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SC em Debate: os erros de Moisés nas respostas à CPI dos Respiradores

Documento enviado pelo governador aos deputados contam com algumas contradições em datas
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 20/07/2020 - 13:59 Atualizado em 20/07/2020 - 14:08
Foto: reprodução
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O governador Carlos Moisés não aceitou o convite para prestar depoimento presencial na CPI dos respiradores, que investiga a compra superfaturada das 200 unidades do equipamento hospitalar, mas respondeu, por escrito, a 15 perguntas feitas pelos deputados estaduais. Apesar disso, as respostas de Moisés apontam para alguns erros referentes à datas, o que o deixa em uma situação de questionamentos ainda mais delicada.

No SC em Debate desta segunda-feira, 20, os jornalistas Adelor Lessa, Ananias Cipriano, Marcelo Lula e Maria Helena Pereira destacaram alguns dos erros de Moisés em suas respostas e o reflexo que isso pode ter na CPI.

Lula atenta para algumas contradições de Moisés como o fato de, em uma entrevista dada em 13 de abril, o então secretário de Saúde, Helton Zeferino, afirma do seu lado que os respiradores foram adquiridos mas que não haviam sido entregues. Dessa forma, ainda em abril, Moisés teria conhecimento da compra.

“É impossível que ele ficasse sabendo somente no dia 20, 22 ou 29. Na coletiva do dia seguinte [14 de abril] ao responder a uma pergunta do colega Fábio Bispo do Intercept, a respeito do atraso na entrega dos 200 respiradores sem que a Veigamed tenha sido notificada, Helton diz que foi feita a notificação mas que estava no prazo legal de resposta, e o Moisés estava ao seu lado”, pontuou Lula. 

As contradições entre as falas de Moisés em suas entrevistas e as respostas enviadas a CPI fazem levantar ainda mais questionamentos por parte do governador. Adelor ressalta que, se fosse para cometer erros de datas como os apresentados em documento, que ele tivesse ido presencialmente à CPI.

“Se o governador tivesse ido na CPI dar depoimento, colocado na frente de todos os questionadores onde um aperta daqui e outro dali e, lá, fazer essa confusão de datas, seria compreensível. Mas ele não vai na CPI, recebe um questionamento, tem dez dias para responder, pensar, examinar, chegar históricos e datas e, então, passar para a assessoria passar para outra assessoria, e mesmo assim enviar respostas com várias contradições?”, reforçou Adelor.

Ananias ressalta o pensamento de Adelor, destacando que, se fosse para ter respondido desta forma, poderia ter acatado ao silêncio. “Ele teve oportunidades de se manifestar e não se manifestou, principalmente no começo. Ele tinha a prerrogativa do silêncio”, pontuou.

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