Episódio 47 - A FILA DO INPS
Eduardo Moreira nasceu em Laguna por acaso.
O pai, natural de Juiz de Fora, veio trabalhar no porto na década de 1940, casou e formou família.
O retorno à cidade mineira em 1962 deu a Eduardo duas oportunidades por lá: cursar a faculdade de Medicina e conhecer o prefeito.
Um tal de Itamar Franco.
Assim que tomou posse, Eduardo soube aproveitar a antiga amizade com o agora presidente Itamar Franco.
O programa federal Saúde da Família incluiu Criciúma entre apenas 12 municípios na sua fase piloto.
Recursos federais bancaram uma central telefônica com ramais externos conectando a prefeitura aos postos de saúde.
O agendamento de consultas online pôs fim à vergonhosa "fila do INPS" na Rua João Pessoa.
Um vexame conhecido pelo comércio de senhas e de noites e madrugadas sem fim.
Episódio 46 - O LEGADO DAS FUNDAÇÕES
O início da gestão de Eduardo Moreira em janeiro de 1993 trouxe uma boa notícia e duas novidades.
Já na posse no Teatro Elias Angeloni, ele assinou convênio com o Hospital São José encerrando a cobrança de consultas no pronto-atendimento.
As novidades foram a Fundação Cultural de Criciúma e a Fundação Municipal de Esportes.
Para a presidência da Fundação Cultural, Eduardo convidou outro colega, o oftalmologista de renome nacional Henrique Packter.
Para a FME, o bancário Vílson Reis, conhecido pela militância social tanto na Associação Atlética Banco do Brasil como no Bairro da Juventude.
As duas fundações geraram legados preservados até os dias de hoje.
Episódio 45 - EDUARDO, ANTONELLI E... ÊNIO COAN
Derrotado por Altair Guidi na disputa pela prefeitura em 1988, o cardiologista e deputado federal Eduardo Moreira retornou em 92. Com o colega ortopedista Anderlei Antonelli, o confronto foi com uma chapa poderosa. O presidente do Criciúma Esporte Clube, Moacir Fernandes, e Guido Búrigo, presidente da Acic, apoiados por Altair.
No meio da campanha, um imprevisto quase antecipa o resultado. Na volta de um comício no Rio Maina, o carro em que Altair e Moacir estavam levou uma fechada, bateu e ambos se machucaram.
Ouça o documentário produzido pelo jornalista Nei Manique:
Episódio 44 - LIBERTADORES, PRÓ-VIDA E FATALIDADE GLOBAL
A participação do Criciúma na Libertadores foi destaque nacional no primeiro semestre de 1992. Representando o Brasil com o São Paulo de Telê Santana, o Tigre surpreendeu o país pelas lentes da recém-criada rede de televisão OM. Superou equipes do Peru e da Bolívia e só parou no saldo de gols diante de Zétti, Palhinha, Raí & Cia.Com um Heriberto Hülse aplaudindo de pé uma campanha tão espetacular quanto memorável.
Na raia política, o presidente Collor tentava apagar o fiasco do bloqueio das poupanças com programas populares. O Pró-Vida, por exemplo, empenhara uma grana alta para despoluir a Região Carbonífera. Grana, aliás, que nunca veio porque Collor sofreu impeachment e foi afastado pelo Senado. Renunciou no dia 28 de dezembro de 1992, mas ninguém deu a mínima. Na mídia e na tela da Globo naquela noite o que causou mesmo foi a morte da atriz Daniella Perez, brutalmente assassinada por um colega da novela De Corpo e Alma.
Ouça o documentário produzido pelo jornalista Nei Manique:
PROGRAMA 43 - UM VERÃO A PROVA DE FOGO
Se o título do Tigre na Copa do Brasil rendeu mídia nacional no inverno, manchetes bem mais eloquentes dominaram o início do verão.
A privatização da Carbonífera Próspera colocou em cena um empresário minerador conhecido pela ousadia e destempero.
Com fama de apoiar políticos de centro-esquerda, Realdo Guglielmi venceu o leilão local da CSN.
A compra incluiu reservas, escritório e a Mina A, no Sangão, agora em nome da Nova Próspera.
Quando tudo se encaminhava para o reinício da mineração, a queda da gaiola - isto é, do elevador - da Mina A no feriado de 15 de novembro brecou geral.
Frustrados com o impasse nas recontratações, os mineiros ocuparam o pátio do escritório no bairro Próspera em dezembro.
Tonéis de combustível mantiveram a polícia à distância e a queima de quatro veículos em dias alternados foi pro Jornal Nacional.
A intervenção do governador Vílson Kleinubing finalmente serenou os ânimos sacramentando um acordo de paz às vésperas do Natal.
Ouça o documentário produzido pelo jornalista Nei Manique: