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Eleições 2022

Veja o que Giovana Mondardo e Jessé Lopes responderam aos jornalistas da Som Maior (VÍDEO)

Debate desta sexta-feira (28) teve transmissão simultânea pelo YouTube do Portal 4oito

Por Stefanie Machado Criciúma, SC, 28/10/2022 - 10:55 Atualizado em 28/10/2022 - 11:12
Foto: Geórgia Gava/4oito
Foto: Geórgia Gava/4oito

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A dois dias do segundo turno das eleições 2022, a vereadora Giovana Mondardo e o deputado estadual Jessé Lopes defenderam o voto nos seus candidatos à Presidência da República, Lula e Bolsonaro, respectivamente, em um debate promovido nesta sexta-feira (28), durante o Programa Adelor Lessa. 

Para iniciar, foi realizado um sorteio que definiu a seguinte ordem das respostas: Jessé Lopes e Giovana Mondardo. Em seguinta, os jornalistas da Som Maior, Maga Stopassoli e Upiara Boschi, fizeram suas perguntas aos participantes que poderiam utilizar até dois minutos para responder. 

A conversa começou com a pergunta do jornalista Upiara Boschi, que questionou: "Temos dois candidatos em uma eleição muito polarizada e disputada, que tende a ser voto a voto. É imprevisível dizer se Bolsonaro ou Lula serão o presidente do Brasil em 2023. Vocês têm posturas muito contundentes em relação a esta polarização. Como vai ser a atuação política de vocês caso o adversário vença? Jessé, como será se o Lula for presidente. Giovana, se Bolsonaro for presidente. O que esperar de vocês enquanto opositor?"

Jessé Lopes: Eu sou deputado estadual, então, não vou fazer parte, diretamente, dos debates que acontecerão no que diz respeito ao Governo Federal. É claro que, como político, a gente fica atento às coisas que estão acontecendo. E, por diversas vezes, a gente se manifesta com os temas federais. Se tratando de um governo opositor, não é uma oposição birrenta, ou oposição por oposição, é uma oposição por convicção. Eu sei o que eu quero para o meu país. Eu sei o que o PT quer para o país. Logicamente, estaremos sempre atentos ao que estiver acontecendo, denunciando o que o PT quer em decorrência de projetos ou que eles estão propondo, para que a gente possa estar se manifestando levando para as pessoas a conscientização. Assim como eu faço hoje pela oposição convicta do que eu acredito, sempre desmentindo, quebrando narrativas. A gente vai fazer esse trabalho também com relação ao PT. Porque é um governo populista, visa aumentar impostos, e que vai contra aquilo que eu acredito enquanto Estado, que é um Estado mais enxuto, mais livre, com menos impostos, com menos burocracia, que seja mais livre no quesito econômico. O PT, a esquerda, gosta de um estado mais tributarista, mais inchado, porque gosta de dar dinheiro público aos outros, facilidades e isso custa caro para o Estado e cofres públicos. Vai totalmente contra aquilo que eu acredito. Neste aspecto, continuarei sendo atuante falando exatamente aquilo que eles estão fazendo lá.

Giovana Mondardo: Esse é o momento que a gente está vivendo. Particularmente, como parlamentar, nosso objetivo principal precisa sim ser a fiscalização em torno do Governo Federal e é o que tenho feito. Não me furtei, por exemplo, ao longo desse pouco mais de um ano e maio de mandato na Câmara de Vereadores de Criciúma. Mesmo assim, indo a Brasília, buscando recursos para a nossa cidade, melhorias e melhores investimentos, inclusive, nas polícias federais que também exercem aqui uma importante mudança na nossa cidade. A política é a arte do diálogo e da democracia. Então, se você não está disposto a ouvir o contraditório, você não deveria entrar para a política. Particularmente, acredito que continuarei fazendo oposição na condição do Governo Bolsonaro, se reeleito, que acredito que será muito difícil levando em consideração as pesquisas e a diferença que teve no primeiro turno. Nessas condições, continuarei fazendo oposição, mas, ainda assim, uma oposição convicta, com o pé no chão, com responsabilidade e reconhecendo aquilo que é bom para a cidade, para o nosso estado, para o nosso país. Mas, também, apontando as contradições, como é a questão que se fala de um Estado enxuto, mas se vê no cartão corporativo do Bolsonaro os maiores gastos na história de um presidente da República. Então, neste sentido, é preciso ter pé no chão, mas, acima de tudo, responsabilidade com o eleitor, que é esse que vai experimentar o Governo Bolsonaro por mais quatro anos, caso se reeleja no domingo. Mesmo assim seguindo com responsabilidade na Câmara de Vereadores, sendo a única vereadora de oposição, com pé no chão, construindo a possibilidade de transformar a nossa cidade com responsabilidade e ouvindo as pessoas, principalmente, no contraditório. 

 

A seguir, confira o momento do debate:

[Texto continua após o vídeo]

Na sequência, a pergunta da vez foi da jornalista Maga Stopassoli: "Giovana, por qual razão deve ser eleito presidente da República? Porém, na tua resposta, não pode fazer nenhuma menção a Bolsonaro ou a qualquer termo que relacione a Bolsonaro. A mesma pergunta também para o Jessé Lopes, apenas invertendo, por que o Bolsonaro deve ser eleito sem fazer menção a Lula."

Giovana Mondardo: O Lula representou para o Brasil, logo no primeiro mandato, uma grande transformação social de levar a juventude para a universidade, de tirar milhares de pessoas da pobreza e do mapa da fome, levando o desenvolvimento, inclusive, para o nosso país, em um boom econômico. A gente viveu grandes momentos com o Governo Lula, em especial, se tratando das políticas de ingresso na universidade, como foi o Fies, o financiamento estudantil, o qual fiz parte e usei para terminar a minha faculdade de Odontologia. No mesmo sentido, políticas como o Prouni, o Reuni, políticas sociais como o Minha Casa, Minha Vida que deram chance para a população que mais precisa ter condições de ter o seu lugar, a sua casa. Da mesma forma, a inflação era uma das mais baixas que se via à época. Levando em consideração o hoje, nos governos Dilma chegava a R$ 3,20, mais ou menos e a gente já achava um absurdo. O preço da gasolina na mesma toada. Nesse sentido, é preciso garantir que o Lula retorne ao governo e volte a ser presidente por entender que as políticas de redistribuição de renda e, principalmente, de distribuição que passe pelo desenvolvimento, que passe por somar que as pessoas superem as desigualdades, mas façam, acima de tudo, com o compromisso de mudar e transformar a sociedade pelo bem, pela paixão de mudar um Brasil que minguou nos últimos quatro anos por dificuldades financeiras. Portanto, a política do Governo Lula neste momento tem sido de retomada da economia e, por isso, vai fazer parte também da diminuição da inflação e aumento do salário mínimo. É por isso que o Governo Lula tem que voltar, para que o pobre volte a fazer parte do orçamento e que a gente possa voltar a ser feliz de novo.

Jessé Lopes: O Governo Bolsonaro por si só mostra para que veio. Mesmo com pandemia, com guerra e toda oposição midiática, fez um ótimo governo e restabeleceu a economia. Nós estamos com o caixa forte, estamos com todas as nossas dívidas, menos as históricas que são de vários governos, mas aquela normal, tradicional, em dia. O Governo do Bolsonaro é um governo, além de austero por não ter nenhum tipo de escândalo de corrupção, é também um governo mais conservador. É um governo que não defende bandidos, que não quer fazer liberação de presidiários, é um governo que não é a favor da liberação de drogas. É um governo que trata o orçamento público com responsabilidade, então, às vezes, são necessários, mas o corte não é para embolsar o dinheiro ou dar dinheiro para os parlamentares para poder comprar votos. Ou então, dando para empreiteiras e afins. É para cortar e possa diminuir impostos. É o governo que mais diminuiu impostos na história da democracia porque ele quer enxugar, ele quer deixar o dinheiro na mão das pessoas, ele não quer fazer populismo. Na pandemia, o Bolsonaro investiu muito dinheiro em Santa Catarina, bilhões de reais aqui, dando para estados e municípios poderem combater a pandemia, enquanto continuavam suas obras, os seus afazeres, sem precisar gastar o seu orçamento com a pandemia. Isso é ter caráter e responsabilidade e não querer fazer populismo com dinheiro. 

Abaixo, assista à pergunta e respostas dos participantes:

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