Futebol pesa no bolso de mais de 60% dos brasileiros, aponta pesquisa da Serasa

Mais da metade dos brasileiros (61%) já sentiu o impacto do futebol no orçamento mensal. É o que revela a pesquisa “Gastos com Futebol”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, com 2.940 entrevistados de todo o país. O levantamento mostra que o consumo relacionado ao esporte é crescente e vai além das idas ao estádio, atingindo camisas de clubes, pay-per-view e outros produtos licenciados.

Apesar do envolvimento emocional, apenas 23% dos torcedores se dizem fanáticos por seus times. Ainda assim, 81% dos que gastam com futebol fazem isso todos os meses. Os gastos mais comuns são com camisas (71%), seguidas de produtos licenciados (35%), ingressos (34%) e plataformas de streaming ou pay-per-view (32%).

Mesmo com o interesse elevado, o distanciamento físico dos jogos é visível: só 23% assistem aos jogos no estádio. A maioria acompanha pela TV aberta (75%), TV fechada (55%) e plataformas digitais, como YouTube (42%) e streamings (31%). Para 61% dos entrevistados, o futebol deixou de ser um evento acessível.

Na região Sul, 73% acompanham futebol e 42% consomem conteúdo esportivo diariamente. Quanto aos ingressos, 27% afirmam gastar até R$ 100, enquanto 25% desembolsam entre R$ 101 e R$ 200 por jogo.

Mesmo diante das dificuldades financeiras, o amor ao time fala mais alto: 60% dos entrevistados já admitiram ter feito alguma “loucura” por seu clube e 9% têm o objetivo de comparecer aos próximos mundiais de clubes.

Futebol como laço social

O estudo também revela o papel social do esporte. Para 70% dos entrevistados, o futebol tem função agregadora no Brasil e 49% destacam que ele ajuda a aproximar familiares e amigos.

O interesse pelo futebol feminino também cresce e já se aproxima do nível de interesse pelas competições masculinas, indicando uma valorização maior do esporte em si, independentemente do gênero.

Metodologia

A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Opinion Box, a pedido da Serasa, e realizada em junho de 2025. Foram ouvidas 2.940 pessoas de diferentes regiões e faixas etárias em todo o Brasil.