Diante da disparada do preço do gás natural, que subiu mais de 120% nos últimos cinco anos, o setor cerâmico do Sul de Santa Catarina está próximo de uma crise. O aumento do valor do insumo impacta diretamente os custos de produção, e a competitividade das indústrias catarinenses.
Conforme o diretor executivo do Sindicato das Indústrias Catarinenses (Sindiceram), Manfredo Gouvea Júnior, a alta tornou o gás natural de Santa Catarina, que era um dos mais visados do país, hoje é um dos mais caros.
>> SAIBA MAIS: “O final desse filme vai ser desagradável”, alerta Gouvea sobre cerâmica em SC
Para ele, falta um "senso de urgência" do poder público. “Se não, daqui a 15, 20 anos a gente vai ter uma retração muito importante nesse segmento, que é extremamente representativo para a economia local”, destaca, em entrevista ao Programa Adelor Lessa.
A sugestão de Manfredo é de que Santa Catarina se espelhe em outros estados, e revise os contratos de concessão. "Vários estados já enfrentaram essa discussão da revisão dos seus contratos de concessão. Santa Catarina precisa fazer o mesmo", aponta.
Ouça, na íntegra, a entrevista de Manfredo Gouvêa: