Um dos setores mais atingidos economicamente pela pandemia foi o transporte coletivo. Em Criciúma a movimentação, que em dias normais chegou a ser de 50 mil passageiros, caiu para 3 mil no retorno das atividades. Hoje o fluxo de passageiros está um pouco melhor, 13 mil passageiros dia. Como a mudança na matriz de risco para a cor amarela os coletivos poderão rodar com 80% da capacidade, e não mais com 60% como antes. "Por um lado é bom pois teremos mais passageiros em uma mesma viagem. Por outro, o problema é ter passageiros pois muitos ainda não voltaram a usar o transporte", afirma o membro da diretoria da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), Everton Trento, e que também é empresário do setor.

Em entrevista ao jornalista Dênis Luciano, no programa Agora, da rádio Som Maior, o vice prefeito de Criciúma Ricardo Fabris, falou em mudanças previstas para o transporte coletivo da cidade. "Apenas não lançamos o edital de concorrência pois entramos na pandemia. A partir do edital teremos empresas concorrentes e podemos ter as atuais também. Nosso objetivo é modernizar o sistema, mas não temos a intenção de aumentar a tarifa. Poderemos ter ônibus elétricos e como ar condicionado o que traz mais qualidade aos usuários. No primeiro ano de mandato aumentamos a tarifa uma vez para atualizar planilha e nunca mais aumentamos", afirma o vice-prefeito de Criciúma.

Já para o empresário Everton Trento a atual conjuntura torna difícil o trabalho. "Se eu pudesse vendia minha empresa. O pipoqueiro da esquina tem mais lucro que nós. Um ônibus custa caro e fica difícil manter. Olha pode até abrir licitação, mas não sei se vai aparecer empresa não. Trabalhar no limite ninguém quer."

O contrato da prefeitura de Criciúma com o consórcio que opera o sistema está vencido há cerca de 10 anos.