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Ele foi o voto de minerva na CPI do Criciumaprev (VÍDEO)

Edson Paiol reconhece que sofreu bastante pressão, e afirma que fará parte da próxima investigação
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 06/08/2019 - 14:27 Atualizado em 06/08/2019 - 14:30
Edson Paiol na sessão de ontem / Fotos e Vídeo: Amanda Farias / 4oito
Edson Paiol na sessão de ontem / Fotos e Vídeo: Amanda Farias / 4oito

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As últimas semanas da CPI do Criciumaprev, encerrada nesta segunda-feira, 5, na Câmara, foram de tensão e expectativa. Com três votos claros para cada lado - a favor e contra o relatório do vereador Ademir Honorato (MDB) - tudo indicava que caberia ao vereador Edson Paiol do Nascimento (PP), o voto de minerva. E assim foi. Com o aval ao texto final do relator - não alinhado com o Paço - o progressista foi decisivo para a aprovação de um documento final que apontou irregularidades nas relações entre prefeitura e fundo municipal de Previdência.

Os votos

A favor do relator - Ademir Honorato (MDB), Julio Kaminski (PSDB), Zairo Casagrande (PSD) e Edson Paiol (PP)

Contra o relator - Julio Colombo (PSB), Pastor Jair Alexandre (PSC) e Aldinei Potelecki (PRB)

"Mesmo antes do Ademir, eu vinha montando um relatório para mim. A cada pessoa que ia na oitiva, a gente fazia as perguntas e anotava tudo. Fomos transcrevendo e eu cheguei a uma análise que sim, várias irregularidades foram cometidas", aponta Paiol. "Não concordo que tenha havido improbidade do governo, essa questão jurídica nos arrepia, já que a cidade sofreu e muito na pele esse impasse jurídico, Criciúma já atrasou demais com isso no passado", lembra.

Confira também - Câmara aprova relatório do vereador Ademir

Paiol reconhece que foi bastante pressionado nas últimas semanas, mas garante que o PP lhe deixou à vontade para escolher o voto. "Não me considero oposição ao prefeito Salvaro. Votei e vou continuar votando em muitos projetos do governo que sejam bons para as comunidades. Oposição é aquele que vota contra tudo por votar, não é o meu caso", comenta.

Debate contra parcelamentos

O vereador Paiol pretende levantar na Câmara, a partir do exemplo do Criciumaprev, a quantidade de parcelamentos que a prefeitura assume. "Nesse caso, tinha dinheiro na conta, o prefeito optou por não pagar o Criciumaprev e depois parcelou. Na minha concepção, o errado maior nem foi o prefeito, mas foi a Câmara, que aprovou um novo parcelamento. Não era para ter sido aprovado", critica.

"Estou muito preocupado com a cidade. A prefeitura tem muitos parcelamentos, um atrás do outro, comprometendo as suas finanças", argumenta. O parlamentar entende que até o Judiciário poderia criar um freio para isso. "Prefeito não poderia fazer dívida para o sucessor pagar em financiamentos. Quem faz o empréstimo, deveria honra-lo dentro do seu mandato. É fácil parcelar algo em 200 vezes com anos de carência para os sucessores pagarem. Você estará fazendo obras com um dinheiro que não é da sua gestão", critica.

Paiol usa como exemplos os recentes financiamentos aprovados pela Câmara, de R$ 30 milhões para a iluminação pública e R$ 30 milhões para pavimentações. "Eu fui contra no caso da iluminação e a favor no caso da pavimentação, por ver necessidades e comprometimentos diferentes", relata. 

O parlamentar questiona também o procedimento do Executivo no pedido de autorizações de financiamentos à Câmara. "Hoje vai entrar de novo um projeto do prefeito citando algum pagamento para a saúde. O problema é que eles pedem dispensa de pareceres nas comissões e acabamos votando sem ter tempo de analisar os projetos", pondera.

A sessão de ontem antes da reprovação do relatório de Julio Colombo e a aprovação do trabalho de Ademir Honorato

A favor da próxima CPI

A Câmara aprovou, na sessão desta segunda, a constituição de uma nova CPI do Criciumaprev, desta vez para investigar toda a gestão do instituto, desde a fundação. "Eu e o vereador Pastor Jair falamos nisso desde o início da CPI recém encerrada, que ela devia ser de todos os governos, não somente deste", aponta. 

Como líder da bancada do PP, Paiol deve se indicar para compor a próxima comissão, já que o outro vereador progressista, Miri Dagostim, teria que deixar a presidência da Câmara para integrar o colegiado. "E se tiver que julgar o Márcio Búrigo ou qualquer um, na mesma linha de raciocínio, não tem problema. O Criciumaprev já nasceu com dívidas, precisamos apurar os responsáveis", disse. Paiol citou o ex-prefeito Márcio Búrigo pois ele era, até esta segunda-feira, do PP. Agora, está migrando para o PL.

Confira também - Aprovada nova CPI na Câmara de Criciúma

Com a aprovação da criação da CPI ontem, as bancadas tem dez dias para indicar um vereador cada. O presidente será Julio Colombo (PSB), restando a definição do relator e do secretário, além dos demais quatro membros. O PRB, com o vereador Aldinei Potelecki, e o PSC, com o vereador Pastor Jair Alexandre, são presenças certas, já que se tratam de bancadas de um parlamentar só. Deverão se definir os demais representando PSDB, MDB, PSD e o próprio PP. Confira as projeções para a nova CPI do Criciumaprev no Blog de Adelor Lessa.

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