Se você fizer uma viagem para o outro lado do mundo, mais especificamente para a Nova Zelândia, não se surpreenda ao se deparar com um veículo estampando o escudo do Criciúma Esporte Clube. Isso acontece porque o símbolo do Tigre é também o logo da empresa Tiscoski Renovation LTD, de Clodoaldo Tiscoski, um criciumense que mora na cidade de Auckland há 25 anos.
De acordo com o empresário, a ideia para o logotipo veio depois de sofrer um "plágio". "Para evitar que clonasse o logo, eu acabei: 'vou então botar o símbolo do Criciúma'. Aí eu cheguei na Nova Zelândia, eu conversei com o advogado, então eles viram que aqui não teria um problema para eu usar o logo do Criciúma", explica Tiscoski, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior. Para ele, o novo logo não atrai problemas, pois a equipe carvoeira não é conhecida no país.
A mudança para o novo país se deu por acaso, e não era a primeira opção de Clodoaldo. "Eu decidi que eu tinha que sair do Brasil. Eu queria ir para a Alemanha, acabei recebendo orientação que na Nova Zelândia seria muito bom para mim. Então, acabei vindo para cá", revela. Na Oceania, o empreendedor possui uma empresa que renova casas comerciais e estabelecimentos.
Adaptado na nova casa, ele informa que não pensa em voltar para o Brasil. "Hoje eu sou casado com uma russa. Eu tenho quatro filhos aqui, então eu não volto mais para o Brasil, só para passear", afirma.
O futebol na Nova Zelândia
O futebol está longe de ser o esporte mais popular da Nova Zelândia. Lá, os olhos estão voltados para o rugby, - semelhante ao futebol americano - onde os "All Blacks" figuram entre as seleções mais tradicionais.
Apesar da impopularidade da bola redonda, é da cidade de Auckland a equipe mais dominante do futebol de toda a Oceania, o Auckland City. Neste ano, a equipe neozelandesa participou da Copa do Mundo de Clubes e, mesmo sendo uma equipe formada por jogadores amadores, conseguiu arrancar um empate contra o tradicional Boca Juniors, mas tomou um 10x0 para o Bayern de Munique e um 6x0 para o Benfica. "Os profissionais que vão para a Copa do Mundo, por exemplo, eles trabalham no restaurante, eles trabalham no bombeiro, nessas áreas. Eles não têm isso como uma profissão", destaca.
O mesmo vale para a seleção neozelandesa, que foi uma das primeiras a se garantir para a disputa da Copa do Mundo de 2026. Com o aumento de vagas de 32 para 48, a Oceania teve, pela primeira vez, uma vaga direta para o torneio. Com isso, nas eliminatórias para o torneio, a Nova Zelândia se classificou vencendo seus cinco jogos, onde marcou 29 gols e sofreu apenas um. Na final, venceu a Nova Caledônia por 3 a 0 e se garantiu na Copa do Mundo 2026.
Ouça a entrevista do empresário: