A recuperação de áreas degradadas pela mineração de carvão ganhou destaque internacional com a participação de dois técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) em uma missão nos Estados Unidos. A engenheira agrônoma Ana Paula Trevisan e o engenheiro civil e de minas César Bussolo, da Coordenadoria Regional de Criciúma, estão na Pensilvânia desde segunda-feira (15) até está quinta-feira(18) para conhecer práticas adotadas no estado norte-americano, em ação promovida pela Associação Brasileira de Carbono Sustentável (ABCS).
Segundo Ana Paula Trevisan, o objetivo da missão é conhecer de perto as soluções já implementadas na região norte-americana, que iniciou a exploração carbonífera ainda no século XVIII. “Estamos aqui para trocar experiências, entender como eles conduzem a recuperação dessas áreas degradadas e avaliar o que pode ser aplicado em Santa Catarina. Visitamos obras de recuperação próximas a centros urbanos, estações de tratamento de drenagem ácida de mina e até mesmo uma usina de cogeração de energia a partir de rejeitos do carvão”, destacou.
Já o engenheiro César Bussolo ressaltou que, embora existam diferenças entre o carvão catarinense e o norte-americano, é possível pensar em adaptações. “O rejeito deles ainda tem potencial de geração de energia, assim como o nosso. Tecnicamente, seria possível instalar usinas específicas para esse fim em nossa região, mas isso depende de planejamento governamental e de políticas públicas consistentes. O que vimos aqui abre os olhos para novas possibilidades de aproveitamento e recuperação ambiental também no Sul de Santa Catarina”, afirmou.
Ouça a entrevista completa: