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A incrível história do peão que laçou o avião...em voo - Parte 3

Por Henrique Packter 28/12/2020 - 12:00 Atualizado em 28/12/2020 - 12:04

Há quem afirme que a diretoria do aeroclube percebeu o pedaço do laço enrolado na hélice e obrigou o piloto a contar do que escapara. Diante do fato, os diretores do aeroclube, em reunião, decidiram cassar a licença do piloto Noal. Ele ainda pagou multa pela transgressão. Em 1999, aos 68 anos, perguntado sobre o fato, não se sentiu muito à vontade para falar sobre a façanha.

Disse: -Foi uma brincadeira de guri. Mesmo arredio, o piloto admitiu o perigo da manobra e desdenhou da habilidade do peão. (Aquele não laçava nem vaca. Foi uma sorte muito grande). Noal não conseguiu lembrar o dia exato do episódio. A façanha tornou famosos piloto e peão. A ousadia do piloto rendeu sucesso entre as garotas da época. Noal recebeu cartas que elogiavam sua coragem.

A RAZÃO CONQUISTA PREMIO DA ARI PELA REPORTAGEM HISTÓRICA

A matéria valeu À RAZÃO o 49º prêmio ASSOCIAÇÃO RIOGRANDENSE DE IMPRENSA (o caso do peão que laçou um avião).

Autor da façanha de laçar um avião pelo focinho, o peão Euclides Guterres, 24 anos, solteiro, foi descrito na época como vivaz, fazedor e contador de proezas e espanholadas. Quase todos os peões das estâncias do Rio Grande são assim. Morreu de leucemia em 1981. Nascido em Santa Maria, tornou-se celebridade instantânea em 20.1.1952, ao laçar o avião CAP4/Paulistinha (prefixo PP-HFP), que dava rasantes na fazenda de seu patrão.

"Eu não fiz por maldade. Foi pura brincadeira. Para falar a verdade, não acreditava que pudesse pegar o aviãozinho pelas guampas num tiro de laço." (Peão Euclides Guterres).

O fato (20.1.1952, 15 horas) encontra-se registrado em jornais da época (A Razão, Diário de Notícias, Almanaque do Correio do Povo e até na Time Magazine americana, que circulou em 11.2.1952). Em 1999 o feito mereceu ampla reportagem na Zero Hora, jornal de POA. A Base Aérea de Santa Maria também mantém em seu acervo vários jornais e revistas da época, relatando a incrível façanha do peão Euclides Guterres, que acabou conhecido como o Rei do Laço. Não existem registros de casos semelhantes.2.026

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