A Praça Nereu Ramos será um ambiente de conscientização e acolhimento neste sábado (07), das 9h às 17h. Com foco na violência patrimonial contra a mulher, a ação é uma iniciativa dos acadêmicos do curso de Direito da Esucri e conta com o apoio do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
O objetivo da atividade é trazer visibilidade e promover a conscientização sobre uma forma de agressão silenciosa e ainda pouco reconhecida: a violência patrimonial. “Essa modalidade ocorre quando o agressor controla ou retém os bens, salários, documentos ou recursos financeiros da mulher, tirando dela sua autonomia e capacidade de decisão”, explica Mayara Pereira da Silva, estagiária da Procuradoria Geral do Estado. “Nosso projeto nasce com a urgência de dar visibilidade a esse tema e mostrar para essas mulheres que existe uma rede de apoio e caminhos para recomeçar”, complementa.
A iniciativa faz parte de um projeto de extensão universitária, desenvolvido a cada semestre, e, desta vez, foi abraçada também pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica (Navit Sul), coordenado pelo promotor de Justiça Samuel Dal Farra Naspolini, da 12ª Promotoria de Justiça. “É muito comum que mulheres, para se verem livres de seus agressores, abram mão de seus direitos patrimoniais. Isso é injusto. É fundamental que elas possuam meios de reconstituir suas vidas. A proteção patrimonial e a reinserção no mercado de trabalho são etapas essenciais nesse processo”, destacou o promotor.
Durante todo o dia, a população poderá buscar orientação jurídica, informações sobre os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha e conhecer os caminhos para buscar apoio.
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