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Vinícius Lummertz reforça: quer concorrer a governador pelo PSDB

Ex-ministro do Turismo reforçou que tucanos devem ter candidato, e chamou de "humilhação" o pedido para filiar Carlos Moisés
Por Denis Luciano São Paulo, SP, 01/03/2022 - 09:05 Atualizado em 01/03/2022 - 09:18
Fotos: Divulgação
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O PSDB tem pré-candidato ao Governo do Estado. É o ex-ministro do Turismo, Vinícius Lummertz, atual secretário da área em São Paulo. "É preciso ter um projeto para o Estado, é preciso apresentar uma ideia, como o Luiz Henrique fez em tantas áreas. Isso foi deixado de lado e só se fala nesse fulanismo político. Eu estou à disposição, temos outros nomes no partido mas a diferença é que eu estou pronto para ir até o fim. Tenho conversado com o Clésio (Salvaro, prefeito de Criciúma), o Pavan (Leonel, ex-senador), o Marcos Vieira (deputado estadual), a Geovania (de Sá, deputada federal, presidente estadual do PSDB), que está fazendo um belo papel, muito respeitada", destacou.

Lummertz, que tem ligações com o Sul de Santa Catarina (sua esposa é de Içara) tem sido crítico de sondagens feitas ao governador Carlos Moisés para ele se filiar ao PSDB. "Isso é uma humilhação. Um partido não pode ficar pedinchão, para ser chamado para vice ou alguma coisa. Não é bom caminho. O melhor caminho é levantar bandeira e seguir em frente", registrou. "Lógico que isso, do Moisés, gera indefinição. É uma eleição em dois turnos, temos fundo partidário e se não tivermos candidato a governador, não usaremos nem essa parcela do fundo. O PSDB é um partido programático e temos que cumprir esse papel que já foi do Fernando Henrique, temos o Clésio Salvaro em Criciúma e outros prefeitos. Já tivemos senador, vice e governador, prefeitos das maiores cidades, e isso se perde se não concorrer a governador", afirmou.

O ex-ministro citou Clésio Salvaro como outro dos nomes do PSDB para concorrer a governador. E citou que segue dialogando também com lideranças de outros partidos. "Ontem eu falei com o Antídio (Lunelli, pré-candidato do MDB), nas últimas semanas com o Colombo (Raimundo, pré-candidato do PSD), acho que temos que levantar a nossa bandeira e seguir. Se for comigo, ok, eu sigo até o fim. Se no caminho precisar mudar rumo, é na condição de candidato a governador do Estado. E se for outro, temos Clésio, Pavan, Paulo Bauer, mas a decisão deve ser outra, dar ao que puder para fazer as coligações, condição que foi dada ao Merisio e esticada demais para fazer negociações com o governador Moisés", mencionou.

Lummertz quando assumiu o Ministério do Turismo em abril de 2018, ao lado do então governador Eduardo Moreira

Nos próximos dias, uma decisão

Lummertz observou o tempo perdido pelos tucanos na indefinição que envolvia o ex-pré-candidato do partido, o ex-deputado Gelson Merisio. "Em Santa Catarina eu penso que é necessário, até por essa demora que o Gelson Merisio impôs, essa indefinição em relação ao atual governador. Lembro a vocês que os governos não terminaram tão bem nos últimos anos em Santa Catarina. O próprio Colombo, duas vezes governador, não se elegeu ao Senado, o Amin não se reelegeu, Pavan teve dificuldades, Luiz Henrique teve dificuldades", frisou.

Indagado sobre a candidatura tucana ao Governo do Estado, Lummertz criticou a opção de Gelson Merisio desfiando problemas das gestões do PT. "O Merisio teve a condição de ser candidato. Se essa condição me for dada, e é o que eu defendo, que seja dada a alguém, ou a mim ou ao Clésio, ou ao Paulo Bauer, ou a Pavan, ou ao Marcos Vieira, a minha defesa é que seja dada essa condição dada ao Merisio, e foi cumprida, e que tomemos essa decisão nos próximos dias", manifestou o ex-ministro. "Devemos estar nos reunindo brevemente para tomar essa decisão", completou. "Eu acredito numa união com o MDB em Santa Catarina. Quem for melhor lá na frente, podemos até compor, estabelecendo caminhos e candidaturas diferentes e eventualmente até se juntando lá na frente", referiu.

Questionado sobre a ligação de uma eventual candidatura sua com a do governador paulista João Doria à presidência, Lummertz elencou conquistas da atual gestão paulista e os resultados alcançados. "Nós contivemos a propagação do coronavírus, produzimos vacinas, mas houve embates que geraram, a partir do embate e o combate das milícias de internet, um desgaste muito grande para o governador", reconheceu. "E hoje estamos reconstruindo isso com base nos resultados, nas teses do governo", apontou. Ele citou uma possível parceria com MDB e União Brasil no plano nacional e fez duras críticas ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, enquanto pré-candidato ao governo de São Paulo. "Ele investiu muito pouco aqui", disse.

Lummertz com o governador de São Paulo e pré-candidato a presidente, João Doria

Trabalho em São Paulo e projetos

Vinícius Lummertz citou que está feliz com o trabalho que vem fazendo em São Paulo. "Estou muito feliz. Estamos ajudando São Paulo, com seis outros ministros do governo Temer, nos destacamos em todas as áreas, isso será mostrado na campanha nacional. E isso abre esse espaço para o centro, temos uma eleição bastante indefinida no Brasil e em Santa Catarina, embora não pareça", salientou. "É preciso enxergar o Estado lá na frente. Quando eu dirigi o Sebrae estadual, ampliamos o Sebrae. Consagrei o planejamento, fui secretário de Planejamento no governo do Pavan, eu montei a SC Par, e antes, no Sebrae, fiz o diagnóstico de todos os municípios de Santa Catarina e está muito claro que nós precisamos apresentar um projeto e fazer em co-produção com a sociedade", completou.

O ex-ministro fez críticas à condução da educação em Santa Catarina. "Na educação. A educação de Santa Catarina não está mais bem posicionada. É preciso entender o papel da tecnologia, já sentei com o professor Neri dos Santos, fizemos o segundo plano de governo do Luiz Henrique. Aqui em São Paulo temos centenas de escolas de tempo integral, e eu conheci essas escolas no tempo do Darcy Ribeiro, escola com inglês profissional, tudo arrumado, eram 364 e chegaremos a 1 mil. Vamos terminar o ano com mais de 1 milhão de alunos nessas escolas", relacionou. "É preciso dialogar com a tecnologia, com os pais e o mercado", sublinhou.

O Plano 1000, uma das bandeiras do governador Moisés, também foi citada. "Eu não faço críticas ao Plano 1000, mas o Plano 1000 impede para executar um hospital regional, ou então a Interpraias, eu deixei o projeto pronto", registrou. "Esse projeto da Interpraias está na SC Par e não saiu do papel", lembrou. "Você vai no oeste, as estradas são de chorar", destacou. "A insegurança jurídica para investimentos também", observou Lummertz. "As ideias estão sendo colocadas no papel", garantiu. "Santa Catarina está mergulhada em uma espera onde inverteu-se a lógica. Em vez de recebermos recursos de volta, nós estamos pagando rodovias federais", arrematou.

Ouça a entrevista de Vinícius Lummertz ao Programa Adelor Lessa no podcast:

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