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De Camões, na ponta mais ocidental da Europa, num verso definitivo dos Lusíadas

Por Aderbal Machado 11/02/2023 - 09:28 Atualizado em 11/02/2023 - 09:30

Fiquei olhando ao longe – com a imensidão do mar e das pedras agressivas, vislumbrando aquela visão magnífica e imaginando a cabeça de Camões ao sentenciar:

“Aqui onde a terra se acaba e o mar começa”, nos Lusíadas (Canto III), referindo-se ao Cabo da Roca, ponto mais ocidental de Portugal continental e da Europa continental. Fica na freguesia de Colares, concelho (sic) de Sintra e distrito de Lisboa.

O Cabo da Roca se precipita sobre o Oceano Atlântico e é visitável, não até o extremo, mas até uma área a 140 metros de altitude.

A sua flora é diversa e, em muitos casos, tem espécies únicas, sendo objeto de vários estudos que se estendem, igualmente, à geomorfologia.

Pois ali, em meio à modernidade, vê-se uma mistura de agressivo cenário – lindo e agressivo -, de matas extensas, caminho de pedras e chão batido ao longo da trilha.

Só Camões para cantá-la numa frase curta e definitiva: “Aqui onde a terra se acaba e o mar começa”.

Ali estivemos em dezembro de 2019, por recomendação da filha e do genro, que nos levaram até lá. 

No cume de um morro está o  Castelo dos Mouros e isso nos remeteu a sensações históricas seculares, de um tempo de Portugal invadida e recomeçada, país de descobridores e sábios. Como Camões, como  Fernando Pessoa, como Alexandre Herculano, para citar só três dos mais notáveis.

Poucos podem imaginar o que se sente ao lá estar. O sabor é indizível. O lugar é único, geográfica e historicamente. Não existe similar (o ponto mais ocidental da Europa e de Portugal continental). E por isso o seu imenso valor.

Saudades de Portugal.

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