A desembargadora Cinthia Schaeffer autorizou a devolução de boa parte dos equipamentos eletrônicos e dos valores apreendidos dos denunciados nas duas fases da operação Caronte. A exceção é um aparelho HD externo pertencente a Guilherme Mendonça e um notebook que pertence a Aldinei Potelecki.
Veja o que diz a decisão:

Blog Maga Stopassoli
O Governo do Estado anunciou nesta terça-feira (3), a revogação de parcerias firmadas pelo Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC), no âmbito dos serviços de telessaúde. A decisão ocorre cinco dias após a recomendação feita pelo Ministério Público de Santa Catarina para que os acordos firmados entre o CIASC e a Integra Saúde Digital Telemedicina Ltda fossem revogados. O MP argumentou que, nos casos em que há competitividade no mercado sobre o objeto a ser contratado, não é recomendado que se busque a modalidade de chamamento público e acordo de parceria, como decisão estratégica, por ser restritiva do ponto de vista da gestão pública. "Há outras empresas no mercado que dispõem da solução que foi objeto da parceria acordada com a Integra Saúde Digital Telemedicina, por isso a necessidade do processo licitatório", pontuaram os representantes do MP.
Entenda o caso
No dia 6 de novembro, uma matéria do site O Globo apontou que a Secretaria da Saúde de Santa Catarina havia firmado parceira, através da CIASC, com uma empresa de serviços de telemedicina, sem licitação. A intenção da SES seria ampliar o número de atendimentos dos serviços de saúde, dando maior celeridade ao andamento da fila de espera. Ocorre que a modalidade escolhida para firmar a parceria com a empresa em questão foi a de chamamento público, ou seja, sem licitação.
MP reconhece a legalidade, mas alerta
O Ministério Público reconhece a legalidade da modalidade aplicada pelo CIASC, que, em linhas gerais, diz que o governo pode firmar parcerias com empresas sem licitação, mas que essa regra deve ser aplicada somente nos casos em que a oferta de prestadores de serviços e/ou produtos buscados seja limitada. Ou seja, quando há concorrência na demanda em questão, a administração pública deve optar pelo modelo de licitação, quando empresas disputam entre si, ofertando o menor preço.
Houve repasse de dinheiro a empresa?
Na nota emitida hoje, o Governo ressaltou que não houve transferência de recursos financeiros a empresa citada.
Presidente do CIASC pediu demissão
No dia 18 de novembro, poucos dias após o início da polêmica, o então presidente do CIASC, Moisés Diersmann pediu afastamento do cargo, diretamente ao governador Jorginho Mello.
Como será feita a contratação da empresa para prestar o serviço de telemedicina?
Na nota emitida hoje, o Governo informou que a Secretaria de Estado da Saúde lançará licitação, de acordo com a Lei 14.133/21, reforçando o compromisso com a transparência e os princípios de competitividade, eficiência, economicidade e indo ao encontro do esforço diário para redução do tempo de espera da população para consultas em determinadas especialidades médicas, o que, também, será seguido em relação as demais parcerias estratégicas.
O domingo foi de festa em Jaraguá do Sul, mas não foi só por conta da Schützenfest, tradicional festa de atiradores em Jaraguá do Sul, norte do estado de Santa Catarina. Depois de um período de especulação e em clima de empolgação, o governador Jorginho Mello confirmou o deputado estadual do MDB Antídio Lunelli, na Secretaria da Agricultura e disse que o deputado federal Carlos Chiodini “logo” estará no governo. As declarações ocorreram durante entrevista às rádios Jovem Pan, 105 FM e Rádio Jaraguá. Jorginho disse que Chiodini irá fazer a interlocução do governo do estado com o governo federal. O parlamentar tem bom trânsito em Brasília, e deverá ter papel fundamental na relação entre o governo estadual e a capital federal.
Chiodini estava inicialmente cotado para ocupar a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, mas, com o fim do mandato interino de Beto Martins no senado, ele volta para a função que ocupava no governo de Jorginho. Vale lembrar que o MDB já integrava o secretariado de Jorginho desde o início de seu mandato, em 2023. Desde então, a Secretaria de Infraestrutura, está sob o comando do deputado estadual Jerry Comper. A ampliação do espaço do partido no Governo do Estado faz parte das estratégias de Jorginho Mello para seu projeto político, visando a reeleição nas eleições de 2026.

A ex-mulher do homem responsável pelas explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, é apontada como autora do incêndio na casa do ex-marido, na cidade de Rio do Sul, região norte de Santa Catarina. Segundo informações repassadas por vizinhos, ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros com queimaduras graves e encaminhada ao Hospital Regional de Rio do Sul. A Polícia Civil de Santa Catarina emitiu nota sobre o assunto, assinada pelo Delegado-Geral Ulisses Gabriel, descartando a ligação com as explosões no STF.
"A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia Regional Polícia (DRP) de Rio do Sul, informa que os fatos atinentes ao incêndio ocorrido na manhã deste domingo (17) em Rio do Sul estão sendo apurados. A principal hipótese até então verificada é a de tentativa de suicídio por parte da ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como "Tiü França", e que esteve envolvido recentemente nos episódios ocorridos em frente ao Supremo Tribunal Federal. Segundo o que foi até então apurado, a mulher, de 41 anos, adquiriu produto inflamável no amanhecer de hoje (domingo) em um estabelecimento comercial da cidade. Em seguida, se deslocou até sua residência e provocou o incêndio tendo permanecido no interior do imóvel. Ela foi socorrida por um vizinho, atendida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao hospital em estado grave. Foi instaurado Inquérito Policial, que será presidido pelo Dr. Juliano Bridi, Delegado de Polícia com atuação em Rio do Sul, por não se tratar de crime federal. Importante destacar que apesar do fato registrado neste domingo em Rio do Sul envolver duas pessoas que se conheciam, a princípio não há nenhuma relação com o ato cometido pelo homem em Brasília.
Ulisses Gabriel
Delegado-Geral da Polícia Civil - Governo de Santa Catarina"
“Não vim aqui me declarar inocente, mas vim aqui deixar algumas coisas explicadas.” Foi nessa linha que o advogado criciumense, Jefferson Monteiro, um dos citados pelo Ministério Público na Operação Caronte, iniciou sua manifestação durante a sessão de julgamento desta quinta-feira, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Durante os quinze minutos a que tinha direito, ele foi enfático ao dizer que não teria vazado a operação ao prefeito Clésio Salvaro, como alegado na denúncia do Ministério Público, fato que embasou o pedido de prisão contra ele. Segundo Jefferson, ele teve acesso ao documento que mostrava o andamento do processo porque o próprio Ministério Público não classificou o documento como de sigilo máximo, o que permitiu que não apenas ele, mas também outros advogados, tivessem acesso ao documento, não configurando, portanto, um acesso ilegal às informações. Jefferson alegou que o MP teria induzido a desembargadora relatora do caso, Dra. Cinthia Schaeffer, ao erro, ao não esclarecer que ele não teria obtido o documento ilegalmente e nem teria sido informado sobre a operação.
“Eu não vazei a operação. Eu ofertei meu celular ao Gaeco e documentei isso. O que mais me impressiona é o fato de o Ministério Público ter omitido isso da desembargadora”, questionou Jefferson. Na sequência, perguntou se o Tribunal, sabendo desse detalhe, teria autorizado sua prisão. A sessão que vai julgar a denúncia do Ministério Pública contra Jefferson e outras 20 pessoas, incluindo o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, está em andamento e deverá ser concluída até o meio da tarde de hoje.

Todas as executivas municipais do partido Republicanos de Santa Catarina serão destituídas na próxima semana, dia 18. A informação é do presidente estadual da sigla, o deputado federal Jorge Goetten. Ele assumiu o comando estadual do Republicanos em junho deste ano, numa articulação feita pelo governador Jorginho Mello. Com isso, o partido que estava sob a presidência do ex-governador Carlos Moisés, passou a apoiar Jorginho. Em Criciúma, a sigla deu um "cavalo de pau" e saiu do apoio à candidatura do PSD para a oposição, tendo o advogado Jefferson Monteiro como presidente. Com a informação desta quarta-feira, a expectativa no Sul é para saber se Jefferson permanece à frente do partido ou se um outro nome poderá ser anunciado. Jorge Goetten admitiu, ainda, já ter convidado Geovânia de Sá para migrar para o partido. Neste caso, a janela de transferência é somente em 2026.
O prefeito de Forquilhinha José Carlos Gonçalves, o Neguinho (PSD) foi autorizado pela justiça a retornar ao cargo, ele estava afastado desde o dia 15 de outubro em decorrência da operação Maktub.
"A injustiça consome a gente, corrói, mas a fé em Deus e acreditando na justiça de Deus e no Judiciário. Forquilhinha em 2025 vai continuar sendo a bola da vez", disse o prefeito em aúdio enviado a coluna. Neguinho pontuou que não deixou de trabalhar durante os 28 dias em que ficou afastado e aproveitou para agradecer aos servidores públicos que estiveram ao seu lado. Mais detalhes sobre a volta de Neguinho ao cargo, no programa Ponto Final, às 18h, na rádio Som Maior.
Fernando de Fáveri (MDB), pode voltar ao cargo para concluir seu mandato em dezembro deste ano. Esse é o objetivo da defesa do prefeito de Cocal do Sul, que protocolou um pedido especial no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O prefeito foi preso em 19 de junho durante a Operação Fundrising, que investiga supostos atos ilícitos na administração pública. Ele foi liberado 29 dias depois, mas ficou impedido de reassumir a função, que desde então é ocupado pelo vice, Erik Zeferino (PL). Este é o primeiro mandato de Fernando de Fáveri, que tentou se reeleger na última eleição, mas não conseguiu. Um pedido similar, do prefeito de Forquilhinha, José Claudio Gonçalves (PSD), também está em análise no Tribunal de Justiça. Pelo histórico recente de casos parecidos em Santa Catarina, ambos devem obter o mesmo benefício concedido ao prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD) que foi liberado pela Justiça para concluir seu mandato.
O advogado criciumense, Jefferson Damin Monteiro deve fazer a própria sustentação oral na sessão de julgamento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, na próxima quinta-feira (14), quando o órgão vai julgar a denúncia do Ministério Público em decorrência da Operação Caronte. A sessão da próxima semana será presencial e os advogados de defesa dos citados na operação poderão se manifestar por 15 minutos cada um. Jefferson Monteiro deverá ir acompanhado de sua equipe de defesa mas ele mesmo fará uso do tempo previsto e fará suas alegações. Esta é uma informação de bastidor e, se se confirmar, será a primeira vez, desde que foi preso, junto de outros agentes públicos e empresários, na primeira fase da operação, deflagrada em 5 de agosto deste ano, que Jefferson vai se manifestar publicamente sobre o assunto. No início de setembro, Jefferson Monteiro chegou a divulgar uma extensa carta, através de sua equipe de defesa, em que repudiava o vídeo gravado pelo prefeito Clésio Salvaro, minutos antes de ser preso e disse qu ele sabia dos fatos (citados na ação do MP). A expectativa quanto ao que ele deve dizer em sua fala aqueceu os bastidores políticos nesta sexta-feira (8). O julgamento do dia 14 no TJ será sobre todos os envolvidos na operação. Se a denúncia do MP for aceita, todos se tornam réus na ação penal. Se não for aceita, o caso é arquivado.
A procuradora-geral do município de Criciúma, Ana Cristina Soares Flores Youssef, que ocupava a função desde janeiro de 2017, não exerce mais o cargo. A informação já consta no Diário oficial desta sexta-feira (8)
Em seu lugar, está nomeado por Clésio Salvaro, José Araújo Pinheiro Neto.
Mais informações com o comentário de Maga Stopassoli no programa Ponto Final às 18h30
ALESC APROVA NOVO MODELO DE REPASSE AOS MUNICÍPIOS
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou nesta terça-feira, 5, a Proposta de Emenda à Constituição que cria o convênio simplificado para as transferências voluntárias aos municípios. A mudança é fundamental para garantir que recursos possam ser destinados às prefeituras de forma rápida e dentro dos parâmetros legais. A expectativa do Executivo é de que, com o apoio do Legislativo, os repasses sejam retomados até o fim do mês de novembro, garantindo que os compromissos firmados com os prefeitos sejam mantidos.
BETO RETORNA A SPAF
Beto Martins que assumiu interinamente o mandato de senador, na vaga de Ivete da Silveira, do MDB, vai voltar para a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferroviais, assim que concluir o mandato de quatro meses como senador, no fim de novembro.
GUIDI EM BRASÍLIA
Por falar em Brasília, quem já reassumiu o mandato e já está por la, é o deputado federal criciumense, Ricardo Guidi, (PL). Ele se licenciou para concorrer ao cargo de prefeito de Criciúma. Agora, retorna a capital federal para dar continuidade ao mandato.
VEREADORES DO PL COM JORGINHO
A bancada criciumense de vereadores do PL, se reuniu nesta terça-feira (5) com o governador Jorginho Mello, em Florianópolis. Na pauta, um pedido do governador para que eles mantenham contato direto com ele, sem precisar se reportar aos deputados, por exemplo. É uma forte evidência de que o partido precisa ser reestruturado aqui no sul, especialmente em Criciúma, onde tem três deputados federais e um estadual, mas não tem unidade. Cada um cuida da sua paróquia. Jorginho, ciente desse problema, começa os trabalhos partidários pelos vereadores. Também ontem, terça-feira, o prefeito Clesio Salvaro (PSD) foi até a capital e tentou ser recebido por Jorginho Mello. O governador não tinha disponibilidade na agenda para receber Salvaro que voltou de lá sem conseguir falar com o governador.

O governador Jorginho Mello (PL) encontrou espaço na agenda para receber no Centro Administrativo, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Mas não foi para tratar das eleições de 2026 (ainda). A pauta do encontro foi sobre a intenção de um empresário chinês de instalar em Chapecó uma indústria de células fotovoltaicas. A reunião contou com a presença do Secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Sievert e de Paulinho Borhausen, Secretário de Articulação Internacional. Mais uma vez, o clima entre JRo e Litlle Jorge era bem amistoso. Foto: Eduardo Valente/Secom.

O senador Jorge Seif Jr (PL), foi o convidado da semana para o Parlatório, programa da rádio Som Maior, que vai ao ar toda segunda-feira (19h). Durante 1h, ele falou sobre sua trajetória na política, a polêmica ida ao show da cantora Madonna, avaliou o governo Jorginho Mello e falou sobre o aumento da representação emedebista no governo do estado. Seif disse que o MDB “não está indo para o governo”, pois já fazia parte da atual gestão de Jorginho desde o início (com o deputado estadual Jerry Comper na Secretaria de Infraestrutura) e que “muitos emedebistas são mais bolsonaristas do que alguns bolsonaristas”. Para isso ele cita o deputado federal Rafael Pezenti e o deputado estadual, Antídio Lunelli, ambos apoiadores de primeira hora de Jair Bolsonaro. Sobre o desempenho de Jorginho em seus dois primeiros anos de mandato, Jorge Seif disse que, de zero a dez, “dá nota 11”, para o governador e que seus principais feitos são na área da saúde, com o programa de cirurgias eletivas, as obras provenientes do programa Estrada Boa e, na educação, o programa Universidade Gratuita. A entrevista completa está disponível no spotify e no youtube. Para ouvir e/ou assistir, é só clicar nas palavras destacadas anteriormente.
A semana começou com um gesto político cheio de significado por parte do governador Jorginho Mello (PL). Nesta terça-feira (22), o governador foi até Chapecó participar da inauguração de uma obra de infraestrutura muito importante para a região: o Elevado da Bandeira, feito com investimentos do Governo do Estado e da prefeitura. A conclusão da obra permitirá que o trânsito flua melhor, diminuindo os engarrafamentos e resolvendo um problema de mobilidade que se arrastava há anos. Mas por que esse encontro virou assunto politicamente? Jorginho (PL) e João Rodrigues (PSD) estiveram em campos opostos em algumas cidades na última eleição, como em Criciúma. No entanto, no encontro de ontem, o clima entre eles era de nítida sintonia.
O prefeito de Chapecó chegou a dizer recentemente que é pré-candidato a governador pelo seu partido em 2026. Se isso se concretizar, significa que ambos estariam em lados opostos na próxima eleição. Porém, internamente, o clima não é exatamente esse. Há outra vaga que faz os olhos do chapecoense brilhar: a de candidato ao Senado. É aí que as pontas soltas desse ruído entre os dois partidos começam a se unir.
A grande aliança
Numa grande aliança entre PL, PSD, MDB e PP — sendo que os dois últimos já demonstraram interesse em se unir a Jorginho — seria possível "resolver" a eleição de 2026 antes mesmo de ela acontecer. Com João, que hoje seria o nome mais forte para uma disputa contra Jorginho, indo ao Senado na chapa do governador, tudo ficaria resolvido com antecedência. Claro, para isso, é preciso saber como acomodar outros integrantes do PSD, como o prefeito Clésio Salvaro, que já disse que gostaria de pedir votos para João Rodrigues em 2026 e também já declarou guerra contra Jorginho (no vídeo que gravou minutos antes de ser preso).
Detalhe que conta
Um dos detalhes que podem ser decisivos para a composição de 2026 passa pela eleição da presidência da Alesc, para 2025/26. Se Jorginho fizer maioria entre os deputados, a presidência pode permanecer com o deputado Mauro de Nadal (MDB). Se não fizer, a tendência é de que o novo presidente seja o deputado Júlio Garcia (PSD). O equilíbrio de forças entre os poderes, será fator importante para saber para onde vai navegar o barco de Jorginho. Sem JG na presidência, os cenários para 2026 ficam mais abertos.
Topázio topa
Enquanto os "best friends" buscam uma solução para a principal equação de 2026, outra figura segue nadando de braçada: o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD, por enquanto). Ontem à noite, durante o teste das luzes cênicas na Ponte Hercílio Luz, ele aproveitou para tirar uma foto ao lado do governador. A iluminação da ponte conta com investimentos do governo do estado, por isso Jorginho estava presente. Mas o que realmente chamou atenção foi a foto publicada nas redes sociais de Topázio. De mãos dadas com Jorginho, o prefeito da capital escreveu: "Eu e meu best, Little Jorge, viemos conferir o teste da nova iluminação da ponte". Não é de hoje que a relação entre eles vai muito bem, obrigada. Desta vez, parece que não foram só as luzes da ponte que foram testadas. Há quem diga que eles já aproveitaram para fazer uma foto de teste para a urna da próxima eleição. Será?
Nota 10: para a inteligência da Polícia Civil de Santa Catarina, que rapidamente conseguiu prender fugitivos do Paraná, que vieram parar em Criciúma. Numa operação que começou ontem, com a prisão de três pessoas, e terminou hoje, quando o último deles foi preso. Sob o comando do Delegado-Geral, Dr. Ulisses Gabriel, a Polícia Civil de Santa Catarina vem colhendo bons números para a segurança do estado.
Nota zero: para a Câmara de Vereadores de Criciúma, que votou contra um projeto de lei de iniciativa do vereador Juarez de Jesus (PL). O projeto proibia o prefeito, o vice-prefeito, comissionados ou seus cônjuges de participar de licitação no município. A lei traria mais transparência aos serviços públicos, já que, ultimamente, o assunto "licitação" aqui em Criciúma não está no seu melhor momento. Votaram para derrubar o projeto toda a bancada de vereadores do PSD — Arleu da Silveira, Geovana Zanette, Márcio Darós, Salésio Lima e Toninho da Imbralit —, além de Miri Dagostim (PP), Paulo da Farmácia (União Brasil) e Roseli de Lucca (PSDB).
O Partido Liberal de Santa Catarina reuniu nesta quinta-feira (17) os noventa prefeitos eleitos no último pleito, em grande evento realizado em São José, na Grande Florianópolis.
Além dos prefeitos, o presidente estadual da sigla, o governador Jorginho Mello, esteve presente, além dos deputados estaduais, federais e senadores.
“Este é um momento muito importante, de união e força. Saímos vitoriosos das urnas neste ano. Isso fortalece o PL e mostra que o catarinense está cada vez mais alinhado com as bandeiras que defendemos como liberdade econômica, família e valorização dos bons costumes. É por isso que hoje somos o maior partido de Santa Catarina. Além de estarmos alinhados e preparados para reelegermos Jair Bolsoanro em 2026” afirmou o governador Jorginho Mello.
O PL conseguiu alcançar sua meta em 2024. Com isso agora possui 90 prefeitos, que irão administrar 46% da população dos municípios catarinenses. Conta ainda com 55 vice-prefeitos e 585 vereadores
Além disso, conta com a maior bancada parlamentar com seis deputados federais, onze deputados estaduais e dois senadores, possuindo ainda a vice-governadora e o governador, se tornando o maior partido Santa Catarina.
Gaeco, funerárias, Bolsonaro, prisão do prefeito, soltura do prefeito. Esses foram alguns dos ingredientes que fizeram desta a eleição mais eletrizante da história recente de Criciúma, no último domingo. As editorias de política e de polícia se cruzaram o tempo todo. O embate entre os dois principais adversários transcendeu os limites eleitorais e se tornou um "bode na sala" a partir de agora, já que os assuntos espinhosos tratados durante a campanha deixaram marcas e mágoas aparentes.
Os acertos de Vaguinho
Entre os acertos que deram a vitória a Vagner Espíndola (PSD) estão a linha de comunicação adotada e a vontade de ser prefeito. Em todos os momentos em que esteve como candidato do partido, o agora prefeito eleito não deixou dúvidas sobre seu desejo de se eleger. Além disso, contou com um time de pessoas que sabiam da importância de sua vitória para o grupo político do PSD, como o deputado Júlio Garcia e o prefeito afastado, Clésio Salvaro. Os dois citados anteriormente foram os grandes responsáveis pela votação de Vaguinho, que, acostumado aos bastidores burocráticos da função que ocupava no governo Salvaro, obviamente, não tinha votos nem capital político. A falta disso foi compensada pela atuação de JG e Salvaro, que emprestaram a Vaguinho seus nomes e capacidade de liderança e de agregar votos. Deu certo.
Os erros de Guidi
Política é feita de fatos e circunstâncias. E, por ter apostado somente nisso, Ricardo Guidi (PL) perdeu a eleição. Os fatos apontados pelo Gaeco, envolvendo o prefeito Clésio Salvaro e seu suposto envolvimento em fraude de licitação de serviço funerário em Criciúma, e as circunstâncias envolvendo o sentimento de alternância de poder, não foram suficientes para garantir a sua vitória nas urnas. Como diria algum político de plantão, eleição se ganha no "atar". Faltou atar melhor, unir forças com partidos tradicionais e apostar numa estratégia de comunicação capaz de apontar as melhorias necessárias para a cidade sem parecer um ataque. Agora, Ricardo Guidi sabe disso.
Bolsonaro: muito ajuda quem não atrapalha
Guidi também sabe, através de dados numéricos, que a vinda de Jair Bolsonaro a Criciúma não teve efeito positivo em sua campanha. Ao contrário, pesquisas internas apontaram que a presença do ex-presidente fez o candidato do PL despencar 8 pontos na intenção de voto dos criciumenses. Isso ocorreu porque parte dos eleitores que consideravam votar em Guidi como segunda opção de voto, ou voto útil, não gostou da ideia de votar num nome apoiado por Bolsonaro.
O PL
O PL foi fundamental para que a eleição em Criciúma ganhasse contornos de disputa, de fato. Desde 2008, quando Clésio Salvaro disputou a eleição para prefeito da cidade, ele e seu grupo não passavam sufoco nas urnas. Naquela eleição, ele fez quase o dobro do segundo colocado, sendo eleito com 53 mil votos. Em 2012, na sua reeleição, ele fez 85.500 votos, mas não pôde assumir por conta da Lei da Ficha Limpa. Sendo assim, quem recebeu a "bênção" para ir às urnas em seu nome foi Márcio Búrigo, eleito com mais de 70% dos votos. A boa relação entre eles durou pouco. Em 2016, quando voltou a concorrer, Salvaro fez 75% dos votos (foram 82.959 criciumenses que apostaram nele novamente). Em 2020, durante a pandemia, mais uma vez ele “quebrou” a urna e levou para casa 72% dos votos (71.615).
Hegemonia em queda
O cenário de sucessão de Clésio Salvaro foi, de longe, o mais difícil enfrentado por ele nas urnas. A diferença entre Vaguinho, seu sucessor, e Guidi foi de 12.335 votos, cerca de 12%. De um lado, Vagner Espíndola, que está com Salvaro há anos, conhece os detalhes da gestão e integra seu núcleo de confiança, mas que não foi a primeira opção para a disputa majoritária. Do outro, Ricardo Guidi, que saiu do partido porque não teve espaço para concorrer ao cargo pelo PSD. Ambos jovens, estreantes na disputa pela vaga de prefeito na maior cidade do sul. A briga entre eles levantou questões importantes e dividiu politicamente a cidade.
E acendeu um alerta: a hegemonia de Salvaro está em queda.
Veja: dos 154.638 eleitores criciumenses aptos a votar, 26,48% se abstiveram, um total de 40.941 pessoas que “escolheram não escolher” porque não se viram representadas em nenhum dos seis candidatos disponíveis. 3,32% dos eleitores votaram nulo (3.779 votos) e 3,21% votaram em branco (3.646 votos).
Sendo assim, restaram 106.272 votos válidos, que foram distribuídos assim:
Vaguinho (PSD): 52.423 votos (49,33%)
Guidi (PL): 40.088 votos (37,72%)
Arlindo (PT): 8.842 votos (8,32%)
Kaminski, Ferrarezi e Godinho: 4.929 votos (4,63%)
A vitória de Vaguinho aponta que, percentualmente, Clésio Salvaro vive seu momento político mais preocupante. Somados os votos de quem escolheu Ricardo Guidi (40 mil) e de quem não escolheu o candidato do Salvaro (abstenções, que também foram 40 mil), são 80 mil eleitores que, ou queriam a alternância de poder na prefeitura de Criciúma ou não “compraram” a opção apresentada, neste caso, representada por Vaguinho. Na história recente, esse cenário seria impensável, pois Salvaro sempre teve tranquilidade nas urnas. Dessa vez foi diferente. Para além da vontade do próprio Vaguinho de sair de “trás do balcão” e ser protagonista, de fato, teve o ingrediente “Salvaro com sangue nos olhos”, em busca da vitória para seu sucessor, afinal, perder em casa seria uma tragédia.
A Salvarolandia
Para consumo externo, a vitória foi consagradora – e foi mesmo. Mas, para análise interna, as urnas deram um recado amargo: o "Salvarismo" na "Salvarolândia" enfrenta sua primeira turbulência. Sim, nobre leitor, todos sabem que o prefeito afastado não era o candidato, mas a sua força política, neste caso, passou por um teste importante. Isso sem contar o desempenho do PL, um estreante na cidade, que elegeu a maior bancada na câmara de vereadores. Mas isso é assunto para o próximo post. Por enquanto, fica o saldo de uma eleição emocionante que, diga-se de passagem, fez muito bem para a cidade de Criciúma, apesar dos pesares, pois amadureceu o debate político.
Começa agora o tempo de atar a eleição de 2026.
Antes disso, a previsão do tempo indica que vai faltar ordem de serviço para autorizar as obras de reconstrução das pontes políticas que foram destruídas nas eleições deste ano. Obras estas que serão feitas sem licitação. É que, por aqui, você sabe, licitação tem dado muito problema.
O Juiz Sergio Renato Domingos, da 10ª Zona Eleitoral suspendeu a divulgação da pesquisa de intenção de votos divulgada pela Rádio Som Maior, nesta quarta-feira (2), que indicava vantagem do candidato a prefeito, Vagner Espíndola (PSD). A ação foi movida pela equipe jurídica da coligação "Criciúma de Todos", encabeçada pelo candidato Ricardo Guidi (PL). A coleta de dados foi realizada pelo Instituto Catarinense de Pesquisa (IPC), entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro. A ação foi embasada na falta de complementação de dados relacionados à pesquisa que devem ser enviados ao TSE até um dia após a data em que a pesquisa está apta para ser divulgada. O não envio dessas informações dentro do prazo citado anteriormente configura pesquisa não registrada. Até que o instituto responsável complemente os dados, a pesquisa não pode ser divulgada e deve ser retirada dos meios em que esteja publicada, incluindo meios digitais.
O candidato a prefeito de Criciúma, Ricardo Guidi (PL), reuniu candidatos a vereador do MDB, PP, Republicanos, Solidariedade e do Novo, na noite desta quarta-feira (2), no Clube Palmeirinhas, no bairro Jardim Angélica. Faltando quatro dias para a eleição, Guidi tem intensificado a articulação política, buscando o apoio de partidos como os citados anteriormente. Pesquisas recentes apontam que a eleição polarizou entre o PL e o PSD em Criciúma e o apoio de partidos tradicionais como MDB e PP pode ser decisivo na disputa que deverá manter a previsão de uma pequena vantagem para quem vencer a eleição. No instagram, o vereador e candidato a reeleição, Nícola Martins (PL), registrou o encontro com o título "Criciúma de Todos".
Durante a semana, "santinhos" de candidatos a vereador do PP e do MDB foram distribuídos com o número de Ricardo Guidi como opção de candidato a prefeito.
Neste horário, no próximo domingo, dia 6 de outubro, Criciúma já terá escolhido o nome de quem vai governar a cidade pelos próximos quatro anos. Neste momento, os dois principais adversários estão tecnicamente empatados, se considerarmos a margem de erro das recentes pesquisas divulgadas. Claro que, a rinha de pesquisas que incendiou a cidade, também faz parte do show, porém, quando os times se recolhem, sabem que a realidade não dá larga vantagem nem para um, nem para outro.
Pelos dados levantados pelas pesquisas registradas e divulgadas nas últimas duas semanas, o número de eleitores que ainda não definiu seu voto é próximo de 20%. Um percentual bastante alto para uma eleição que polarizou entre Guidi (PL) e Vaguinho (PSD). Na reta final da campanha, faltando só uma semana para o dia do voto, qual será o fator que o eleitor vai levar em conta na hora de votar? O que será capaz de sensibilizar o eleitor a ponto de definir entre esse ou aquele? Essa é a pergunta que as duas campanhas que lideram as intenções de votos buscam responder.
Ironicamente, os criciumenses, que sempre acreditaram em pesquisas, agora, fizeram uso do benefício da dúvida. A cada nova rodada de números apresentados pelos institutos pesquisadores, os eleitores se veem desafiados a acreditar no que está posto. Nem muito ao céu, nem muito a terra, parece ser a fórmula do bom senso.
Sem nenhum candidato ter conseguido “abrir a boca do jacaré”, expressão que exemplifica uma larga vantagem numérica, desenhada em um gráfico, quando um dos postulantes dispara na liderança, o criciumense se vê diante de uma tarefa que exige responsabilidade: escolher o novo prefeito da cidade. Talvez por isso, a essa altura do campeonato, ninguém aposta alto demais. Seja como for, está nas mãos dos indecisos, decidir a eleição. Uma disputa tão acirrada que pode ser decidida pelo voto útil, que é quando o eleitor, ao perceber que seu candidato não parece ter chance de vencer a eleição, vota em quem não seria sua primeira opção, apenas por estratégia. Resta saber qual candidato de Criciúma poderá ser beneficiado por esse tipo de voto.
Tags: eleicoes2024
Um dia após Clésio Salvaro deixar a prisão, a equipe jurídica responsável pela defesa do agora prefeito afastado de Criciúma, concedeu entrevista coletiva para tratar do caso. Durante uma hora, os advogados César Augusto Mimoso Ruiz Abreu, Giovanni Dagostin Marchi e Alexandre Barcelos João responderam as perguntas da imprensa presente no local. Entre os questionamentos, uma dúvida era sobre qual o entendimento dos advogados responsáveis pela defesa de Clésio Salvaro, sobre a possibilidade de uma interferência política no caso. Essa tese foi defendida pelo próprio prefeito, no vídeo que gravou, momentos antes de sua prisão, quando culpou o governador Jorginho Mello pela sua prisão.
Hoje à tarde, Dr. César Abreu disse não acreditar nessa possibilidade e que está certo de que não houve qualquer interferência política no caso. A declaração do advogado põe fim à narrativa inicial adotada pela equipe do prefeito de que se tratava de uma prisão política. Mais detalhes sobre a coletiva, aqui: