O Governo do Estado deve ampliar o uso das "motolâncias" para o Samu. Por enquanto, a região Sul ainda não terá as motos para uso dos socorristas, mas os resultados alçados com o uso delas em Itapema e Balneário Camboriú devem estimular o uso mais disseminado da ideia no futuro.

O governador Jorginho Mello (PL) já autorizou a compra de dez motos para Florianópolis e Palhoça, com um investimento de R$ 300 mil.

A principal vantagem da motolância é a diminuição do tempo de resposta, já que a mobilidade permite que os socorristas cheguem mais rapidamente aos locais.

Como não é possível transportar equipamentos e nem o paciente, as motos, conduzidas por técnicos de enfermagem, são enviadas para as ocorrências para o atendimento inicial e estabilização da vítima.

Depois, com a chegada da ambulância e da equipe médica completa, o atendimento tem continuidade.

Como a motolância pode ser útil

“Em diversas partes do mundo, estudos mostram a redução da mortalidade tanto em eventos decorrentes de trauma quanto de causas clínicas, em decorrência do atendimento pré-hospitalar com menor tempo-resposta, e as motolâncias ajudam nesse processo”, explica Dionísio Medeiros, diretor do Atendimento Pré-hospitalar Móvel.

Além disso, Dionísio ressalta que o atendimento rápido ao paciente diminui as sequelas, as complicações, o tempo de internação, assim como o custo total do tratamento.

As motolâncias estão equipadas com materiais e equipamentos de primeiros socorros, como desfibriladores, materiais para controle de hemorragias, equipamentos para suporte básico de vida e outros suprimentos médicos.

As motos servem como apoio das Unidades de Suporte Básico (USB) e das de Suporte Avançado (USA), que são os modelos de ambulâncias usados pelo Samu.

Ampliação das motolâncias

De acordo com o Governo do Estado, os secretários municipais de Saúde que têm interesse em implantar as motolâncias devem fazer o pedido por um ofício com anuência do prefeito. O documento deve ser encaminhado para a Superintendência de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde.

Antes da ampliação, será realizado um estudo de viabilidade, com detalhamento técnico, para ter conhecimento se é possível ter o serviço na localidade. Além disso, os municípios devem ter o serviço do Samu ativo para a viabilização das motolâncias.