O fato político inegável da semana é a filiação do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, ex-Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), para o Partido Social Democrático (PSD), após 20 anos.
Um partido, o PSDB, que Clésio ajudou a tornar forte em Santa Catarina, mas que também não conseguiu evitar a derrocada em nível nacional.
Em Criciúma, Salvaro manteve a sua liderança, com uma votação sempre impressionante, mas se preparando para um novo projeto eleitoral, em que ele vai ter que emprestar o seu prestígio para outro candidato, ele não quis continuar fazendo parte da derrocada do PSDB.
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Houve uma composição estadual para mostrar o PSD como uma alternativa em Santa Catarina. Foi muito importante para o partido a aquisição de Salvaro, porque a sigla já tem João Rodrigues, prefeito de Chapecó, como um nome com uma boa estadualização, além de Topázio Neto, que herdou o cargo de prefeito de Florianópolis de Gean Loureiro.
O PSD vai se recolocando num momento em que parecia que o único lugar para aonde lideranças se moveriam seria o Partido Liberal (PL) de Jorginho Mello, pelo fator Jair Bolsonaro. A filiação de Clésio Salvaro aponta para a política de Santa Catarina que o PSD é o partido que pode ser alternativa a Jorginho Mello e às esquerdas em uma disputa de poder em 2026.
O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) não está conseguindo atrair lideranças desse porte, nem o Progressistas (PP). Então, o PSD se reposiciona.