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FCC, memórias & outros assuntos

Por Henrique Packter 03/04/2023 - 10:58 Atualizado em 03/04/2023 - 11:00

Faz poucos dias, primeiro a nossa UNESC, depois a própria FUNDAÇÃO CULTURAL DE CRICIÚMA, comemoraram em grande estilo os 30 anos de fundação de nossa entidade cultural maior. Na UNESC, até EDUARDO PINHO MOREIRA, ex-prefeito de Criciúma e ex-governador de SC e verdadeiro criador da FCC, além de LILIANE MOTTA DA SILVEIRA, BRIGITE GORINI, ED BALOD e outros, deram o ar de suas graças. LILIANE brilhou intensamente com sua mostra de telas, rotulada como revolucionária pelas autoridades presentes.

O atual diretor-presidente da FCC, o empresário JOSTER FAVERO e o prefeito CLÉSIO SALVARO disseram presente e até discursaram.

Nossa FCC alternou nos 30 anos passados, depressão e euforia, encanto e desesperança, um processo de ciclotimia crônica. Atravessou anos dourados, anos rebeldes e anos de chumbo. Houve do melhor e do pior. Tempos de revolução comportamental, de aventuras existenciais e de flagelos planetários como a violência urbana de incêndios em próprios municipais, aí incluída nossa Fundação Cultural.

Os acontecimentos céleres voam como no soneto do Raymundo, a ciência e a tecnologia desenvolvendo formas de prolongar a vida e, ao mesmo tempo, aprimorando métodos de exterminá-la, numa escala nunca antes imaginada. Tantos são os acontecimentos nestes mais de 60 anos vividos em Criciúma que muitos deles já se vão apagando em nossa memória. Surpreendo-me nos programas de rádio das sextas-feiras na SOM MAIOR, quando ADELOR LESSA e eu trocamos impressões sobre fatos antigos da urbe, ao constatar que a nossa população ignora quase tudo do que falamos.

Desmemoriado confesso para fatos mundanos, consigo ainda escrever para o PORTAL4OITO e participar de programas radiofônicos, suprindo minha amnésia com a imaginação. A romancista espanhola ROSA MONTERO, autora de A LOUCA DA CASA, dividia os autores em memoriosos e amnésicos. Os primeiros lembram de tudo e os últimos se esquecem de quase tudo. Ela classificava a própria memória de catastrófica. Para não fazer de nossos fatos históricos uma enfiada de coisas sem nexo e, pior, puramente frutos de minha imaginação, recorro aos meus arquivos e à memória dos outros, quando a minha falha. Nada disso, no entanto é garantia de fidelidade absoluta e os fatos à distância só existem como versões, o que n&atil de;o deixa de ser uma forma de ficção. A memória que temos de um fato qualquer, cresce com a gente e muda o tempo todo.

Na próxima semana, pretendo voltar ao tema, desde que não tenha completamente esquecido do assunto.

Ah, sim! Já ia me esquecendo: FELIZ PÁSCOA A TODOS!

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