Um levantamento feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), trouxe dados preocupantes sobre o aumento expressivo da população de rua no Brasil. O estudo se baseia nos dados do CadÚnico (Cadastro Único de Programas Sociais) e mostra que capital de Santa Catarina é a cidade com o maior número de pessoas em situação de rua (2.749). Já Criciúma ocupa o primeiro lugar no estado em crescimento dessa população. Conforme os dados divulgados pela pesquisa são cerca de 375 pessoas vivendo nas ruas do município, um crescimento de 175% com relação a 2021. Os números alarmantes para uma cidade desse porte, acenderam um alerta no governo municipal que tem na Secretaria de Assistência Social do Município, um dos maiores desafios da gestão. Na última semana, o prefeito Vagner Espíndola (PSD), reuniu uma equipe de trabalho composta pela secretária de Assistência Social, Dudi Sônego, o vice-prefeito, Salésio Lima, o secretário da Saúde, Deivid Freitas entre outros agentes auxiliares e foi às ruas da cidade. A ação foi divulgada nas redes sociais do prefeito e mostra uma abordagem humanizada e respeitosa, visando acolher e dar suporte aos que gostariam de ter a oportunidade de recomeçar. Durante a abordagem, 15 pessoas aceitaram a internação voluntária e foram imediatamente encaminhados aos leitos contratados pela prefeitura. “Tenham a certeza que o dia de hoje é uma transformação nessa situação aqui em Criciúma”, disse Vaguinho na publicação.
A abordagem adotada mostra que é possível tratar desse que é um problema que vem aumentando em Criciúma e que tem causado preocupação de toda ordem, sem expor, constranger nem humilhar aquelas pessoas. Um gestor público tem a obrigação de, ao ocupar uma cadeira eletiva, dar o exemplo, seja na condução administrativa, seja ao participar pessoalmente de uma ação desse tipo. Que essa ação embase a postura da nova gestão municipal. Criciúma merece.
