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No primeiro dia, a volta gradual dos clientes às lojas

Já houve algumas vendas, houve registros de demissões e a solidariedade pesou na hora de transportar
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 13/04/2020 - 19:36 Atualizado em 13/04/2020 - 19:38
Presidente da CDL Criciúma, Andrea Salvalaggio / Arquivo / 4oito
Presidente da CDL Criciúma, Andrea Salvalaggio / Arquivo / 4oito

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Com muito mais dúvidas que certezas, o comércio de rua voltou a abrir as portas nesta segunda-feira, 13, em Santa Catarina, atendendo decreto do governador Carlos Moisés editado no fim de semana. Mas repletos de cuidados, já que inúmeras regras de segurança sanitária precisam ser cumpridas para que a movimentação comercial não faça saltar os índices da Covid-19 no estado, que contabiliza 826 casos registrados e 26 mortes confirmadas pela doença.

Em Criciúma, a retomada foi tímida. "A gente teve um dia diferente, voltamos diferentes, todos se adaptando. Tem que cumprir as normas, a portaria 244, muitas mudanças aconteceram. Como o comércio estava há bastante tempo fechado, algumas lojas tiveram demanda maior, outras nem tanto. As pessoas estão entendendo que tem que fazer a fila, que tem que cumprir o papel de todo mundo. É um envolvimento de todos", analisou a presidente da CDL, Andrea Salvalaggio, em entrevista à Rádio Som Maior. "As máscaras, é uma necessidade, todos estão usando, estranho é quem não está de máscara. São consciências que vamos tomando, vamos melhorando e a gente acredita que com isso o comércio vai voltando devagarinho", destacou.

Os cuidados estão tomados, garante a presidente. A luta, agora, é para fazer funcionar o que ainda não abriu as portas. "O comércio entende que há os cuidados a serem tomados, e agora a nossa luta enquanto CDL continua para que shoppings e galerias voltem às suas atividades", referiu. A própria Andrea não conseguiu voltar ao trabalho ainda. "Eu tenho duas lojas, uma no Della e outra no Nações, estou com as duas lojas fechadas. É difícil você ver os outros voltando e a gente impossibilitado. Isso será uma luta que vamos continuar, depois temos que ajudar os bares e restaurantes, cada coisa vamos resolvendo por vez", afirmou.

A necessidade da clientela fez com que houvesse movimento nas lojas neste primeiro dia. "Para um primeiro dia, a gente não sabia a reação das pessoas, claro que não tivemos um movimento grande, mas eu considero que foi até melhor que o esperado. As pessoas vieram decididas, o que queriam comprar, não tem aquela voltinha, quem veio estava precisando daquilo. As pessoas estão precisando de alguns produtos", reforçou Andrea.

Transporte e demissões

Uma das dificuldades foi o transporte dos comerciários, já que o transporte coletivo segue suspenso ao menos até o fim do mês. "O transporte público, as creches, tudo isso afeta diretamente o comércio. A gente teve que se mobilizar entre os lojistas, cada lojista teve que buscar seu funcionário, um dar carona para o outro. A gente vê a solidariedade das pessoas, as pessoas estão vendo a necessidade de voltar, que precisam fazer sacrifício, de repente vão a pé, de bicicleta, dando um jeito. E respeitando os que não podem trabalhar. Mas esse impacto vai longe", pontuou a presidente.

E as demissões já estão ocorrendo. Alguns lojistas precisaram abrir mão de trabalhadores. "Tem. Algumas lojas já demitiram, outras estão demitindo, outras estão aguardando, dando férias. Eu tenho certeza que o lojista está fazendo o máximo para não demitir. Nosso bem precioso são nossos colaboradores, a gente precisa deles, é difícil formar uma equipe. Mas às vezes precisa demitir alguns para poder continuar o negócio", reconheceu.

Feriado de Tiradentes

O calendário marca para a terça-feira da próxima semana, dia 21, o feriado de Tiradentes. Os lojistas contam com a eficácia de uma informação citada pelo ministro Paulo Guedes, no início de abril, indicando pela suspensão de todos os feriados até o fim do ano. "A CNDL já conversou com o ministro Paulo Guedes, ele falou em extinguir feriados até o fim do ano. Para nós, uma cidade que produzimos, faz a diferença, mas há as cidades que precisam dos feriados por causa do turismo. Para a gente seria bom que não tivesse mais feriados, a gente precisa trabalhar e fazer a economia girar de novo. Mas isso é uma decisão lá de cima, já houve essa conversa, não sei como está, se já foi efetivado", contou a presidente. "Ele ainda não liberou 100% o comércio, se a gente conversar com o prefeito, se ele tiver essa competência acredito que ele possa fazer isso, mas não chegamos nesse ponto ainda", finalizou.

Ouça a entrevista da presidente da CDL no podcast:

Tags: coronavírus

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