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Criciúma: mães cobram respostas do HMISC após morte de bebês

Em nota, hospital informou que está de portas abertas para esclarecimentos
Giovana Bordignon e Stefanie Machado Criciúma, SC, 22/09/2023 - 07:07 Atualizado em 22/09/2023 - 09:49
Foto: Divulgação/Ideas
Foto: Divulgação/Ideas

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Mães que perderam seus filhos cobram respostas do Hospital Materno Infantil Santa Catarina de Criciúma. Além disso, outras crianças teriam sequelas neurológicas permanentes após ficarem internadas na unidade. As denúncias foram repassadas ao Conselho Municipal de Saúde, que tenta articular uma reunião entre os familiares e a administração do hospital. Uma conversa foi marcada para terça-feira (19) e depois adiada para essa quinta-feira (21). 

"As mães reclamam muito da condição, do tempo, agilidade e que essas crianças não eram pra ter morrido. Essas crianças poderiam ter sobrevivido se tivesse oxigênio, nem a tubulação tinha nos quartos, então as mães fizeram a denúncia. Nós estamos tentando marcar uma reunião com eles há dois anos para tratar dos problemas que tem lá", comenta o vice-presidente do Conselho, Júlio César Zavadil. "Assim como escutamos as mães, queríamos escutar o hospital", enfatiza. 

Nessa quinta-feira, as mães e representantes do Conselho foram até o HMISC. "Isso já estava combinado, mas nós chegamos lá e eles não quiseram receber as mães, nem a assessora jurídica, que tem a prerrogativa profissional e tem que ser atendida por ser uma advogada. Pediram para entrar quatro conselheiros, sendo que estavam em oito, e uma mãe. Nós dissemos que não, porque o problema era com as mães. Eles não nos receberam e chamaram a Polícia Militar", informou Zavadil.

Ainda conforme o vice-presidente, uma manifestação está programada para o dia 5 de outubro. O grupo é formado por cinco mães que perderam seus bebês e outras duas cujos filhos tiveram sequelas. "Não estamos acusando ninguém, nós queremos resolver o problema e saber o que está acontecendo. Tem mães que não conseguem nem um prontuário médico para saber o que aconteceu com o bebê, estão há mais de 20 dias esperando", concluiu. 

Procurado pela reportagem do Portal 4oito, o Hospital Materno Infantil Santa Catarina se manifestou por meio de nota e disse que "não se recusa a atender ou a prestar os devidos esclarecimentos e está disponível para conceder as informações técnicas ao Conselho Municipal de Saúde de Criciúma ou de forma individual, em razão da LGPD, às famílias interessadas". 

Segundo o comunicado do Hospital, no horário marcado da reunião, que aconteceria às 9h, não estavam presentes todos os membros do conselho. Além disso, a PM teria sido acionada para 'conter os ânimos'. "De qualquer forma, os representantes jurídicos do hospital tentaram um diálogo, ponderando que o encontro seria com integrantes do Conselho para tratar das questões de forma técnica, e também porque desconhecia detalhes dos demais casos", cita outro trecho da nota. 

Confira, na íntegra, a manifestação do Hospital: 

Nota HMISC:

O Hospital Materno-Infantil Santa Catarina não se recusa a atender ou a prestar os devidos esclarecimentos e está disponível para conceder as informações técnicas ao Conselho Municipal de Saúde de Criciúma ou de forma individual, em razão da LGPD, às famílias interessadas.
Foi o que aconteceu nesta quinta-feira de manhã, quando integrantes do departamento jurídico do IDEAS se deslocaram a Criciúma para uma reunião técnica, às 9h, com quatro integrantes do Conselho, e eventualmente o advogado do órgão, para tratar de dois casos de atendimentos realizados no Hospital Materno-Infantil.
O fato é que no horário marcado não estavam todas as pessoas previamente identificadas do Conselho. Por outro, estavam outras que não constavam do acordado para a reunião. Diante disso, e dos impedimentos legais já citados, e em razão dos transtornos causados na recepção da unidade, foi acionada a Polícia Militar para conter os ânimos.
De qualquer forma, os representantes jurídicos do hospital tentaram um diálogo, ponderando que o encontro seria com integrantes do Conselho para tratar das questões de forma técnica, e também porque desconhecia detalhes dos demais casos.
As portas permanecem abertas para todos e está disponível para atendimentos aos familiares de forma individualizada – ou com o Conselho Municipal de Saúde, mas sempre sob a forma da lei.

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