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Veja o que disseram os vereadores de Urussanga sobre prisões

Segunda fase da Operação Terra Nostra pautou a reunião da Câmara
Por Renan Medeiros 17/04/2024 - 06:28 Atualizado em 17/04/2024 - 06:47
Foto: Wilson Adriani/Câmara de Urussanga
Foto: Wilson Adriani/Câmara de Urussanga

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A segunda fase da operação Terra Nostra, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (16), foi o assunto durante a reunião ordinária da Câmara de Urussanga, realizada à noite. Cinco dos sete vereadores presentes fizeram críticas à administração municipal e pediram providências.

A operação resultou no afastamento e na prisão do prefeito Gustavo Cancellier (PP) e dos vereadores Thiago Mutini (PP) e Elson Roberto Ramos (o Beto Cabeludo, Republicanos). Nenhum dos parlamentares presentes na reunião os defendeu.

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"Responsabilidade deve ser assumida pelo PP"

O primeiro deles foi Odivaldo Bonetti (PP), pré-candidato a prefeito. Ele cobrou que o próprio partido assuma a responsabilidade em relação aos envolvidos.

“Parabenizo as instituições que estão funcionando, como a Polícia Civil e o Poder Judiciário. Não tive acesso ao processo, mas penso que nesse caso não precisa de muito entendimento para saber o que aconteceu. Vários indícios mostram e essa responsabilidade deve ser assumida pelo PP, que deve dar uma resposta de que é contra tudo o que aconteceu”, pediu.

“Sou contrário a todo o tipo de crime, principalmente aqueles praticados contra o dinheiro público que deveria ser utilizado para solucionar ou pelo menos amenizar o sofrimento das pessoas de nossa comunidade”, frisou.

"Que a justiça chegue a todos"

O vice-presidente da Câmara, vereador Fabiano Murialdo De Bona (PL), também lamentou o superfaturamento em obras e na compra de terrenos pela prefeitura, suspeitas que embasam a operação.

“Espero realmente que a justiça chegue a todos os envolvidos, porque a prefeitura alega falta de recurso para a saúde, para a educação e para a segurança nas escolas. Muitas famílias precisam de botas ou tratores para saírem de suas casas devido à falta de drenagem e manutenção nas ruas”, afirmou.

Na avaliação de De Bona, todos os problemas da população estariam resolvidos se não fosse o descaso e o desvio de recursos públicos.

"Poderia ser evitado"

Ademir Bonomi (o Datcho, MDB), criticou a aprovação de um empréstimo de R$ 14 milhões de reais, que passou pela Câmara na legislatura anterior. 

“Essas operações da Polícia poderiam ser evitadas lá atrás, no outro mandato, se os vereadores não tivessem aprovado o empréstimo de R$ 14 milhões ou se pelo menos tivessem aprovado a CIP (Comissão de Investigação e Processante) para investigar o prefeito”, disse. “Urussanga não precisa passar por isso por causa de meia dúzia de pessoas que não merecem estar onde estão”.

"Deviam ter pensado nas famílias de Urussanga"

O presidente da Câmara, Luan Varnier (MDB), fez críticas especialmente ao vereador Beto Cabeludo, que, no ano passado, deixou de fazer oposição. Recentemente, Beto deixou o MDB e se filiou ao Republicanos. Luan já vinha denunciando uma “compra de apoio político”.

A investigação da Polícia Civil aponta que a Prefeitura de Urussanga comprou por mais de R$ 600 mil um terreno de Beto em troca do apoio dele na Câmara. O imóvel havia sido adquirido pelo vereador por cerca de R$ 50 mil em um leilão dois anos antes.

“Quem estava aqui na terça-feira passada, lembra que eu falei ao ‘vereador risonho’, o Elson, que agora está na cadeia, que ele tinha vendido o terreno para a prefeitura com superfaturamento. Ele riu de mim. E eu poderia estar agora rindo dele, mas eu tenho piedade de pessoas que têm preço e que vendem a sua alma por qualquer coisa”, criticou Luan. 

“Eles deviam ter pensado nas famílias de Urussanga quando roubaram dinheiro público. Pensando naquela gente que não tem a cesta básica, no agricultor que não tem a estrada, na causa animal, no cidadão que vai até o posto de saúde e não tem o médico e em tantos outros problemas vividos pela população”, continuou.

"Um verdadeiro governo de ladrões"

Crítica igualmente contundente foi feita pelo vereador Erotides Borges Filho (o Tidinho, do União Brasil). Ele disse que a prisão dos envolvidos era o único desfecho possível.

“O que mais me chamava atenção é que o prefeito nunca sequer havia anunciado a compra dos terrenos. Tentava esconder”, afirmou Tidinho.

“Eu me sinto à vontade para falar que são corruptos, sim; são criminosos, sim. O que tínhamos em nossa cidade era um verdadeiro governo de ladrões. O único objetivo dessa quadrilha era encontrar formas de lesar o erário e levar vantagem financeira”, afirmou.

Tidinho defendeu o papel da Câmara nas comissões de investigação instaladas no passado para investigar possíveis crimes na administração municipal.

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