O vice-prefeito de Criciúma, Ricardo Fabris está fora do PSD. A formalização de sua saída correu ontem, após encontro dele com o deputado estadual, Júlio Garcia e também com o presidente municipal da sigla, Ricardo Guidi. Eleito e reeleito vice-prefeito na chapa com Clésio Salvaro para dois mandatos consecutivos, Ricardo Fabris está avaliando quais serão seus próximos passos políticos. Disse que ainda não definiu se, de fato, irá participar da eleição deste ano como candidato e, se for, vai concorrer ao cargo de vereador. Para isso, precisa definir seu novo partido até o próximo dia 5 de abril, sexta-feira que vem.

Ricardo diz que só irá se filiar a uma nova sigla se decidir ser candidato. Se não for para a disputa, vai participar como apoiador, mas não irá se filiar. Sobre isso, ele disse, ainda, que “qualquer lugar da cidade tem uma placa de inauguração de obra e meu nome ta lá, ao lado do prefeito Clésio Salvaro, isso é uma conquista. Fico muito orgulhoso”. Citando convites de vários partidos, o vice diz que não busca apenas um partido, mas sim um propósito.

Nas redes sociais, ele está se posicionando como pré-candidato a vereador. Ao ser questionado sobre isso, interrompeu a pergunta e disse:

“Não era o meu propósito. Eu me preparei esse tempo todo para ser candidato a prefeito. Se me perguntarem onde eu errei, então, eu digo que não errei em nada. Foi uma escolha, de um grande líder de Criciúma, que é o Salvaro, que fez uma escolha dele". Ricardo Fabris disse que nunca atrapalhou o governo e que isso lhe rendeu a imagem de omisso. “Não fui omisso. Foi o meu silêncio para não criar um conflito um governo que estava dando certo”.

O vice de Clésio disse que está preparando para ser oposição ao prefeito, se precisar.

“Na última conversa que tive com ele, fui muito sincero e dei sugestões e acho que uma das minhas sugestões ele atendeu, pelo que eu soube da reunião do secretariado. Absolutamente ninguém vai poder me chamar de traidor”.

- O Sr. não integra o novo projeto político de Clésio Salvaro. Isso faz com que o Sr. se sinta pouco valorizado? Isso te incomoda?

- Não. Eu imagino que o prefeito tenha uma confiança muito grande no candidato dele que é o Arleu da Silveira. A gente tem que discutir que confiança é essa. Eu fico muito tranquilo com o papel que eu fiz e do dever cumprido. Eu não estou dizendo que eu vou ser oposição ao prefeito Clésio Salvaro, eu posso estar ao lado dele, depende muito mais dele, do que de mim.

Conversa com Ricardo Guidi

"O que eu falei pro Ricardo Guidi é que ele não terá mais uma chance como essa, de uma eleição que pode ser plebiscitária porque em 2028 surgirão outras lideranças, novas lideranças, até mesmo o próprio Salvaro candidato de novo. Ele se interessou pela dívida da prefeitura, pela folha de pagamento, pela relação com os servidores e alguns projetos da cidade", destacou sobre o encontro do Guidi.

A polêmica do STU

Sobre a recente polêmica com as bandas que fariam shows no Parque Altair Guidi, Ricardo Fabris disse que em sua playlist tem músicas do rapper Criolo, epicentro da crise e que daria outro encaminhamento.

"Eu acho que toda essa situação do STU poderia ter sido um pouco mais discutida com o comando do STU. O prefeito caiu numa pegadinha porque ele não sabia da programação dos shows. Quem era o responsável por isso, devia ter comunicado o prefeito. Faltou quem tá em volta do prefeito, ter comunicado o prefeito. Ele foi avisado pela mídia. O Criolo é um sambista. Não me interessa o posicionamento político dele, não me interessa. Me interessa as músicas que ele toca". 

Ouça a entrevista completa neste link.

 

O deputado federal catarinense, Darci de Mattos (PSD), foi escolhido pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a também deputada federal catarinense, Carol de Toni (PL), para ser o relator do parecer sobre a manutenção ou não da prisão de Chiquinho Brazão. Ele foi preso no último domingo (14), durante operação da Polícia Federal, que mirou em três suspeitos de serem os mandantes da morte da vereadora Marielle Franco. O crime ocorreu em março de 2018 e, até a última semana, era cercado de muitas perguntas e poucas respostas. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal homologou o acordo de delação premiada de Ronnie Lessa, preso suspeito de ter cometido o crime e foi a partir daí que as investigações avançaram. Chiquinho Brazão é deputado federal pelo Rio de Janeiro e está preso na penitenciária de Brasília. Ele foi expulso de seu partido, o União Brasil. O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthr Lira (PP), pautou o tema na Casa, após receber ofício do STF. Darci de Mattos fará o relatório com parecer pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão.

Nesta terça-feira (26), o parlamentar foi entrevistado na rádio Som Maior e disse que pretende entregar seu relatório até meio-dia de hoje.

“Meu desejo é apresentar parecer pela manutenção da prisão do parlamentar do Rio de Janeiro. Por quê? Porque a Lei 12.850 diz que obstrução de justiça e envolvimento com crime organizado, configura delito. Foi um crime bárbaro o que aconteceu há seis anos. Foi um crime político, contra a democracia e contra a mulher”, pontuou.

Ainda conforme o relator, a votação deverá ocorrer no início da tarde desta terça-feira ou, mais tardar, na quarta-feira (27).

O professor Adriano Maragno Osellame será o novo presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma. Ele entra no lugar de Martinho Mrotskoski Neto, que, como informou Adelor Lessa mais cedo, foi convidado a sair.

Osellame é formado em Direito e professor efetivo Secretaria Municipal de Educação de Criciúma. Ele também já foi candidato a vereador na cidade, conselheiro tutelar e atuou em veículos de comunicação como comentarista esportivo.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, lança em sua sede, nesta segunda-feira (25), 19h, a campanha: "Mulher: o Voto que Muda a Política", promovida pela Secretaria da Mulher do parlamento catarinense. Na ocasião, serão homenageadas mulheres que ocupam lugar de destaque nos segmentos político, jurídico, empresarial e acadêmico. A Sessão Especial proposta foi pela coordenadora da Bancada Feminina, deputada Paulinha (Podemo). Na lista de homenageadas, está a presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) e reitora da Unesc e reitora da Unesc, Profª Luciane Ceretta.

Além de Luciane, integram a lista de homenageadas a presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Déborah Almada, a presidente do TRE/SC, Maria do Rocio Luz Santa Rita e as vereadoras das duas câmaras municipais com maior representatividade do estado (55% de mulheres), Águas Frias e Ipirá.

A deputada Paulinha explica que além de destacar o papel dessas 28 mulheres que conquistaram espaços de poder, abrindo caminho para que outras possam assumir espaços de liderança, o Parlamento quer promover, por meio da campanha que será lançada, uma agenda permanente de estímulo e participação da mulher na política catarinense. "Não é o mês de março o único momento de debate e ações. Precisamos juntos, homens e mulheres, traçar ações permanentes e efetivas para a ampliação dos espaços representativos da mulher", destaca a deputada.

Confira quem serão as homenageadas:

Luciane Bisognin Ceretta - Presidente da ACAFE

Ana Cristina Ferro Blasi -  Desembargadora TRF4 - Juíza do TRE

Marcilei Vignatti - Presidente da Federação das Câmaras de Vereadores de Santa Catarina, UVESC.

Maria do Rocio Luz Santa Rita - Desembargadora Presidente do TRE/SC

Cláudia Prudêncio - Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Santa Catarina.

Janiara Maldaner Corbetta - Juíza presidente da Associação dos Magistratura Catarinense.

Marilisa Boehm - Vice-governadora de Santa Catarina.

Marisa Luciana Schvabe - Presidente do Conselho Regional de Contabilidade

Sorilei Aparecida Thiele Dapper - Vereadora de Navegantes

Giselle Chirolli - Vereadora de Blumenau

Déborah Almada - Presidente da Associação Catarinense de Imprensa (ACI)

Joana Célia dos Passos - Vice-reitora da UFSC

Fernanda Vanhoni - Vice-Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

Zélia Terezinha de Souza - Servidora efetiva com mais tempo de atividade da ALESC

Rosália Soares - Servidora terceirizada com mais tempo de atividade da Alesc

Maria da Graça Rogério - Servidora terceirizada com mais tempo de atividade da Alesc

Zena Becker - Secretária Municipal de Turismo, Esporte e Cultura de Florianópolis

Rejane Gambin - Vice-prefeita de Joinville

Câmara de Vereadores de Águas Frias: Ediane de Carli Trevelin, Luana Basso, Simoni Ballena e Tatiane Andressa Sabino.

Câmara de Vereadores de Ipirá: Arlete Teresinha Huf, Isabel Cristina Hilgert Koch, Professora Ozaide, Janete Angeli da Mota e Bernadete Schwingel.

 

A quarta edição do campeonato de skate, STU National, que ocorreu em Criciúma, neste fim de semana foi marcada por polêmica. Após tomar conhecimento dos shows que aconteceriam no Parque Prefeito Altair Guidi, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), decidiu gravar um vídeo para dizer que se houvesse apologia às drogas ou promiscuidade durante os shows, o Gilberto, funcionário da prefeitura, estaria autorizado a cortar os cabos de energia do local. Ele se referia à banda Planet Hemp e ao rapper Criolo. Os artistas faziam parte do line-up do Urb Music Tour, festival vinculado ao calendário do STU.

O vídeo foi publicado pelo prefeito na manhã de quarta-feira (20), mas desde a terça-feira, a estrutura montada para o show começou a ser sutilmente desmontada, conforme trabalhadores do local descreveram ao blog.

Foi o início de um show de trapalhadas que deu destaque nacional à Criciúma. Incomodado com a realização das apresentações, Salvaro iniciou uma verdadeira inquisição contra quem se mostrou contrário ao seu posicionamento. Vale lembrar que os shows não eram gratuitos, ou seja, quem quisesse assisti-los, precisaria comprar ingresso. Além disso, estavam previstos para ocorrer à noite e com classificação indicativa de 18 anos. Desta forma, não havia nenhuma possibilidade de que crianças estivessem expostas ao local, como disse em seu vídeo.

A partir daí a organização do evento iniciou uma verdadeira corrida contra o tempo para viabilizar as apresentações em outro local. De quarta até sexta-feira, início da madrugada, não havia nenhuma confirmação sobre o novo local. Durante a sexta-feira, Clésio Salvaro publicou um novo vídeo, recheado de grosserias que em nada combinam com o cargo de prefeito de uma das maiores cidades do sul.

“Pra ser prefeito de uma cidade não tem que ficar cheio de mimimi, não sei, talvez, pode ser que sim, pode ser que não. Não tem espaço pra prefeito boca aberta, tem que decidir”, disse no começo da publicação.

Clésio Salvaro está em seu segundo mandato consecutivo como prefeito de Criciúma. Antes disso, já passou por outras esferas do poder público e tem uma história vencedora. Atualmente, coordena ao lado de seu secretário-geral de governo, um programa milionário e histórico de entrega de obras no município e que vai deixar seu nome marcado para sempre na história da cidade, dada a relevância e o impacto de cada obra na vida das pessoas. Também investiu no turismo, inaugurando equipamentos públicos que valorizam Criciúma. O “gestor” Clésio Salvaro em nada combina com o personagem criado para animar a torcida nas redes sociais. Um personagem, diga-se de passagem, grosseiro e atrapalhado.

O cargo de prefeito não é pessoal. Clésio Salvaro está prefeito de Criciúma e se encaminha para os últimos meses de mandato. Tem pela frente a missão de eleger seu sucessor e é com isso que ele deveria estar ocupado. A internet é sedutora e, muitas vezes, distrai seus usuários, levando-os a crer que os likes são aprovação.

Salvaro não agiu como o prefeito que é. Resvalou na tentação do lacre. Fez mau uso do poder que o cargo lhe confere. Se não foi avisado pela sua equipe sobre o teor dos shows do evento que faziam parte da etapa criciumense do STU, ao tomar ciência, poderia ser o adulto da sala e resolver como adulto, direto com a organização do evento. A tentativa de dizer que “aqui quem manda é ele”, não funcionou, já que os shows, efetivamente, aconteceram e, nos moldes do que já estava anunciado: com venda de ingressos, à noite e com classificação indicativa de idade. Não se trata de defender esse ou aquele artista, mas abrir precedente para que uma apresentação artística não ocorra caso o prefeito discorde, tem nome. Chama-se censura. As regras existiam desde o início, mas Salvaro se portou como se o evento fosse ocorrer a tarde, aberto às crianças de qualquer idade. Não era o caso.

Essa é a quarta vez que Criciúma recebe uma das etapas do STU que, inclusive, é a única cidade “do interior” a fazer parte do roteiro do campeonato. E, dessa vez, se portou mesmo como uma cidade interiorana e provinciana. No marketing político, é comum a estratégia de se inventar um inimigo comum e combate-lo. Foi o que Salvaro fez. Inventou um inimigo que era a exposição de crianças a conteúdo inadequado e, logo em seguida as salvou. Só que as crianças nunca estiveram expostas a nada, neste caso.

Os shows foram realizados na casa de eventos Flor de Lis, em Criciúma e estavam lotados. Em sua apresentação, Criolo, que estava vestido de “Gilberto”, disse que onde quer que vá, pelos quatro cantos do país, não vai deixar que falem mal de Criciúma. Que cada um está lutando pelo que acredita, que está aberto ao diálogo, mas que “eles”, não. “Tem que ter maturidade, não pode misturar as coisas”, disse.

No intervalo entre as músicas, o público levantava um cumprimento pouco gentil, ao prefeito de Criciúma.

Por falar em Gilberto, o eletricista que saiu de casa anônimo na quarta-feira pela manhã, voltou famoso e, por onde passou, posou para fotos, deu autógrafos e entrevistas. Ele foi a salvação de um enredo triste de uma cidade que tanto se orgulha de seus feitos, mas se comportou como interiorana diante de um evento que projeta Criciúma para o Brasil todo. Na manhã deste domingo, durante a transmissão da final do campeonato, os telespectadores puderam ver em primeiro plano, faixas de protestos. “Contra a censura. Pela cultura”, dizia uma delas.

A gente podia ter dormido sem essa.

 

A cúpula estadual do PL, liderada pelo presidente do partido, governador Jorginho Mello, aterrissou em Tubarão nesta quinta-feira (22) para o evento regional de filiação. O encontro contou com a presença expressiva dos peelistas - cerca de duas mil pessoas - ocorreu na casa de eventos, Hangar e foi uma espécie de lançamento extraoficial da pré-candidatura do deputado estadual, Estener Soratto, a prefeito. Além de Jorginho, os deputados estaduais, Jessé Lopes e Ana Campagnolo e, os federais, Júlia Zanatta e Jorge Goeten foram até a Cidade Azul para o ato de filiação do partido. O senador Jorge Seif, anunciado como uma das autoridades que estariam presentes, não compareceu. Em seu discurso, Jorginho citou realizações um ano e três meses após assumir o governo, falou sobre o Universidade Gratuita, anunciou que em abril vai lançar um programa de dragagem do Rio Itajaí e projetou as eleições municipais: “Nós vamos eleger um grande número de prefeitos, vice-prefeitos e Vereadores aqui no Sul. Vai ser uma grande eleição para o Partido Liberal”.

Atual vice-prefeito de Tubarão se filia ao PL

Moisés Nunes, atual vice-prefeito de Tubarão, se filiou ao PL no ato quinta-feira a convite de Soratto. Ele estava filiado ao Progressistas, partido pelo qual foi eleito ao lado de Jairo Cascaes (PSD), em agosto do ano passado, para um mandato “tampão”, após a renúncia do prefeito Joares Ponticelli e do vice, Caio Tokarski, em decorrência da operação Mensageiro.


Além dos deputados, estiveram presentes os secretários estaduais, Beto Martins (Portos e Aeroportos, João Paulo Gomes Vieira (Comunicação).

Gilberto Nascimento, funcionário da prefeitura de Criciúma, está no centro da discussão sobre o evento de skate STU, que vai ocorrer neste fim de semana, em Criciúma. Tudo por conta de um vídeo publicado pelo prefeito Clesio Salvaro, na manhã desta quarta-feira (20). Na publicação, Salvaro afirma que se durante os shows programados houver apologia às drogas ou que fira os valores da família de bem, Gilberto (o herói do final de semana) está autorizado a cortar a energia, mesmo que isso implique a falta de energia para todo o evento. Ele se refere aos shows da banda Planet Hemp e do cantor Criolo que fazem parte da programação do festival.

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Criolo esteve no centro de uma (das muitas) crises de Salvaro, quando um professor de Artes, de uma escola municipal de Criciúma, foi demitido por exibir aos seus alunos, o clipe da música “Etérea” com temática LGBTQIA+, de autoria do artista.  À época, o prefeito disse “essa viadagem aqui, não”. O cantor soube da repercussão do fato e chegou a se manifestar publicamente sobre o assunto, repudiando a atitude do prefeito.

Essa é a terceira vez que Criciúma sedia uma das etapas do campeonato de skate que já colocou Criciúma no mapa nacional do esporte. A repercussão do anúncio feito por Salvaro foi negativo. Nas redes sociais, os internautas apontam que comentários na publicação do prefeito estão sendo apagados.

E pensar que o Gilberto só queria ter uma quarta-feira em paz.

Ingressos para o STU, aqui.

17 dias. Esse é o tempo que os interessados em concorrer às eleições deste ano, têm, para se filiar ou mudar de partido. Esse é, também, o prazo que Ricardo Guidi tem para migrar para o PL se quiser se candidatar a prefeito de Criciúma. A agenda do deputado federal e Secretário de Meio Ambiente do Jorginho, em Criciúma, nesta segunda-feira (18), ao lado do governador, teve cara de pré-campanha. Ricardo Guidi esteve em todos os compromissos de Jorginho em Criciúma, já que a função que ocupa no governo lhe dá uma vantagem interessante nessas horas: a de acompanhar o big boss e colher os frutos dessa exposição. Na Acic, ele esteve com o governador na reunião que contou com a presença de empresários da cidade, interessados nos encaminhamentos da eleição. No Cedup, falou para um público diferente do que está acostumado. Na AM, Ricardo Guidi falou para mais de 3 mil alunos, num evento histórico, que teve como anfitriã a reitora da Unesc e presidente da Acafe, Luciane Ceretta.

O discurso dele ontem, contrastou com a reunião de duas semanas antes, quando, no mesmo palco, a história política de Criciúma (e de Santa Catarina) ganhou um capítulo que certamente levará tempo para ser esquecido (e digerido). Foi no mesmo palanque que Ricardo Guidi se lançou candidato a prefeito de Criciúma, antes mesmo do anfitrião fazer isso, já que o evento seria o de lançamento da pré-candidatura de Arleu da Silveira. Se naquela noite o clima pesou, dessa vez, Ricardo estava animado e agradecido pela oportunidade. Jorginho, por sua vez, citou o deputado ao falar do Universidade Gratuita e disse que quando o projeto era só uma ideia, tinha conversas com Ricardo em Brasília sobre ao assunto. Citar o deputado nessa pauta que, todos sabem, é do próprio Jorginho, da a entender que o governador fez um gesto para tentar jogar luz naquele que pode vir a ser seu candidato a prefeito em Criciúma. Estratégia parecida, porém, muito mais imponente, usou Clésio Salvaro quando lançou o programa Acelera Criciúma e deu para Arleu apadrinhar. 

“E aí, o Guidi vai ou não vai (pro PL)?”

A cada dez passos que o governador deu ontem em Criciúma, surgia alguém (inclusive eu), fazendo exatamente essa pergunta a ele. É a pergunta que também está nas ruas. É, também, a pergunta que Ricardo não responde e faz questão de alimentar a dúvida, assim como fez há duas semanas, sobre sua ida ao evento do seu quase ex-partido. Há quem diga que ele mantém esperanças de conseguir a vaga de candidato pelo PSD. É uma espécie de terraplanismo criciumense, já que, se isso de fato ocorrer, significa conseguir vencer uma queda de braço contra Júlio Garcia e Clésio Salvaro, juntos. Não que seja impossível, mas será que pavimentar um outro caminho não daria bem menos trabalho? Há, ainda, quem acredite que ele não será candidato por nenhum partido e vai seguir com seu mandato de deputado federal, garantido. Mas então por qual motivo vem praticando gestos públicos tão significativos ao lado de lideranças do PL?

Nesta segunda-feira, aproveitando a vinda de Jorginho Mello, dois vereadores próximos de Guidi migraram para o PL. Nícola Martins (ex-PSDB) e Juarez de Jesus (ex-PSD), justo o partido em que Ricardo Guidi ainda está. Se ele não pretende fazer a troca partidária, por qual razão dois de deus aliados de primeira hora fizeram isso, já que PSD e PL não estarão juntos na eleição municipal de Criciúma?

A resposta parece uma só: ele também vai para o PL. Depois de tantas demonstrações públicas de gentilezas com lideranças do Partido Liberal, Ricardo parece reeditar o meme que viralizou recentemente nas redes sociais. “Quando eu for pro PL não direi nada, mas haverá sinais”.

Uma das autoridades presentes no evento que lotou a AM Master Hall nesta segunda-feira (18), em Criciúma, foi o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Fáveri (MDB).

Após a cerimônia que marcou o início do circuito “Universidade Gratuita: Santa Catarina Melhor”, Fernando participou do jantar oferecido ao governador Jorginho Mello (PL) e que teve a presença do secretário adjunto de Infraestrutura, Ricardo Grando.

Na ocasião, aproveitaram para avançar nas tratativas que envolvem a retomada das obras da SC-108, que liga Cocal do Sul, Criciúma e Urussanga. Mas não teve só asfalto e concreto na conversa entre eles não. Jorginho aproveitou a oportunidade para convidar o prefeito sul-cocalense para migrar para o PL. A informação foi dada pelo próprio Fernando durante entrevista à Rádio Som Maior hoje cedo.

Questionado se Jorginho teria feito algum convite a ele, Fernando de Fáveri admitiu que sim, mas que teria sido de "brincadeira” e desconversou em seguida. Nos próximos dias ele vai se reunir novamente com Jorginho para tratar de novos detalhes na retomada da obra citada anteriormente.

E, talvez, sobre filiação também.

 

O vereador criciumense, Nícola Martins retornou ao Partido Liberal. Na semana passada, ele se desfiliou do PSDB, sigla pela qual foi eleito vereador em 2020. Nícola nunca escondeu a vontade de retornar ao partido do qual já fez parte e aproveitou a janela eleitoral para fazer a migração. 

“Volto pra casa PL com uma felicidade imensa. O acolhimento do governador e de todo o partido é o mesmo de anos atrás. Vamos construir uma grande eleição", disse o novo peelista que aproveitou a vinda do governador à Criciúma para oficializar sua filiação.

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Quem acompanhou os debates de 2022 não imaginaria essa possibilidade em 2024: o governador Jorginho Mello(PL) e o ex-governador Carlos Moisés juntos. Isso pode ocorrer em mais de 10 cidades, entre elas, Laguna, residência do ex-governador Moisés (Republicanos), onde o pré-candidato a prefeito pelo PL marcou presença num evento do Republicanos recentemente. A possibilidade causa estranheza já que não é nenhuma novidade que a relação de ambos é apenas protocolar. É que na campanha de 2022, durante um debate na cidade de Tubarão, o ex-governador Moisés chegou a chamar Jorginho de "cavalo manco", ao tentar fazer uma analogia com a demora que a coligação do atual governador para compor a chapa para a disputa. Além de Laguna, Palhoça, Itajaí, Governador Celso Ramos, Videira e Campos Novos são algumas das cidades onde Jorginho e Moisés podem dividir palanque.

Em Tubarão, candidato de Moisés muda de ideia

No começo de janeiro o ex-governador Carlos Moisés anunciou, durante entrevista à Rádio Som Maior, que não iria concorrer às eleições deste ano, para prefeito de Tubarão. Em seu lugar, ele anunciou que o atual prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi seria o candidato. À época, Agnaldo também concedeu entrevista e não negou a possibilidade, apesar de este parecer um cenário bastante improvável. Nesta sexta-feira, durante nova entrevista ao Programa Adelor Lessa, Agnaldo admitiu que não vai mudar o domicílio eleitoral para concorrer em Tubarão. Em vez disso, será candidato à reeleição em sua cidade. O factoide lançado por Moisés não durou nem dois meses.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, não vai interferir na eleição de Criciúma. Ele vinha sendo apontado como o fiel da balança na escolha entre Ricardo Guidi e Arleu da Silveira como o nome do partido na disputa pela prefeitura. Kassab enviou mensagem de texto a lideranças peessedistas em Santa Catarina e, em linhas gerais, disse: “esse problema é de vocês, resolvam entre vocês”.

Ele teria sugerido, ainda, a criação de uma comissão para tratarem do assunto que divide o PSD em Criciúma hoje e envolve a disputa dos dois nomes citados acima. Apesar da sugestão do presidente nacional, é pouco provável que isso, de fato, ocorra, já que o nome apoiado pelos líderes estaduais é o de Arleu da Silveira. A informação de que Kassab não pretende se envolver diretamente na eleição é uma espécie de “não-notícia”.

Notícia mesmo seria ele deixar seus afazeres de Secretário de Governo e Relações Internacionais do Estado de São Paulo, para interferir numa briga partidária, numa cidade com pouco mais de 200 mil habitantes, no interior de Santa Catarina. Criciúma não é a única cidade do país que vive disputa interna de algum partido. Se abrisse esse precedente, o de precisar intervir nesse tipo de disputa, Gilberto Kassab teria de renunciar às suas funções para correr o país como mediador de crise de adultos com mais de 40 anos. Dessa forma, Arleu da Silveira fica numa situação mais confortável em seu partido, já que as tão prometidas pesquisas para definição do nome do PSD, não vão mais acontecer. É decisão tomada. Por outro lado, Ricardo Guidi vai precisar relembrar a atitude que teve no evento do PSD em Criciúma e ter coragem para embarcar de vez num projeto em outra sigla. E, se você me lê por aqui com frequência, já sabe de qual partido estou falando.

E, para quem perguntar:
- Tá, Maga, mas e a visita que o governador Jorginho Mello fez ao Kassab, na semana passada, para tratar da liberação de Ricardo Guidi?

Aquilo foi cena para inglês ver, um movimento para “consumo externo” mas sem nenhuma definição prática, um gesto público para dizer o quanto Jorginho gostaria de ter Ricardo como seu candidato em Criciúma. Se o PL fosse usar uma trilha sonora no convite a Guidi, seria uma música da Rita Lee. “Agora só falta você”.

 

O Podemos de Santa Catarina está sob nova direção. A deputada estadual, Ana Paula da Silva, a Paulinha, agora é quem comanda a sigla no estado, encaminhamento feito pela presidente nacional, deputada federal Renata Abreu. A mudança na presidência vislumbra as eleições de 2026 que terá a parlamentar como candidata a deputada federal. Paulinha conhece o caminho de Brasília e tem bom trânsito por lá. Após se eleger e se reeleger deputada estadual, ela considera que chegou a hora de alçar um vôo mais alto. Na última eleição, o Podemos não elegeu nenhum federal, embora tenha garantido a cadeira para três parlamentares na Alesc: a própria Paulinha, Lucas Neves e Camilo Martins. Esse último, ocupou até ontem a presidência do partido, mas, apesar da pequena bancada na Assembleia, faltava alinhamento entre eles no que se refere ao destino da sigla. Me refiro a quem o Podemos se aliaria, entre PSD e PL, para 2026. No fim do ano passado, Paulinha não escondeu sua aproximação com o PSD, de don Júlio e havia a expectativa de que ela trocaria de partido, migrando para o ninho peessedista. As evidências não se confirmaram e o desenho político que projeta 2026 ganhou uma pequena alteração. Após assumir o partido, o primeiro compromisso público de Paulinha foi o evento do PSD em Balneário Camboriú, que lançou Juliana Pavan pré-candidata a prefeita, a mostrar que a deputada pode até não estar no PSD de Eron, mas continua alinhada aos peessedistas.

Paulinha destacou, ainda, que “um partido político sobrevive de fundo partidário, que é contabilizado pelo numero de deputados federais. Para a Renata Abreu foi frustrante não eleger nenhum federal e isso foi muito mais um erro estratégico de montagem de nominata do que outra coisa”.

Ouça a entrevista completa aqui.

 

O uso da inteligência artificial, as redes sociais na comunicação política, os desafios das cidades catarinenses, entre outros assuntos, estão na pauta do encontro de vereadores e servidores das Câmaras Municipais, promovido pela Uvesc e marcado para esta quarta-feira (13), em Florianópolis. O evento, que vai ocorrer na Assembleia Legislativa do Estado conta ainda com a presença de quatro ex-governadores e uma ampla programação com palestras, mesas e painéis para discussão das pautas de interesse dos municípios. 

A abertura oficial está marcada para às 9h de quarta-feira, 13, e terá no palco uma mesa de debate sobre os desafios das cidades catarinenses no contexto do desenvolvimento econômico e social. Participam os ex-governadores: Eduardo Pinho Moreira, Carlos Moisés, Paulo Afonso Vieira e Raimundo Colombo. Ainda na quarta-feira, o evento traz palestrantes e autoridades para falar de Agricultura, Mobilidade Urbana, Segurança Pública, Saneamento Básico e Mobilidade. Na quinta-feira,14, o evento traz o prefeito da Capital, Topázio Neto, para falar de comunicação com o cidadão. Um painel sobre rede social em tempo de Inteligência Artificial, bem como palestras sobre Inovação, Desburocratização e o cenário catarinense nos municípios fecham a agenda do segundo dia de encontro. Para aprofundar as pautas de participação feminina no cenário político e a implementação da nova lei de licitações nas Câmaras de Vereadores, o evento será palco na sexta-feira, 15, de duas oficinas.

A programação completa está disponível no site: www.uvesc.org.br. As inscrições ainda podem ser realizadas no mesmo endereço.

O governador Jorginho Mello (PL) almoçou nesta segunda-feira (11) com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. A refeição/reunião ocorreu em São Paulo, para tratar da possível saída de Ricardo Guidi das fileiras pessedistas. Segundo fontes ligadas a Jorginho, o encontro foi “muito produtivo”. O significado disso, ao menos por enquanto, fica no suspense.

O Republicanos filiou a vereadora Deise Daiana, em Laguna, neste fim de semana. O ato de filiação também serviu para oficializar o nome da lagunense como pré-candidata a prefeita. Ela migrou do MDB para o partido do ex-governador Carlos Moisés, seu principal cabo eleitoral no município.

Deise alcançou notoriedade recentemente quando foi relatora da CPI que investiga a aquisição de kits de saúde pela atual gestão municipal. Em seu discurso, Moisés disse que a terra de Anita Garibaldi nunca teve uma mulher como governante.

“Apresentamos agora essa opção aos lagunenses. O Republicanos escolheu essa mulher excepcional para liderar e cuidar de Laguna, assim como fizemos com grandes ações por esta cidade quando governamos o Estado de Santa Catarina.”

Preto Crippa no ato do Republicanos

Chamou atenção a presença, no evento, do presidente do PL em Laguna e pré-candidato a prefeito, Preto Crippa. Recentemente, Preto e Moisés chegaram a trocar farpas publicamente durante entrevista a Rádio Som Maior.

Mas, neste domingo Preto, deixou as rusgas de lado e compareceu ao ato de filiação de Deise ao Republicanos, a mostrar que a oposição ao atual prefeito está disposta a unir forças.

O ex-prefeito de Criciúma, o emedebista Paulo Meller segue ativo na política. Embora com alguma discrição, ele segue participando da articulação do seu partido. No fim do mês de fevereiro, por exemplo, Paulo foi eleito tesoureiro na nova executiva estadual do MDB/SC. No fim de semana, ele recebeu em sua residência o pré-candidato a vereador, Marcos Machado que foi até ele buscar apoio e se aconselhar. Marcos disse que, durante a conversa, Paulo Meller fez um retrospecto histórico da trajetória do grupo que levou o MDB do Sul ao comando do partido no estado e ao próprio governo, de como construíram e organizaram o MDB de Criciúma e, depois, dos erros e das pessoas que fizeram o MDB chegar onde chegou. 

"Disse que vê com bons olhos a minha candidatura, que política não é pra amador. Aconselhou a seguir trabalhando com humildade, falou MUITO, muito em lealdade e lembrou a célebre frase do LHS de que “política não dá saltos”, finalizou Marcos. 



 

A vontade de sair do partido era tamanha que o vereador não esperou nem até a tarde do primeiro dia da janela partidária para troca de partido, que começa nesta quinta-feira, dia 7 de março e vai até 5 de abril. É o prazo que os interessados em concorrer às eleições deste ano e que estão em seu último ano de mandato, tem para trocar de sigla. 

Foi o caso do vereador criciumense, Nícola Martins, eleito em 2020 pelo PSDB. Hoje cedo ele protocolou junto ao partido tucano a sua desfiliação e já encaminhou a carta à Justiça Eleitoral. Na próxima segunda-feira, já participará da sessão da Câmara de Vereadores como vereador sem partido. Ele apenas aguarda a data da reunião com o governador Jorginho Mello para confirmar sua filiação ao PL. Nícola atuou como assessor parlamentar de Jorginho de 2016 a 2018 e tem relação próxima com o governador e seus familiares.

Sobre sua saída, ele foi sucinto:

“Agradeço ao PSDB o período em que estive no partido e com as mudanças que aconteceram em Criciúma, sigo meu caminho também”.

Era emoção que você queria no evento do PSD em Criciúma? Então puxa a cadeira e pega um cafezinho: trago notícias do encontro que reuniu uma pequena multidão na noite desta quarta-feira (6), em Criciúma. A cúpula do PSD aterrissou em terras carvoeiras e não foi à toa. Eron Giordani (presidente estadual da sigla), Júlio Garcia (JG), Topázio Neto (prefeito tiktoker), João Rodrigues (prefeito de Chapecó e amigo do Bolsonaro), entre outras lideranças estaduais do partido. Eles vieram até aqui para lançar Arleu da Silveira pré-candidato a prefeito de Criciúma, num megaevento, conforme prometido. O público presente impressionou pelo número e pelo barulho.

A chegada de Arleu

Arleu chegou animado, com charanga e tudo, e ficou aguardando no fundo da plateia, até o seu momento de subir ao palanque para ser aclamado. Antes disso, foram chamados ao palco um bom número de peessedistas e, além dos já citados acima, subiram vereadores, prefeitos e vices.

A chegada de Ricardo

O deputado federal Ricardo Guidi mudou de ideia e decidiu ir ao evento. Se foi fruto da repercussão da informação de que ele não pretendia sair de Floripa para vir ao evento ou se foi convencido de que ir seria a melhor estratégia, não se sabe. O fato é que ele marcou presença no encontro peessedista. Ele foi o último a chegar, acompanhado da esposa, Catherine Guidi. Assim que o cerimonialista recebeu a informação de que ele já estava no local, seu nome foi anunciado. Enquanto se dirigia ao palco, ouviu vaias de um pequeno grupo. Ricardo recebeu o microfone assim que alcançou o último degrau da escada e foi um dos primeiros a falar, causando surpresa na plateia.

Em seu discurso, Ricardo relembrou parte de sua trajetória no partido, retribuiu o gesto de Júlio ao agradecer o apoio que sempre recebeu da sigla e finalizou dizendo: “Por todos esses motivos, reafirmo e assumo junto com todos vocês e com o nosso partido mais esse desafio e me coloco à disposição como pré-candidato a prefeito de Criciúma”. A fala foi seguida de aplausos.

Os discursos mais esperados da noite eram o Ricardo e o de Arleu da Silveira, o candidato do Clésio. E do Júlio. Arleu fez um discurso curto, citou Júlio Garcia e disse que se sente preparado para governar Criciúma. Ele também se declarou pré-candidato a prefeito da cidade. 

Clésio Salvaro declarou apoio a Arleu

“Vou estar no palanque daquele que busca apoio dentro da sua casa, dentro do 55, não fora dela, aquele que conhece a cidade, aquele que vive a cidade, aquele que governa comigo há quase 3 mandatos, aquele que não vai na Agronômica pedir apoio”, alfinetando Ricardo que tem o apoio do governador, que reside na Agronômica.

Climão

O evento deixou a impressão de que a presença de Ricardo Guidi ali, no ato que seria o lançamento da candidatura de Arleu, provocou reação maior do que o PSD pudesse prever. A ida do deputado federal, embalado pela sensação de estar perdendo seu espaço no partido, mostrou um Ricardo Guidi diferente do habitual. Sem meias palavras, “brigou” pela vaga e deixou isso registrado na história do evento. Ao ser vaiado, enquanto subia a escada, reagiu com firmeza e disse que “aquela não era atitude de verdadeiros peessedistas”. A vaia cessou. Ao dizer que o partido sempre foi uma “família”, foi aplaudido.

Esse recorte de cena, agora, faz parte do roteiro de uma noite que foi desenhada para ter um desfecho um pouco menos ruidoso. Arleu é o candidato apoiado pelas principais lideranças do PSD, mobilizou um bom numero de apoiadores, fez barulho, demonstrou vontade de ocupar a vaga de candidato. Ricardo é o candidato a candidato. Mas não saiu do jogo, não jogou a toalha e não parece disposto a sair do partido sem quebrar os pratos, se precisar. Prova disso, foi sua chegada no encontro. Ele chegou minutos antes, aguardou no carro com a esposa até que todos se acomodassem e só então, entrou no local. Entrou acompanhado de apoiadores e também teve charanga e faixas de apoio.

Saldo

Agora, o PSD tem, além de um megaevento em Criciúma, um climão servido à francesa, detalhes pra ajustar e dois pré-candidatos a prefeito. Mas, se tem uma coisa que o PSD vai fazer com essa última informação é dizer: “melhor ter dois do que não ter nenhum”.

Ainda não temos como saber se Ricardo Guidi irá ou não no ato de filiação de Arleu da Silveira, na noite desta quarta-feira (6), em Criciúma. A ida ou não do deputado federal e secretário de Meio Ambiente de Santa Catarina ao evento de seu (ainda) partido, o PSD, é uma incógnita. Mas uma coisa ficou evidente na entrevista com júlio Garcia, desta manhã, na Rádio Som Maior. Ele é padrinho político de Ricardo e falou sobre o encontro de hoje e sobre a possibilidade de ida ou não de seu afilhado político ao ato.

Júlio, elegantemente, como é praxe, estendeu o tapete peessedista ao colega de partido, citou as conquistas de Ricardo Guidi e falou em lealdade. Mas nas entrelinhas, havia uma mensagem muito clara. A liderança do PSD usou a boa memória para “cobrar” a fatura das duas vitórias de Ricardo quando foi candidato a deputado federal pelo partido.

Ao ser questionado se acredita que Ricardo estará presente no evento desta quarta, Júlio disse que tem certeza que ele irá. Em seguida, ele foi perguntado sobre como ficaria a relação entre eles, caso Ricardo opte por sair do partido e migrar para o PL. Foi aí que Júlio desfiou o rosário e enumerou todas as vezes que seu pupilo foi amparado pelo partido.

Numa espécie de "detalhamento de fatura", Júlio citou as duas reeleições de Ricardo Guidi e relembrou que ele só conseguiu garantir seu primeiro mandato após a articulação da cúpula catarinense da sigla. É que naquela eleição, uma decisão do TER/SC recalculou os votos, e em decisão liminar, a vaga ficaria com Ana Paula Lima/PT - decisão que foi derrubada na Justiça, mantendo o mandato do deputado federal de Criciúma.  Júlio Garcia disse que a vaga ficou com Ricardo Guidi porque o partido contratou os melhores advogados para tratar do assunto.

"O Ricardo tem uma história no PSD. Qual é a razão do Ricardo sair do partido? Não há nenhuma razão. No partido ele é prestigiado, ele é membro da executiva estadual, ele é presidente do partido em Criciúma, e é supervisor do partido no sul. Não tenho como acreditar que ele vá deixar toda uma estrutura partidária dessa que está a serviço de sua reeleição de deputado federal, para um outro projeto. Acho que essa relação vai fazer com que o Ricardo permaneça no partido", pontuou.

Todo esse imbróglio tem relação direta com a disputa pela vaga de candidato a prefeito de Criciúma pelo PSD. Ricardo e Arleu estão dispostos a brigar pela vaga. Arleu conta com dois cabos eleitorais de peso, que são Júlio e Salvaro. Ricardo Guidi tem convite para ir para o PL e ter como cabo eleitoral, Jorginho Mello.

O evento desta noite será um bom termômetro para sabermos até que ponto ambos estão dispostos a lutar.

Ouça a entrevista completa com Júlio Garcia neste link.