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Fundada em 1770, Dom Pedro passou por Urussanga Velha

Localidade que deu origem ao Balneário Rincão foi tema do Som Maior Verão de hoje
Por Erik Behenck Balneário Rincão - SC, 21/01/2020 - 19:20
Foto: Luana Mazzuchello / A professora Elza
Foto: Luana Mazzuchello / A professora Elza

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Um dos pontos iniciais de colonização do Balneário Rincão, Urussanga Velha tem muita história. Este foi o principal tema do Som Maior Verão desta terça-feira, 21. A professora de História, Elza de Mello Fernandes, falou bastante sobre o tema, assim como a moradora Maria Bernadete, a Nega, que sabe muito sobre aquelas terras.

“Urussanga Velha surgiu documentada em 23 de julho de 1770, João da Costa pegou este terreno, da Barra do Torneiro até a Barra do Araranguá. Ela começou a ser povoada, pelas grandes explorações do Sul”, afirmou Elza. E não demorou para que uma capela fosse construída, assim como uma escola.

Fato que pouca gente sabe, o imperador Dom Pedro passou por aquelas terras, por lá existia a Casa da Nação, bem na entrada da Lagoa dos Freitas. “Eles saíram do Rio de Janeiro e vieram construir um albergue imperial, de local em local tinha uma casa de acolhimento. Essa casa não existe mais, pouca gente conheceu, mas ela ficou pronta em 1830 e em 1836 Dom Pedro pernoitou aqui”, revelou.

E com o passar dos anos e mudanças políticas, Urussanga Velha pertenceu a Araranguá, Criciúma e Içara, até a emancipação do Balneário Rincão. Até mesmo a abolição da escravatura mexeu com a estrutura do local.

“O trem de ferro tirou o espaço da estrada do mar, o caminho das águas passou para ferrovia, e a ferrovia que deveria passar na Urussanga Velha foi para outro lugar, perdeu o lugar, a mina de carvão que tinha, a população era afro, que trabalharam e não puderam ter a posse de terra. Teve muita grilagem e expulsão o homem da terra, tivemos um quilombo enorme entre Jaguaruna e Içara, onde o homem açoriano administrou na paz e depois fez a expulsão do seu mundo”, explicou.

E hoje, em 2020, existem poucos comércios por lá, não tem posto de combustível, por exemplo. Também não tem asfalto, mas uma estrada de pedras foi construída no último ano. Eles pedem pelo desassoreamento da Lagoa da Urussanga Velha. O que não tem problema é quanto a segurança.

“Só não dormimos com a porta e a janela aberta por causa dos mosquitos, as vezes têm alguém que foge e vai para lá, porque é mais fácil para se esconder”, comentou. “É um sonho nosso ter um posto de saúde, por mais que digam que todos tem carro, muitos ainda não tem, além das pessoas idosas e dos deficientes”, completou Nega.

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