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Argel Fucks nunca foi o nome preferido de Dal Farra. Winck na lista dos possíveis

Por Marco Búrigo 09/05/2018 - 22:02 Atualizado em 09/05/2018 - 22:10

O lado fraco da corda...

Infelizmente esse é o mundo do futebol. O técnico é sempre o lado mais fraco da corda. É mais fácil demitir o treinador, do que dispensar uma dezena de jogadores e saber remontar um elenco mal planejado. E foi assim o fim da terceira passagem de Argel Fucks no Tigre. Ele pagou o preço de uma equipe montada sem investimento. Mas ao mesmo tempo Argel cometeu inúmeros erros, afinal não teria sete derrotas à toa. Teve a teimosia no esquema 4-1-4-1, que mais parecia um 4-3-3, falido. Não conseguiu, mesmo com toda limitação, fazer o time ser minimamente organizado. Teve também as entrevistas infelizes jogando o torcedor contra a direção. Tudo isso contribuiu para a demissão. O Criciúma Esporte Clube é uma empresa e por mais que ela cometa erros, existe uma hierarquia.

Argel teve um aproveitamento de 40% na terceira passagem pelo Tigre (Foto: Caio Marcelo)

Incoerência

As incoerências de Argel começaram logo que os primeiros maus resultados apareceram. Antes, na hora de acertar o contrato com o Tigre, Argel prometeu mundos e fundos. Disse que “jogaria o jogo” da direção. Mas logo pediu reforços, ganhou e, não satisfeito, continuou enfatizando a fraqueza do elenco. Parecia o dono do clube. A grande verdade é que Argel sempre foi assim. Expansivo. Se intrometeu em todos os departamentos. E dependendo da maneira que isso é feito, pode acabar causando atrito com os demais componentes da direção. Argel nunca foi o nome preferido de Dal Farra e isso também pesou.

Discurso contraditório

Após a derrota em Campinas, Argel Fucks defendeu veementemente o esquema tático. E logo depois o superintendente, Robson Izidro, disse que cobraria uma mudança de esquema do treinador. Convenhamos, nem na várzea isso é visto. Erro de Izidro em ter exposto um sentimento de torcedor. E pura teimosia de Argel em não admitir a inoperância do time. A forma que a equipe estava sendo armada não vinha dando certo.

Robson Izidro cobrou mudanças de esquema em entrevista ainda em Campinas (Foto: Denis Luciano)

Aproveitamento pífio

Argel teve um aproveitamento de 40%. Foram as cinco vitórias do famigerado Campeonato Catarinense e só. Teve também dois empates no Estadual. As cinco derrotas da Série B, somadas as duas do Catarinão, culminaram com a saída. É incrível como o presidente Jaime Dal Farra não aprende com os erros. Em meio a tantos equívocos, o Tigre irá para o quarto comandante técnico na temporada. Primeiro foi o Lisca, depois Grizzo, de maneira interina, e por último Argel. Boa sorte ao próximo. Vai precisar.

Faltam 45 pontos

Faltam 33 rodadas para acabar a Série B e o Tigre necessita de 15 vitórias para não cair. É a triste realidade no Majestoso. Para sair dessa situação somente com um trabalho competente, que passa pela contratação de um bom treinador e por um departamento de futebol que saiba achar as peças necessárias. Não adianta demitir todo mundo agora. É preciso ter serenidade, mesmo que pareça improvável alcança-la no momento.

Menos gritaria, mais estratégia

Se o Criciúma acertar com um treinador de perfil motivador irá cometer mais um equívoco. O momento pede um treinador sereno, experiente, estrategista, mas que também saiba da necessidade de o time voltar a vencer logo. Lembrando que dos próximos três jogos, dois serão fora de casa. E um deles é o clássico contra o Avaí. É mole!?

Destaque A Tribuna

Parte da torcida contestou a demissão de Argel Fucks, afirmando que o treinador foi mais um injustiçado. Discordo completamente desse raciocínio. Injustiça foi o que fizeram com Gelson Silva, em 2007, Caio Júnior, em 2014 e com Luiz Carlos Winck, em 2017. Por sinal, Winck é o nome preferido do Tigre. Será que vão conseguir persuadir o treinador? Conversei com o técnico ainda no final do ano passado e ele se mostrou bastante magoado com a direção da época. A bronca era com Edson Gaúcho. Hoje a situação pode ser outra.

Winck está atualmente no Caxias (Foto: Criciúma)

Nota Zero

Levantamento feito pelo jornalista Érick Behenk mostra que o Criciúma nunca escapou de um rebaixamento quando teve cinco derrotas seguidas. A última experiência parecida foi em 2014, quando estava na elite do futebol brasileiro. Além de ter feito o pior começo da história numa competição, seja de nível estadual ou nacional, o Tigre terá que quebrar a escrita que aponta uma grande chance de queda para a Terceira Divisão. Acorda, Tigre!!

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