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Falta de médicos na rede pública da Região Carbonífera preocupa

Municípios não encontram profissionais para Unidades Básicas de Saúde e Estratégia de Saúde da Família
Por Francine Ferreira Criciúma - SC, 08/04/2019 - 08:59

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Um levantamento realizado pela Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) na última semana evidencia o estado preocupante da falta de médicos na rede pública municipal, tanto de profissionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), quanto para a Estratégia de Saúde da Família (EFS). Dos 12 municípios da Amrec, apenas Forquilhinha e Treviso não estão registrando falta de médicos.

De acordo com o levantamento, faltam 20 profissionais para atender a Região Carbonífera: dois médicos para ESF e três para UBS em Criciúma; um para ESF em Morro da Fumaça; três para ESF em Lauro Müller; um para ESF em Orleans; três para ESF em Urussanga e outros três para Içara; um para ESF em Cocal do Sul, assim como um para Nova Veneza, um para Siderópolis e um para o Balneário Rincão.

Conforme a coordenadora da Comissão Intergestores Regional de Saúde da Região Carbonífera (CIR Carbonífera), Gláucia Cesa Périco, que é secretária de Saúde de Siderópolis, há diversos fatores que tem contribuído para essa falta de profissionais.

“Não somente, mas teve grande influência por conta da mudança do programa Mais Médicos pelo Governo Federal, o Ministério da Saúde mudou o modo de contratação, os que entraram foram médicos brasileiros e, desses, muitos saíram para residência. Também perdemos médicos que passaram em concursos públicos e, em outras situações, por exigirmos o cumprimento de horário, que é de 40 horas semanais”, elenca.

A época do ano também contribui para a situação, segundo Gláucia, por estamos já na metade de um semestre. “Em dezembro e janeiro a procura era grande, mas agora a maioria dos médicos, mesmo os recém-formados, se encaminhou”, completa.

Diante do cenário, a coordenador da CIR Carbonífera avalia a situação como bastante preocupante, uma vez que os municípios estão precisando montar escalas de trabalho para os médicos já contratados. “Com isso, temos que tirá-los de algumas unidades por determinados períodos, para suprir as que estão sem, o que sempre deixa um déficit em algum local. A gente vai tentando se virar, mas não está fácil”, argumenta.

Esperança em Brasília

Com a realização da XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, nesta semana, os secretários de Saúde solicitaram que os prefeitos debatam com o Governo Federal sobre o programa Mais Médicos. “Não sabemos nem o que fazer direito, mas garantimos que não é falta de vontade do poder público, é porque não estamos encontrando profissionais. E isso tem acontecido por tudo, no Brasil inteiro existe esse problema, bem crítico e difícil”, finaliza Gláucia.

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