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Seminário discute a Fibromialgia e suas complexidades em Forquilhinha

O evento foi realizado pela Câmara de Vereadores, em parceria com a Secretaria de Saúde e Associação dos Clubes de Mães
Por Redação Forquilhinha, SC, 26/05/2022 - 19:48
Foto: Divulgação
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As dificuldades de quem possui fibromialgia foram apresentadas no seminário realizado pela Câmara de Forquilhinha nesta quarta-feira (25), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e a Associação dos Clubes de Mães. Os palestrantes do evento falaram sobre a complexidade no diagnóstico, e os tratamentos dessa síndrome caracterizada pela dor crônica em vários pontos do corpo.

No Brasil, estima-se que mais de 5 milhões de pessoas sofram de fibromialgia. "É assustador saber que essas pessoas, ou parte delas, estão desamparadas. Precisamos sim discutir e dar mais visibilidade, pois há muito preconceito de que não entende e nem compreende essa dor", conta a delegada e líder voluntária da Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas (Anfibro), Flávia Mesquita.

Segundo Flávia, o diagnóstico tardio agrava a doença e prejudica o paciente em diversos fatores no âmbito social, profissional e econômico. "Precisamos criar políticas públicas efetivas que garantam mais qualidade de vida. Políticas que visam um atendimento multidisciplinar, prioritário, capacitação do profissional e o atendimento médico adequado", comenta.

Relato de quem sofre

Nazarena Miranda, a Nena, descobriu que possui fibromialgia há 12 anos, após uma série de consultas médicas, e contou como é conviver com a síndrome. "Sinto dor todos os dias em diferentes partes do corpo. Faço o possível e o impossível para não externar, já que convivo com ela todos os dias, e as pessoas olham dizendo que não tenho cara de dor crônica. É muito triste, só quem sofre na pele sabe o que é a fibromialgia", relata a moradora de Forquilhinha.

Tratamento disponível na Unesc

A Unesc possui um Ambulatório de Fibromialgia há quase dois anos. De cada 10 pacientes, nove são mulheres, que são as que mais sofrem com a síndrome. "Estamos sempre ensinando e aprendendo com os pacientes. Presenciamos situações no ambulatório de pessoas que estão em sofrimento por não ter o apoio de quem gostaria", comenta a fisioterapeuta Kálita Silveira Nunes. A clínica também oferece atendimentos de auriculoterapia, pilates em grupo e individual.

Rede de apoio

A psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde, Carini Cesa de Souza apresentou as iniciativas em andamento para oferecer um melhor atendimento às pessoas com fibromialgia. Entre elas, a sensibilização e capacitação dos profissionais da saúde, espaço estruturado na Clínica de Especialidades e a retomada dos grupos de apoio.

"Quando não temos a doença, fica fácil apontar para os outros e dizer que é fácil lidar com ela. Porém, quando estamos juntos com pessoas que sofrem do mesmo problema, a linguagem e a troca de experiência facilita", comenta Carini, acrescentando que "nenhum tratamento funciona de forma igual para todos os sintomas, no entanto, optar por uma variedade de opções terapêuticas pode ter um efeito mais eficaz", pontua.  

O secretário de Saúde disse que um dos pontos que pretendem melhorar é a disponibilidade de medicamentos. "Vamos fazer um levantamento com as pessoas que possuem fibromialgia para ver quais as maiores demandas de medicamentos que não encontram na rede, para providenciar pelo Sistema Único de Saúde", disse Diego Melo.

Forquilhinha possui lei para quem tem Fibromialgia

Em Forquilhinha, as pessoas diagnosticadas com fibromialgia possuem atendimento preferencial por meio da lei municipal nº 2422/19, que assegura os mesmos direitos dos idosos, gestantes e pessoas com deficiência.

Mais de 120 pessoas já fizeram a carteirinha na Saúde para facilitar o atendimento. "Que possamos discutir mais políticas públicas, para que mais pessoas tenham informação e busquem tratamento para o seu diagnóstico com o apoio do município", declara o prefeito José Claudio Gonçalves.

"A realização do seminário contribuiu para aprofundar a questão da fibromialgia, que é desconhecida por muitos. É nosso dever buscar alternativas para proporcionar mais qualidade de vida a quem sofre dessa síndrome", ressalta o presidente da Câmara de Vereadores, Célio Elias.

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