SEXTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2024

Nota de pesar - Morre Mauro Boianovsky

Instituto de Economia da Unicamp expressa profundo pesar pelo falecimento do Professor Mauro Boianovsky da Universidade de Brasília (UNB). Reproduzimos a seguir a mensagem escrita, a pedido da ABPHE, pelo colega Mauricio Coutinho. "Faleceu hoje (21.02.24) nosso colega Mauro Boianovsky, professor de Economia da UNB. Formado pela UNB, mestre pela PUCRJ e doutor em economia por Cambridge (1996), deixa vastíssima produção em história do pensamento econômico, com livros e artigos publicados nas principais editoras e revistas internacionais. Mauro escreveu sobre expoentes do pensamento econômico internacional: Wicksell, Domar, Joan Robinson, Tinbergen, Samuelson e produziu vários estudos sobre pensamento econômico latino-americano, incluindo Sunkel e Celso Furtado.

Mauro teve ainda atuação nas principais associações da disciplina, como a History of Economics Society (HES), a European Society for the History of Economic Thought (ESHET), a Associação Latinoamericana de História do Pensamento Econômico (ALAHPE). No período 2016-17 foi presidente da HES.

Sua presença em conferências era habitual e sempre esperada. No Brasil, participou de inúmeros encontros da ANPEC.

Neste momento de luto, expressamos nossa mais sincera solidariedade à família, amigos, colegas e a todos aqueles tocados pela vida e obra de Mauro Boianovsky.

Mauro, professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), morreu na manhã de quarta-feira, 21.02.2024, aos 64 anos, por câncer. Referência no campo de História do Pensamento Econômico, é considerado um dos pesquisadores mais influentes do mundo, conforme lista elaborada pela Universidade de Stanford e pelo repositório de dados Elsevier em 2023.

Formado em Economia pela UnB, em 1979, Mauro fez mestrado na PUC do RJ e doutorado em Cambridge, Inglaterra. Era professor titular na Universidade de Brasília, onde lecionava Teoria do Desenvolvimento Econômico na graduação, e História do Pensamento Econômico na pós-graduação. Com a morte de Mauro, o Brasil perde duas referências da área da economia no mesmo dia. Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, também morreu nesta quarta-feira.

Durante o doutorado, Mauro elaborou tese sobre o pensamento do economista Knut Wicksell e aprendeu sueco para ler os textos originais. “Eu até brincava com o Mauro, comparando-o com Indiana Jones. O que ele fazia era ‘arqueologia econômica’: buscar os textos originais para colocar nuances que eram pouco conhecidas de economistas famosos”, diz José Luís Oreiro, professor de Economia da UnB e colega de Mauro. 

Professor na UnB e presidente da History of Economics Society (HES), um dos mais respeitados fóruns de discussão econômica do mundo, em 2015 foi o primeiro latino-americano a comandar o órgão. 

DO VICE-PRESIDENTE DO BANCO DE DESENVOLVIMENTO DA AMÉRICA LATINA (CAF)

Jorge Arbache, também lamentou o falecimento de Boianovsky. Em postagem no LinkedIn, o economista destacou que o professor era considerado “um dos mais brilhantes autores de todos os tempos” pelos seus pares na linha de pesquisa de História do Pensamento Econômico.

“A obra de Mauro recebeu os mais importantes prêmios nacionais e internacionais, era considerado pela academia de escola do pensamento econômico como um dos mais brilhantes autores de todos os tempos, ocupou os mais importantes cargos internacionais na área, e talvez possa ser considerado o economista brasileiro que mais prestígio e influência teve na sua respectiva área em nível internacional”. 

Publicado há poucas semanas atrás, o último artigo do professor, que era judeu, recebeu como título “Recollections of My Time at the History of Economics Society” (Lembranças do meu tempo na History of Economics Society), é um balanço da produção acadêmica, de sua atuação no órgão e uma espécie de despedida. Mauro Boianovsky foi eleito presidente da History of Economics Society (HES).

RECONHECIMENTO

Em 2007, artigo do professor sobre a teoria econômica de Don Patinkin foi premiado pela HES. A entidade reúne pesquisadores americanos, canadenses e de dezenas de outros países, com foco nas discussões sobre a história do pensamento econômico.

O artigo premiado se transformou em um dos capítulos do livro "Transforming modern macroeconomics: exploring disequilibrium microfoundations (1956-2003)", escrito em parceria com o britânico Roger Backhouse, da Universidade de Birminghan.

Publicada em 2013, a obra foi escolhida como a melhor do ano pela European Society for the History of Economic Thought (ESHET), associação europeia congênere da HES. Anunciado em 2014, o prêmio foi entregue em maio na reunião anual da ESHET, Roma.

MAURO, CRICIÚMA, 1969

Tinha 9 anos de idade e fez sua primeira consulta oftalmológica comigo. Queixava-se de cefaleia aos esforços visuais. O exame foi normal. Retornou em 27.10.1986 usando lentes de grau, fizera EEG. Tratava-se por enxaqueca. Tratara-se com vacinas por rinite alérgica. Tinha otalgias frequentes. Sensação de peso nos ouvidos. Problema de ATM. Tontura por tranquilizante. Ardume nos olhos. Receitei óculos: OD – 0.50dcil a 100º e OE – 0.75 dcil 105º, com visão normal. Tinha vermelhidão conjuntival. Prescrevi um colírio Fluovaso.

MAURO 1964

Crupe ou difteria era doença que grassava na cidade atingindo indistintamente todas as classes sociais. David Boianovsky, o pai me procura certa noite em minha casa. Tratava ele de várias crianças internadas no Hospital São João Batista, vítimas da moléstia e preocupava-se porque temia trazer consigo para casa o germe insidioso e assim, contaminar a família. Achava que Mauro estava contaminado. Levamos o menino para o Hospital São José onde eu tinha consultório. Abrimos a porta dos fundos de meu consultório e a porta de enfermaria de 4 leitos da Clínica Masculina estabelecendo comunicação entre os dois ambientes. O menino recebeu soro anti-diftérico e David e eu ficamos toda a noite cuidando de Mauro que lo go melhorou, sem qualquer sequela.

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