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Webinar da Unesc aponta previsão otimista para retomada da economia catarinense

Debate organizado pela Unesc teve participação do secretário da Fazenda, Paulo Eli, presidente da Fiesc, Mário César de Aguiar, e secretário do ministério da Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 10/06/2020 - 22:29 Atualizado em 10/06/2020 - 22:30
Paulo Eli pediu apoio federal à construção civil para crescimento do Sul de Santa Catarina (Foto: Reprodução)
Paulo Eli pediu apoio federal à construção civil para crescimento do Sul de Santa Catarina (Foto: Reprodução)

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Ocorreu nesta quarta-feira, 10, o segundo Webinar na Unesc, que tratou, novamente, da retomada da economia do Sul catarinense após a pandemia do coronavírus. Participaram do encontro o secretário da Fazenda do Estado, Paulo Eli, o secretário da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, e o presidente da Fiesc, Mário César de Aguiar. Foi projetada uma retomada em Santa Catarina com visão otimista, devido à diversidade da indústria no Estado. Paulo Eli pediu atenção do governo federal à construção civil, que seria um importante mecanismo de crescimento para o Sul do Estado. O debate foi mediado pela reitora da Unesc, Luciane Ceretta.

O primeiro a falar foi o secretário da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior. Ele lembrou sobre as condições do país antes do coronavírus, alegando o que seria uma herança de um país com fragilidade fiscal quando o ministro Paulo Guedes assumiu, em 2019. "Não havia equilíbrio de receitas e despesas", afirmou.

"Estávamos no sexto ano de déficit primário. Mesmo sem contar o pagamento de juros da dívida, o recebimento de receitas primárias não é suficiente para dar conta das despesas primárias", continuou. "Nossa dívida pública hoje é R$ 5,7 trilhões, mas já demos uma guinada, ao invés de ter aumento, teve uma redução", disse Waldery. 

Com a chegada do coronavírus, Waldery falou sobre o endivadamento público em todo o mundo, não apenas no Brasil. Porém, ressaltou que o país, que tem uma previsão de queda do PIB de mais de 7% para 2020, terá mais dificuldades pelo nível de endividamento público em relação ao PIB. 

"O mundo todo vai ficar mais endivididado, de 17 trilhões de dólares. Nosso gasto adicional soma R$ 399 bilhões. O auxílio emergencial está hoje em R$ 152 bilhões e vai crescer, por conta da alta efetividade do programa", apresentou. "Por mais intensa essa crise, ela tem início, meio e fim. Após, precisamos estar com as finanças caminhando para um equilíbrio, que as nossas despesas caibam nas nossas receitas", concluiu.

O secretário da Fazenda de Santa Catarina, Paulo Eli, foi o segundo a falar e trouxe mais questionamentos do que respostas. Ele lembrou a previsão de queda de receitas do Estado, de 12% no ano de 2020, como havia falado no começo do mês à Rádio Som Maior e Portal 4oito.

Eli lembrou que o governo continuará com o investimento em infraestrutura para estimular a criação de empregos no setor. "Hoje temos R$ 600 milhões em obras de infraestrutura e que não vamos parar, porque gera emprego. Como trabalhar para recompor as rendas das famílias? O poder de compra das empresas? E o poder de compra dos governos?", questiona Paulo Eli. "A resposta a essas três perguntas, unindo-as, vamos conseguir que a economia se reative rápido. O Brasil é um país rico de recursos, mas de pessoas pobres", afirmou o secretário.

Ele falou também sobre o excesso de burocracia no país "Precisamos de um projeto nacional de desregulamentação. A burocracia é criada e ninguém quer falar sobre isso. O custo do setor público está em cima da burocracia", disse. "Ficou para se eternizar no poder público", critica Paulo Eli. Ele também criticou o modelo de ICMS e deu dicas para os municípios do Sul ampliarem a participação na divisão de recursos repassados pelo governo estadual.

"O nosso sistema tributário é antigo. O ICMS tem que morrer. Temos que criar nova forma de tributação e não um que prejudique os mais pobres. A distribuição dos municípios é com valor agregado. Se a região não tem valor agregado, não tem distribuição do ICMS. Tem que agregar valor aos produtos para que comece a receber mais recursos", apontou Paulo Eli."A expansão da construção civil é uma base importante para o crescimento do Sul do Estado", disse ao ministério da Economia.

O terceiro e último a falar foi o presidente da Fiesc, Mário César de Aguiar. Ele foi otimista na retomada da economia catarinense, mas cobrou aporte do governo federal e garantia nas melhorias de infraestrutura do Estado. "Temos um estado estruturado, resolvido em termos de Brasil. Essa pandemia vai exigir do catarinense, principalmente, um protagonismo no sentido de encontrar as medidas que poderão mitigar os efeitos", diz Márcio. 

"Essa pandemia provocou uma antecipação do futuro. Há um tempo, verificávamos de aplicar o teletrabalho, que deveria agilizar a digitalização. E a pandemia provocou isso. Existem décadas que não ocorrem nada, mas existem semanas que podem correr décadas", continuou. 

Por fim, o presidente da Fiesc elogiou o controle ao coronavírus realizado pelo governo do Estado. "Santa Catarina, na parceria entre governo, MP, Alesc e setor produtivo, encontrou um caminho que deu segurança sanitária e desenvolvimento econômico. Certamente teremos prejuízos, em SC, pelo histórico, não deve ser tão grande", projeta o presidente da Fiesc. 

O debate teria, ainda, a participação do senador Esperidião Amin (PP), que conseguiu recursos que possibilitaram o anúncio da Unesc de um observatório social, que atuará nas três regiões do Sul catarinense. Porém, o senador cancelou de última hora a presença por vídeo conferência. 

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