Prestem atenção nos áudios a seguir:
Esses foram a Ballerina Cappuccina E o Bombardiro Crocodilo
Vocês conhecem?
Não? Pois tem grande chance de seus filhos conhecerem e estarem literalmente viciados neles.
Eles são dois personagens criados por IA, inteligência artificial.
A ballerina é uma xícara de cappuccino com tutu e sapatilhas de balé, que dança de forma exagerada e repetitiva. propositalmente bizarra, com movimentos frenéticos e trilhas sonoras distorcidas.
Já o Bombardiro Crocodilo é uma criatura com cabeça de crocodilo e corpo de bombardeiro militar. Frequentemente representado em cenas de destruição, com explosões e sons de bombardeio. Ele fala em "italiano" caricatural, muitas vezes sem sentido.
Descrevendo assim, pode Parecer engraçado, até inofensivo… mas esses personagens fazem parte de um fenômeno que está preocupando especialistas no mundo todo: o brain rót. Traduzindo de forma direta: “apodrecimento do cérebro”.
Isso mesmo.
São vídeos curtos, “divertidos”, cheios de vozes esquisitas, que estão viciando crianças e adolescentes com conteúdo repetitivo, caótico e até perigoso.
Eles são feitos para grudar no cérebro. Têm som acelerado, cenas sem sentido e uma overdose de estímulos visuais. O cérebro da criança não tem descanso, nem filtro.
O problema é que, ao consumir esse tipo de conteúdo em excesso, as crianças podem ter dificuldades de concentração, perda do senso crítico e até uma anestesia do julgamento moral.
Sabe aquela criança que parece hipnotizada na frente da tela? Que fica irritada quando o vídeo é pausado? Que está sempre pedindo mais tempo de tela, mas parece cada vez mais distante do mundo real? Pode ser brain rot.
E o pior: muitos desses vídeos são gerados sem supervisão humana. Sem filtro do que é ou não apropriado. Eles tem naturalizado a violência. Com cenas, por exemplo, de crianças sendo bombardeadas na faixa de gaza. Memes com pitadas rascistas. normalizando o preconceito tendo o riso como anestésico do julgamento moral.
Fica o alerta.
Atenção, pais e responsáveis: nem todo vídeo colorido e engraçado é seguro. Supervisione o que seus filhos assistem, limite o tempo de tela e incentive o contato com o mundo real – com brincadeiras, leitura, conversa e afeto.
Seu filho pode estar sofrendo uma verdadeira lavagem cerebral agora… e você nem imagina.