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Argentina 1978-O Mundial da ditadura

Foi programado um boicote que não houve
Por João Nassif 22/02/2022 - 00:01

Faltam 273 dias para o início da Copa do Mundo no Catar

Poucas vezes na história os preparativos de uma Copa do Mundo haviam sido objetos de tantas controvérsias como as que rodearam o XI torneio realizado na Argentina. 

O futebol foi relegado a um segundo plano, enquanto as autoridades debatiam se deviam ou não boicotar a competição como forma de protesto ao regime totalitário do General Videla e suas contínuas violações aos direitos humanos. 

Finalmente, apesar dos apelos gerais para que ninguém aparecesse, todas as seleções classificadas viajaram à Argentina para a disputa do Mundial.

A organização do evento foi marcada por muitas falhas. Chegou-se mesmo a cogitar a transferência da Copa para a Europa. Em alguns lugares os estádios ficaram prontos na última hora, e por isso os gramados recém plantados se soltavam sob os pés dos jogadores. 

Enquanto a Argentina sediou quase todos os seus jogos em Buenos Aires, os principais rivais faziam um tour pelo país, se desgastando com longas viagens. 

Foi uma copa cercada de polêmicas, muito graças ao clima político da Argentina, que vivia uma ditadura militar que via na organização do torneio a oportunidade de popularizar o regime e promover a distração nacional dos problemas políticos e econômicos. 

Como forma simbólica de protesto, as equipes que cuidavam dos estádios que sediaram a copa do mundo pintaram as bases das traves de preto.

Esta Copa ficou marcada também por ter sido a única em que a Seleção que terminou em 3.º colocado (neste caso, o Brasil), não recebeu nenhuma medalha.


 

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