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Ambulatório de Atenção à Saúde da Pessoa com Fibromialgia é realidade em Criciúma

Considerada um transtorno invisível, doença acomete mais de cinco mil pessoas na região
Por Redação Criciúma, SC, 12/08/2020 - 19:10 Atualizado em 13/08/2020 - 07:38
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Dias e noites de dor, uma rotina que Cristina Valério se recusou a acostumar-se. Ela sofre, há anos, de fibromialgia, e atua na Anfibro (Associação Nacional de Fibromialgia) na busca de levar conforto a outros indivíduos acometidos. A síndrome, que atinge principalmente as mulheres, também traz consigo o cansaço, a ansiedade e por muitas vezes a depressão, aspectos descritos por ela como insuportáveis, sintomas que agora, terão na Unesc, um suporte para o tratamento. Foi assinado nesta terça-feira, 12, a parceria entre Prefeitura de Criciúma e Unesc para a concretização do Ambulatório de Atenção à Saúde da Pessoa com Fibromialgia.

“É uma dor invisível, intensa, e que por muitas vezes nem nós conseguimos identificar de onde vem. Já ouvi que não teria tratamento disponível para mim, fui encaminhada para um psiquiatra, e posteriormente internada com depressão”, conta Rosimar emocionada, que fez questão de estar na Unesc para celebrar a assinatura.  

O serviço, único no Sul catarinense e que passa a atuar em setembro, será oferecido dentro do CER (Centro Especializado em Reabilitação), e poderá usufruir da estrutura e expertise da Unesc em todas as etapas do tratamento - Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e outras áreas. “Ouvir as pessoas acometidas por este transtorno nos convoca a tomar decisões que permitam ofertar este serviço, e cumprir algo de significado tão grande. Além de ofertar, estaremos inserindo nossos estudantes, futuros médicos, neste processo, garantindo assim profissionais que conheçam e estejam preparados para garantir este atendimento na nossa região, e por onde forem. Esta é, em sua essência, a prática do bem, significativa para a vida das pessoas e que poderá trazer conforto para aqueles acometidos deste mal”, enaltece Luciane. 

O protocolo de intenções foi assinado pela reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta; pelo prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, e pelo vereador criador da proposta, Tita Belolli. 

Invisibilidade e incertezas marcam a fibromialgia

O relato trazido por Cristina é uma rotina compartilhada por mais de cinco mil pessoas em Criciúma e região. Ser tão comum, e ao mesmo tempo invisível, foi o que levou Rosimar da Silva a procurar o vereador de Criciúma e presidente da Câmara, Tita Belolli, como um último pedido de ajuda. “As pessoas não veem esta doença. Nós, quem fomos acometidos, sofremos muito, principalmente nas crises de dor. Na região, quando precisamos de um médico temos dificuldade. E se encontramos não é acessível”, conta. “O tratamento é contínuo, para toda a vida. Então ter na Unesc este espaço, com o serviço completo, é emocionante. Algo que sempre sonhamos se torna realidade”, completa.

A aceitação da proposta levada ao legislativo por Belolli foi unânime. O vereador relata que não demorou para se situar sobre o assunto e compartilhar com os colegas da Câmara, com a esperança de dar uma maior qualidade de vida aos fibromiálgicos. “Recebemos a Rosimar para falar sobre esse assunto. Sua procura foi para um projeto de lei, com alguns benefícios. Mas então questionamos sobre a realidade na nossa região. Seu relato foi impactante, e que o tratamento seria muito raro no Brasil. Logo, como primeiro ato, foi procurar a Universidade para propor este serviço em nome da sociedade”, afirma. 

A implantação do Ambulatório, assim como o CER, será em conjunto com a Prefeitura Municipal de Criciúma. Para ter acesso à estrutura e ao tratamento na Unesc, o paciente deve apresentar um laudo técnico. “Após este processo o paciente será encaminhado para a Universidade, onde encontrará uma equipe multiprofissional capacitada para atendê-lo nas mais diversas especialidades, e uma estrutura capaz de ofertar um tratamento de alta qualidade”, destaca a coordenadora do CER e uma das responsáveis pelo projeto do Ambulatório, Mágada Tessmann.

Em muitas situações, a porta de entrada será os hospitais de Criciúma e as UBS (Unidades Básicas de Saúde). “Esta é uma parceria que fará bem às pessoas, uma iniciativa extraordinária. É com muita alegria que entregamos este projeto”, frisa o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. 

Também estiveram presentes o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, a pró-reitora Acadêmica, Indianara Reynaud Toreti, e outras lideranças municipais e da Universidade.

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