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Governo do Estado lança plano de ações regionalizadas no combate à Covid-19

Em reunião virtual, Moisés propôs a regionalização de análises de risco e ações contra a pandemia em Santa Catarina
Por Heitor Araujo Florianópolis - SC, 22/05/2020 - 11:34 Atualizado em 22/05/2020 - 11:36
Governador Carlos Moisés (Foto: Arquivo / Divulgação)
Governador Carlos Moisés (Foto: Arquivo / Divulgação)

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O governo do Estado lançou nesta sexta-feira, 22, em reunião virtual com a Fecam e lideranças municipais, o plano de regionalização das ações de combate à Covid-19 no Estado. O projeto prevê a análise regional do nível da pandemia e disponibiliza ferramentas para a tomada de decisões em conjunto entre os municípios e o Estado.

Cada região será avaliada de acordo com o estágio da pandemia, abrangência populacional, necessidade de políticas públicas, como ocupação dos leitos de UTI. Serão quatro categorias: risco moderado, alto, potencial grave e gravíssimo. O transporte público, reivindicação de prefeituras, poderá ser retomado em locais cuja avaliação não é gravíssima. Nos locais moderados poderia voltar inclusive as aulas presenciais, mas, de acordo com técnicos da secretaria de Saúde do Estado, ainda não há nenhum nessa situação.

A intenção do governo é tratar o alinhamento das ideias com as secretarias municipais de Saúde a partir da segunda-feira da semana que vem, colocando em prática o plano a partir do dia 1º de junho. No encontro virtual, o governador Carlos Moisés (PSL). 

"Se tomamos as medidas certas nas horas certas, todos nós temos a responsabilidade de manter. Nosso Estado tem extensão territorial de alguns países, entendemos que é importante tratar desigualmente as regiões em situação de desigualdade. Ainda não temos no âmbito nacional, seria muito importante que tivéssemos, para que todos os estados pudessem tomar as decisões. Esse modelo trará mais tranquilidade para tomar decisões acertadas", justificou Moisés.

As cidades também foram separadas de acordo com a abrangência, o que contribuiu na avaliação do estágio da pandemia. Criciúma, por exemplo, foi classificada como Regional C.

Mal o plano foi apresentado e já houve algumas contestações dos prefeitos presentes. Clésio Salvaro, por exemplo, pediu novamente ao governador a liberação do transporte público na região. Salvaro chegou a afirmar que o aumento de casos de Covid-19 em Criciúma tem relação com a suspensão dos ônibus.

O prefeito de Blumenau, Mario Hildebrandt, contestou que a região de Blumenau, no exemplo proposto pela secretaria da Saúde do Estado no gráfico de apresentação, estaria enquadrada como risco gravíssimo, uma abreviação dos debates que serão travados a partir da próxima semana. "A gente precisa ter o entendimento maior sobre o funcionamento dessa plataforma e monitoramento. Por que Blumenau aparece como alto risco? Nós entendemos que não se trata da nossa realidade", pediu Hildebrandt.

O Estado propõe discriminar o que levou a cada definição de classificação do estágio da pandemia. Os critérios pré-estabelecidos consistem em quatro dimensões, com quatro diagnósticos. Levará em conta a gravidade, urgência, tendência e abrangência da pandemia.

Com base nas análises, o Estado poderá indicar quais restrições cada município deve tomar no isolamento, contratação de leitos de UTI e, ainda, qual capacidade de trabalho deveria ser liberada. Em um exemplo mostrado na reunião, indica que uma região com risco Gravíssimo poderia manter a atividade agropecuária com apenas 50% de trabalho presencial, enquanto uma região de risco Alto teria liberação para operar com 75% de trabalhadores no setor.

Descentralização e Regionalização das Ações de Cobate ao Covid-19 em Santa Catarina

Classificação das regiões por nível de risco

Critérios de gravidade (necessidade de investimento e abertura de leitos), urgência (ações de vigilância de casos suspeitos), tendência de piorar (reorganizar os fluxos de saúde), abrangência (intensificar ações de isolamento);

Isolamentos propostos

Risco gravíssimo: suspender todas as atividades não necessárias

Risco potencial grave: suspensão de aulas, transporte, eventos e shoppings

Risco de potencial alto: suspensão de aulas, retorno de transporte, eventos públicos e shoppings com adaptações

Risco moderado: liberação de aulas presenciais, transporte, eventos e shoppings

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