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O abominável homem das neves

Por Henrique Packter 25/08/2020 - 08:44 Atualizado em 25/08/2020 - 08:52

A REVOLUÇÃO DE 30

Movimento armado de 3.10.1930, liderado por MG, PB e RS, terminou com a deposição do presidente da República Washington Luís em 24.10.1930, impedindo a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pondo fim à República Velha. A revolução de 30 durou 21 dias.

A quebra da Bolsa de Nova Iorque (outubro de 1929), detona crise econômica em escala mundial, esmagando todas as economias participativas do mercado internacional, caso do café brasileiro.  Em 1929, lideranças oligárquicas paulistas rompem a aliança com os mineiros (a política do café com leite), e indicam o paulista Júlio Prestes candidato à presidência da República. Diante isso, o presidente de MG, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada passa a apoiar a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas.

Realizam-se em 1.3.1930 as eleições para presidência da República vitoriando-se o candidato governista,  presidente  de SP, Júlio Prestes. Não chega a  tomar posse em virtude do golpe de estado de 3.10.1930. Exilado, Júlio Prestes foi o único político eleito presidente do Brasil pelo voto popular, impedido de tomar posse. Getúlio Vargas assume a chefia do Governo Provisório em 3.11.1930, data que assinala o fim da República Velha no Brasil.

CHATÔ, O REI DO BRASI (Fernando Morais), prosas no CAFÉ SÃO PAULO e ERNESTO LACOMBE

Ernesto Lacombe, 51 anos em 1930, 71 anos em 1951 ao falecer (Jaguarão, 29.6.1879 – Criciúma, 14.2.1951), industrial, jornalista e político, mudou-se para Tubarão, onde montou charqueada e fábrica de banha, morando com a família na Fazenda Revoredo. Dirigiu em Tubarão O Liberal. Getulista, propagava antes da Revolução de 30 as ideias da Aliança Liberal.

ÚNICO DOCUMENTO DA INVASÃO DO SUL CATARINENSE PELO LESTE, ESCRITO POR SEU CHEFE

Ernesto Lacombe redigiu, logo após a revolução, o manifesto Invasão de SC pelo Setor Leste. Seria o único documento existente sobre o assunto (Este meu Tubarão …! Walter Zumblick, 1º Vol. Edição do autor, Tubarão, 1974).

A REVOLUÇÃO EM CRICIÚMA

Em 10.10.1930, cinco dias após tomar posse como prefeito de Criciúma e uma semana após eclodir a revolução de 30, Cincinato Naspolini enviou correspondência aos munícipes, requisitando material de consumo, veículos e outros. Documentos da época reclamam das condições em que veículos foram devolvidos a seus donos (Gregório Michels, em 10.10.1930, relaciona as peças levadas de seu Ford typo A, total de 847 mil réis). Egydio A. da Silva, de São Bento Baixo, teve requisitado seu caminhão Ford número 10 para transporte de tropa de Torres a Araranguá. Santi Vaccari, governador civil em Araranguá, escreveu em 19.10.1930, no verso do documento que requisitava o caminhão, carregado para o norte do estado, pelo capitão Otelo Frota, comandante da Legião Osvaldo Aranha,

Também Henrique Waterkemper, de São Bento Baixo, teve seu automóvel Chevrolet requisitado, assim como Basílio Aguiar, de Nova Veneza, que emprestou seu caminhão Chevrolet com cabine, 6 cilindros, placa número 15 e Giácomo Búrigo, de Mãe Luzia, que perdeu o caminhão Chevrolet, modelo 1929, placa número 10. Em 12.10 requisitou-se 311,5 caixas de gasolina, 14 galões de óleo à Standard Oil Company of Brazil de Criciúma.

João Targhetta, proprietário do Hotel Brasil, teve pendurada conta de mais de trezentos e vinte mil réis, hospedagem de revolucionários. Calote também contemplou os hoteleiros Lodetti (Café São Paulo) e Angeloni.

Prefeito Cincinato Naspolini em duas folhas de papel almaço ordenou as dívidas que deveriam ser quitadas pela municipalidade e que somavam pequena fortuna. 3530

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